quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

O PROFESSOR JOÃO MALEÁVEL GOZA LICENÇA ESPECIAL


Por José Mendes Pereira (Crônica 21)

(Antes de começarmos a nossa historinha alerto aos amigos leitores que o que eu escrevi não se refere a nenhum tipo de críticas com ninguém, é somente para divertir a nossa vida. O professor João Maleável é mais um dos meus personagens, mas sem humilhar ninguém. Durante o tempo em que eu trabalhei em sala de aula, vivi no meio de bons professores e competentes, além do mais, amigos).

Nos últimos anos o João Maleável se sentia meio cansado e precisava com urgência de férias. E para isso, ele tinha direito. Sim senhor! Quase quinze anos de serviços. Podia se afastar de suas atividades pelo menos por um período de seis meses. E se quisesse, ausentar-se-ia por nove meses. Isso era uma opção dele.

E às pressas, ele procurou um substituto. Carlos Maia. Um primo carnal e de grande confiança. "- É meu primo carnal. Filho de um irmão do meu pai e filho de uma irmã da minha mãe, dizia ele apresentando o novo mestre ao diretor da escola".

O Carlos Maia um jovem que ainda não tinha experiências em sala de aula, mas, sempre fora de muita responsabilidade em tudo que tomava de conta. E por sinal, acadêmico de letras em uma das universidades do Rio Grande do Norte. Um grande homem letrado, como dizia o mestre.

Quando o nosso professor entregou o material ao novo mestre, isto é, ao substituto, ele se pôs a observar os quadrinhos da presença no diário, e notou que o veterano fazia a chamada da seguinte maneira: Um (P) e um (O). Sem entender aquela desastrosa chamada, o futuro dono da sabedoria resolveu pedir uma explicação ao grande professor polivalente.

- Professor, eu estava observando a maneira que o senhor usa para fazer a chamada, e achei muito interessante e engraçada! Quando o aluno estava presente, acredito-me, o senhor colocava um (P). Tudo bem! Até aí eu entendi direitinho. Mas quando o aluno não estava presente, o senhor colocava um (O). Professor, me dê uma explicação para o significado do diabo deste (O)!

O João Maleável cheio de orgulho, metido a inteligente, não só inteligente, mas inteligentíssimo, e com a confiança de que nada estava errado, que sempre fez aquele trabalho certíssimo, e que se dedicava por total e com responsabilidade, olhou bem no fundo do olhar do primo, balançou um pouco a cabeça, dando a entender que o parente talvez não fosse ser feliz na nova profissão, repuxou o colarinho da camisa, e com um sorriso largo e aberto, respondeu-lhe.

- Ó meu grande Deus todo poderoso! Primo, não me decepcione diante dos meus amigos professores, primo! É ozente, primo!

-Sim!..., Sim!..., Sim!..., Sim! Entendi, primo! - Confirmou o marinheiro de primeira viagem com um sorriso sarcástico e fantasioso.

(O que é que é isso, João Maleável?

Minhas simples histórias

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Quando estiver no trânsito, cuidado, não discuta! Se errar, peça desculpas. Se o outro errou, não deixa ele te pedir desculpas, desculpa-o antes, porque faz com que o erro seja compreendido por ambas as partes, e não perca o seu controle emocional, você poderá ser vítima. As pessoas quando estão em automóveis pensam que são as verdadeiras donas do mundo. Cuidado! Lembre-se de pedir desculpas se errar no trânsito, para não deixar que as pessoas coloquem o seu corpo em um caixão. Você pode não conduzir arma, mas o outro, poderá ter uma maldita matadora, e ele poderá não perdoa a sua ignorância.

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CASA DE MENORES MÁRIO NEGÓCIO - UMA INSTITUIÇÃO EXTINTA - PARTE VII


Por José Mendes Pereira (Crônica 20)

Meu amigo e irmão Raimundo Feliciano:

Naquelas décadas de sessenta e início dos anos setenta não era tão fácil para se comprar objetos quando se desejava, como instrumentos musicais, bicicletas, rádios, até mesmo roupas e calçados..., devido a malvada inflação que não dava chance a ninguém, principalmente para quem não trabalhava, assim como nós dois e tantos outros, que vivíamos ali, naquela instituição, sem a mínima preocupação, exceto os estudos, comendo do bom e do melhor, passávamos o dia inteiro sem fazer nada, e à noite, nós desmanchávamos o que não tínhamos feito durante o dia.

O governo do Rio Grande do Norte mais malandro ainda, que sustentava uma porção de gente preguiçosa, desocupada, e ainda tinha muitos que reclamavam da boa vida que levavam.

Eu havia me esquecido daquela noite em que você, Manoel Flor de Melo, Francisco José Caldas da Silva (o 40), Manoel Pereira da Silva (o Galdino meu primo), Willame (o Tigá) e eu, saímos da Casa de Menores Mário Negócio “às escondidas”, apenas com autorização do monitor, com uma garrafa de pitu, cigarros para os fumantes, e um violão, para fazermos uma serenata no bairro Boa Vista, não me recordo bem a rua, mas era na casa de uma das suas namoradas.

Naquele tempo, quem delegava Mossoró era o carrasco Tenente Clodoaldo, digo carrasco, porque ele mantinha a cidade com autoridade, não dava chance a certos bagunceiros, malandros que tentavam tirar a tranqüilidade da população. Querendo colocar ordem na cidade, distribuía rondas pelos bairros de Mossoró, na intenção de proteger toda população.

Nessa noite, fomos surpreendidos pela ronda noturna do então tenente, e que por sorte, não fomos obrigados pelos policiais para voltarmos às pressas para casa. As ordens do tenente Clodoaldo eram para ser cumpridas.

Quando você percebeu que a ronda vinha à nossa direção, de pressa, colocou o violão em um tonel que estava em uma calçada. Mas você não tinha a mínima ideia o que teria dentro daquele tonel.

Ali, ficamos fingindo que estávamos conversando, e a ronda passou vagarosamente nos observando, mas, felizmente, ela não disse nenhuma palavra, acelerou o jeep e tomou rumo para outras ruas.

Após os nossos disfarces foi retirado o violão de dentro do tonel. Mas por pouca sorte, você havia o mergulhado em uma porção de água de cal virgem, que com certeza, havia sido preparada para ser usada no dia seguinte por pintores. Sem violão, não tínhamos condições de fazermos serenata, e voltamos para a instituição. Conosco, somente a garrafa de cachaça e os cigarros.

No outro dia, o violão que era bom de som, amanheceu todo descolado e empenado. Mas o único culpado e prejudicado foi você, que não observou antes o que tinha dentro do tonel, e ficou sem o seu estimado pinho.


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terça-feira, 30 de janeiro de 2018

TIRO DE GUERRA DE MOSSORÓ - PARTE V

Por José Mendes Pereira - (Crônica 18)

Meu amigo e irmão Raimundo Feliciano:

Durante o período em que nós fomos atiradores do Tiro de Guerra de Mossoró tanto no TG, como nas nossas idas para lar, presenciamos coisas engraçadas que aconteceram com atiradores, sargentos..., e até mesmo com pessoas que não faziam parte dos nossos compromissos naquela casa militar.

Dizem que envelhecer é um presente de Deus. E parece que é mesmo. Ninguém quer morrer novo, na fase das ilusões, e é bem melhor "velho escapar fedendo do que novo morto cheirando".

O cronista Xavier Marques diz que o homem tem quatro fases: 

A primeira fase é até aos 30 anos. 

Novo, robusto, bonito, namorador, corajoso... E ai daquele que o enfrentar! Será banido diante dos homens. Nesta fase, ele é homem completo.

A segunda fase é dos 30 aos 50 anos.

É nesta fase que ele vive trabalhando para sustentar uma numerosa família. Não pode parar. Tem que trabalhar. A vida boa já se foi. Nesta fase, ele é jumento.

A terceira fase é dos 50 aos 70 anos. 

Vive num canto sem que ninguém o veja. Vive ali rodeando a casa como se fosse um vigilante. Se ele ordena, ninguém obedece. Se ele chama, ninguém vai lá. Se ele sorrir, botam cara feia, achando que o velho está humilhando. Nesta fase, ele é cão (cachorro).

A quarta fase é dos 70 aos 90 anos.

Velho, enrugado, anda com dificuldade, ele não sabe vestir a sua própria roupa sozinho.  Tem que alguém o ajudar. Calça os chinelos errados. Não quer tomar banho. Não tem noção das horas. Ninguém quer conversar com ele.  Isolado de tudo e de todos, provocando risos para filhos, netos, noras, genros e mais outros que tiram um sarrinho da sua cara. Nesta fase ele é macaco.

Hoje me lembrei de uma madrugada quando nós deslocávamos para o TG e ao passarmos em frente à Estação Ferroviária, atualmente, “Estação das Artes de Mossoró”, um velhinho, talvez já estivesse beirando os 90 anos, jogava xadrez sozinho sob a área de sua residência.

Ali, pelo lado de fora do muro da sua casa ficamos espiando e acompanhando a sua disputa contra o seu parceiro, que na realidade, apenas ele imaginava que estava jogando com alguém.

O velhinho ficava observando as peças e depois dizia assim: "- Agora é a sua vez". Como se o suposto jogador tivesse jogado, o velhinho dizia: "- Agora quem joga sou eu. É a minha vez". Em seguida, ele pegava uma peça do xadrez e a transportava para outro lugar, e na seqüência  recolhia uma.

Ali, ficamos em segredo um bom tempo. Só que, devido a nossa besteira, quando nós caminhávamos para o Tiro de Guerra já encontramos as turmas de atiradores e os sargentos que vinham descendo em busca da cidade. Sem jeito de acompanharmos as tropas, porque os sargentos não mais aceitariam que nós entrássemos na marcha, retornemos para a Casa de Menores Mário Negócio. Nesse dia perdemos mais 2 pontos.

Não sei quem estava velho ali, se era o velho ou nós dois, porque, naquele dia, perdemos as nossas obrigações no Tiro de Guerra. Mas mesmo que tenho que passar por muitas coisas, não sendo doença, eu quero chegar aos 90 anos de idade.


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segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

TIRO DE GUERRA DE MOSSORÓ – PARTE III


Por José Mendes Pereira - (Crônica 17)
jotamariatirodeguerra.blogspot.com

Publicado em 05 de abril de 2014 - http://blogdodrlima.blogspot.com.br/2014/04/tiro-de-guerra-de-mossoro-parte-iii.html

Meu amigo e irmão Raimundo Feliciano:

Amanhã, 7 de Setembro de 2013, estará completando 43 anos que nós fizemos a primeira marcha oficial pelo Tiro de Guerra de Mossoró.

Quem está de fora pensa que prestar serviços militares às Forças Armadas é moleza. Mas na verdade não é. Os sofrimentos são terríveis, cobranças por qualquer erro; uma palavra ou resposta dada aos superiores é preciso que seja calculada o tamanho e seu peso, pois poderá pagar caro por isso. 

Você, meu amigo Raimundo, foi um que não media as suas palavras, e por isso, sempre estava escalado para faxinar.

No dia 7 de Setembro de 1970,  ali, no meio das Ruas de Mossoró, nós estávamos desfilando para a população nos aplaudir. O sol escaldante nos deixou com a pele frágil no meio daquela multidão.

Passamos alguns dias treinando o que deveríamos fazer no momento da nossa entrada às ruas; quem iria seguir à frente, puxando as três turmas de atiradores; as exigências feitas pelos sargentos, às advertências para conservarmos os passos sem erros; as fardas limpas e bem passadas; os coturnos reparados pelo sapateiro, batendo os pregos...; os gorros postos às cabeças, um pouco de lado, cintos com as fivelas brilhando. Estes cuidados teriam que ser cumpridos, e ai daquele que chegasse ao TG sem estas exigências.

Para o reparo geral das nossas fardas muito agradecemos à dona Maria de Lourdes Medeiros (aqui abro um parêntese meu amigo Raimundo Feliciano, para lhe comunicar que hoje, às 10 horas desta manhã, recebi informação que dona Maria de Lourdes de Medeiros faleceu ontem em Mossoró, e que Deus a tenha em um bom lugar), zeladora da Casa de Menores Mário Negócio, que sempre teve o cuidado de examinar todo o nosso uniforme, costurando aqui e ali, porque nós vestíamos fardamentos usados pelas tropas de Natal, e geralmente, já estavam bastantes surrados.

Com experiência da sofrida marcha de 7 de Setembro, no ano de 1970, fiquei tramando um jeito de me livrar do 30 de Setembro, sendo que este só é comemorado  em Mossoró.

Já bem próximo a esta comemoração, isto é, 30 de setembro, fui até ao sítio do meu pai, e lá, casualmente, fui atingido na perna (canela), por uma ponta de pau, conhecido por "estrepa cavalo", ficando um pedacinho alojado na carne, e até supurava um pouco.

Como eu planejava não marchar naquele dia, não fiz tratamento e nem procurei um médico para consultá-lo, porque se eu tentasse tratar o ferimento, com certeza, o sargento Gumercindo não me liberaria daquela sofrida marcha.

Mas me enganei por completo. Um dia antes, eu fui até à presença do Sargento Gumercindo para lhe apresentar o ferimento na minha perna. Mas o resultado foi negativo. Não me dispensava de jeito nenhum da marcha. 

E lá, verbalmente, ele me bateu forte, chamando-me de relaxado, manhoso, desastrado, preguiçoso, que eu deveria ter cuidado do ferimento antes, que isso sempre acontecia com certos atiradores, tentando ludibriá-los. “- Tem que marchar, do contrário, você irá para a tropa de Natal”.

No dia seguinte, lá eu estava marchando com a tropa. O sargento tinha razão. O ferimento na minha perna não era  tão grave assim. Era manha mesmo.

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QUEM MANGA DE DEFEITOS FÍSICOS PAGARÁ POR ISSO

Por José Mendes Pereira - (Crônica 16)

O dicionário Português nos informa que mangar significa Zombar, vaiar, provocar com risos, judiar, menosprezar..., mas nós sabemos que quem despreza o seu semelhante, no sentido de humilhar, poderá pagar caro por isso. A bíblia diz em Lucas 18:9-14, que Jesus Cristo disse: "-Os humilhados serão exaltados e os exaltados serão humilhados".

Quem manga de quem não nasceu perfeito, faltando-lhe uma perna, um braço, com escoliose ou outro defeito qualquer, costuma provocar risos diante dos outros, e está sujeito a ser derrotado pelo o criador do gigantesco universo.

Devemos entender que "cada um como Deus o fez", e temos que respeitar as obras do todo poderoso, pois se alguém nasceu defeituoso, não é culpa dele, e sim a natureza é quem sabe o porquê daquela diferença.

O Paulo de Tasso era um homem que não aceitava de forma alguma ver uma pessoa com certos defeitos, ali ele já estava a provocar risos no meio dos presentes.

Alguns diziam que o que ele fazia era apenas para aparecer diante de aglomerações de pessoas, mas outros não, o Paulo de Tasso tinha mesmo preconceitos, mas aquelas humilhações que ele fazia com alguém, um dia cairia no seu estaleiro.

Certo dia nascera uma criancinha na casa do seu vizinho. Infelizmente ela foi determinada diferente por Deus, isto é branca, provocado pela acromia que é um distúrbio congênito, caracterizado pela ausência completa ou parcial de pigmento na pele, cabelos e olhos, devido à ausência ou defeito de uma enzima envolvida na produção de melanina. O albinismo resulta de uma herança de alelos de gene recessivo e é conhecido por afetar todo o reino animal. O termo mais comum usado para um organismo afetado por albinismo é "albino".

Como tinha manias de provocar risos quando se encontrava no meio de muita gente, Paulo de Tasso abriu a sua podre e maldosa boca, dizendo aos presentes, que se um dia nascesse na sua casa um galeguinho daquele tipo, não lhe daria guarita, o levaria ao mais próximo matagal e lá o enterraria vivo.

Passado dois anos depois a sua esposa engravidou, e infelizmente ela que nada dissera contra o galeguinho, ao pari, foi mãe de gêmeos, ambos albinos.

Eu não tive contato com o Paulo de Tasso, porque ele não morava no bairro em que eu residia antes, mas tenho grande amizade aos gêmeos albinos, que devido a boca amaldiçoada do pai, infelizmente hoje eles são rejeitados por alguns, assim como fazia o seu pai.

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domingo, 28 de janeiro de 2018

O VINGATIVO LAMPIÃO


Por José Mendes Pereira - (Crônica 15)

Em 1927, mesmo após sete anos da morte do seu pai Lampião resolveu tirar a tranquilidade do Estado de Alagoas, fazendo invasões constantes, usando o seu poder de vingança, e eliminando sertanejos, alegando que era protestando contra Zé Lucena, por ter assassinado o seu patriarca, o José Ferreira da Silva, no momento em que debulhava grãos em sua residência. 

Dizia ele que o que haviam feito com o seu generoso pai jamais ficaria impune ou no esquecimento, pois o velho não tinha nada a ver com os seus problemas de bandidagem. Se Zé Lucena o procurava para eliminá-lo do solo sertanejo, que tivesse enfrentado os cerrados, as caatingas por todos os recantos dos Estados do Nordeste, e não tivesse exterminado a vida de um homem honrado, amante da tranquilidade, da paz, amigo dos amigos, bom pai, e considerado um grande homem no meio de toda vizinhança.

O outro motivo era denegrir a imagem de Zé Saturnino que segundo ele, tinha sido o causador das declinações da família Ferreira, privando o direito deles serem felizes onde moravam, obrigando-os a fugirem do amado berço Pernambuco, e os empurrando para as desconhecidas terras alagoanas. 

Lá em Pernambuco, ele e os seus familiares deixaram para trás, tudo que haviam adquirido com muito esforço: propriedade, agricultura, criações, e principalmente, sonhos, sonhos e muitos sonhos que pretendiam realizar.   
                 
Já residindo em Alagoas, passaram por dois grandes desgostos invencíveis. O primeiro, foi quando eles viram a mãe dona Maria Sulena da Purificação cair em depressão. Ela ainda se sentindo magoada e desgostosa com os desrespeitos do Zé Saturnino, por ter afetado o caráter do esposo José Ferreira da Silva, seu coração não aguentando as maldades, faleceu no dia 30 de abril de 1921, na Fazenda Engenho Velho, de propriedade de um senhor chamado Luiz Fragoso. (Lampião a Raposa das Caatingas - José Bezerra Lima Irmão).  

O segundo e mais doloroso, foi quando eles viram o pai envolvido em um horroroso lençol de sangue, todo crivado de balas, pelas armas do tenente Zé Lucena, assassinado do dia 18 de maio de 1921. (Lampião a Raposa das Caatingas - José Bezerra Lima Irmão).    

Os desrespeitos que surgiram contra a sua família alcançaram o topo do pico, deixando ele e seus irmãos sem rumo e sem decisões próprias, para enfrentarem as maldades dos poderosos perseguidores.

Dizia o rei no silêncio do seu “EU”, que não tinha dúvida, que o principal culpado das suas desventuras era o Zé Saturnino, por não ter assumido a sua desonestidade, quando o assecla viu peles dos seus animais na casa de um dos moradores da Fazenda Pedreiras. Se o fazendeiro tivesse assumido o feito, não teria sido necessário ele e seus irmãos viverem embrenhados às matas, escondendo-se de policiais que os perseguiam.

O rei ainda se lastimava que todos os seus antes amigos viviam passeando pelas redondezas do lugar, livres de perseguições, e diariamente, aconchegados às mocinhas do povoado, frequentando festas e bailes. E enquanto os outros gozavam da liberdade, eles eram privados de participarem dos divertimentos que o povoado oferecia, devido às perseguições das volantes. Infelizmente teriam que passar a vida inteira se amparando às árvores, castigados pelas chuvas, sol, poeiras, dormindo no chão, misturados com caranguejas, lacraias, cobras e mais outros insetos venenosos, no meio de combates cerrados, tentando se livrarem dos estilhaços de balas. E na maioria das vezes, fome, fome, e muita fome, vivendo um horroroso sofrimento.

Lampião assumia o seu feito, dizendo que antes da morte do seu patriarca, já havia praticado crimes. E em um desses, findou a vida de um sujeito que lhe roubara uma das suas cabras. Mas que todos que o julgavam como um bandido cruel, entendessem o porquê da sua prática criminosa. Fizera, simplesmente para defender o que lhe pertencia, e em prol de sua própria honra. Se ele não defendesse o que era seu, com o passar dos tempos, todos iriam querer pisá-lo como se ele nada valesse na vida.

Lampião enquanto descansava sobre o chão, ainda imaginava   que, se o Zé Saturnino não tivesse manipulado o tenente Zé Lucena para assassinar o seu generoso pai, quem sabe, talvez ele não tivesse se tornado um bandoleiro, e sim, um fazendeiro, um engenheiro, um rábula qualquer, ou outra coisa parecida. Ou ainda teria se casado e construído uma linda e maravilhosa família. 

E agora, depois das grandes decepções que passaram, principalmente com a morte do pai, como os irmãos Ferreira se vingariam das maldades que fizeram contra eles?

Lampião e seus manos decepcionados e de cabisbaixa diante da vizinhança, e privados de tudo e de todos, já que não havia como assassinarem os causadores das suas declinações, decidiram que, o mais propício para amenizarem as suas dores, seria, fazerem invasões constantes no Estado de Alagoas, não importando com o tipo de atrocidade, vingando-se a seu modo. Já que tinham perdido o respeito, diante da vizinhança, uma desordem a mais não influenciava nada.
  
E a partir de 11 de janeiro de 1927, organizaram-se e partiram para bagunçarem o Estado de Alagoas, onde destruíam tudo que viam pela frente, não dando tranquilidade aos moradores sertanejos, e geralmente, rios de sangue ficavam escorrendo por onde os vingadores passavam. 

José Mendes Pereira 
Fonte de Pesquisa: Lampião Além da Versão Mentiras e Mistérios de Angico - Alcino Alves Costa 

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TIRO DE GUERRA DE MOSSORÓ - PARTE II

Por José Mendes Pereira - (Crônica 14)

Meu amigo e irmão Raimundo Feliciano:

Sobre o Tiro de Guerra de Mossoró temos muitas coisas a relatarmos, e uma delas, os antigos e surrados fardamentos que nós recebíamos no TG.

Naquele tempo, nenhum de nós teve o prazer de vestir fardas inteiramente novas, todas já tinham sido usadas pelas tropas de Natal, sujas, imundas, e muitas delas, além de rasgadas, eram necessária uma costureira repará-las, remendando-as aqui e ali, porque já eram bastante surradas, e até a cor verde de muitas, já havia desaparecido.

Você sabe muito bem que quando chegavam os uniformes para nós atiradores, eram todos jogados no chão da quadra, para que cada um escolhesse o que mais se aproximava da sua medida.

E os coturnos lembram? Eram necessária a participação de um sapateiro profissional para que ele colocasse pregos nos solados, do contrário, andávamos sem segurança, pois se não fossem consertados, estávamos sujeitos a perdermos os solados dos coturnos em uma marcha.

Mas nós sabíamos que os sargentos não tinham culpa deste desprezo aos atiradores. Os patenteados tinham vontade de verem os seus comandados com fardamentos, coturnos, cintos de guarnição, cantis... novos. Mas, infelizmente, eles nunca realizaram os seus desejos, porque o governo federal não tinha o mínimo interesse de organizar o exército brasileiro.

Certo dia, em uma das marchas que fizemos pela estada de Governador Dix-sept Rosado eu fui um dos que mais sofreu, causado por um prego cravando o meu calcanhar esquerdo. Devido a estrada ter sido feita com piçarra, quando eu pisava em uma pedra, o prego ficava furando o meu calcanhar.

Chamei o sargento Moura e lhe disse que eu não tinha condições de continuar a marcha, que eu deveria ir no jeep (este nos seguia atrás para um possível socorro), alegando-lhe que um prego no coturno estava me furando, e eu não iria aguentar aquele sofrimento, porque eu já sentia que dentro do coturno estava cheio de sangue.

O sargento Moura ficou me xingando, dizendo-me que era manha minha, e que aquilo não passava de relaxamento meu, e já que eu sabia que naquela madrugada nós iríamos caminhar até às terras de Governador Dix-sept Rosado, um dia antes, eu deveria ter feito um reparo geral nos coturnos, batendo todos os pregos, que possivelmente, poderiam me afetar.

Ao chegarmos no local do acampamento improvisado, no meio de uma porção de carnaubeiras, e à beira do rio, eu retirei o coturno, e lá, senti o alívio do que me incomodava naquele momento. Chamei o sargento Moura para que ele visse de perto o estrago que o prego havia feito em meu calcanhar.

Reconhecendo o seu erro, por não ter aceitado eu seguisse no jeep, disse-me que no retorno eu voltaria no automóvel. E assim foi feito. Ao retornarmos da marcha, eu vim no jeep, mangando de vocês, que além de cansados, o sol estava mais quente do que nunca.

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sábado, 27 de janeiro de 2018

UMA TERRÍVEL VISITA AO PANTANAL

Por José Mendes Pereira - (Crônica 13)

Em uma das muitas viagens que fizemos às terras encharcadas do Pantanal, localizadas na América do Sul, na bacia hidrográfica do Alto Paraguai, onde guardam a mais linda fauna e flora do planeta, fomos atacados por gigantes jacarés, que sem menos esperarmos, ficamos encurralados por mais de 10 devoradores de carne humana.

A equipe de visitantes ao Pantanal era formada por: Gregório Santos, um engenheiro agrônomo, formado pela “ESAM”, Mossoró, nos dias de hoje, “UFERSA”, Marcos Vital, recém formado em Matemática pela “UERN”, antiga “FURRN”, também Mossoró, Paulo Gameleira, um capacitado professor de Química e Física; as irmãs gêmeas, Letícia e Lair Prado, cearenses, e eu, um simples professor de Português.

Foi um dos acontecimentos mais triste que passamos em toda nossa vida; quando caminhávamos pelos verdejantes e alagados solos Mato-grossense, fomos surpreendidos por uma porção de jacarés, talvez famintos, alguns já velhos e desnutridos, faltando-lhes alguns devoradores dentes; outros, ainda muito jovens, e dois ou três estavam se preparando para a juventude.

As chances de sairmos de lá vivos eram restritas, talvez um ou dois por cento, se bem que tivéssemos oportunidades para sobrevivermos.

Nenhum de nós estava livre dos ataques daquelas fortes mandíbulas. Os jacarés nos vigiavam como se fôssemos o último almoço de todos os tempos. Cada passo que nós dávamos para frente ou para traz, os jacarés, um a um nos acompanhava.

O primeiro a estrear nos amolados e pontiagudos dentes de um jacaré foi o Gregório Santos; com uma só fechada de mandíbulas, o velho jacaré o partiu ao meio, e nem precisou sair do lugar para capturá-lo. Nós que assistíamos de perto tamanha malvadeza, já esperávamos a nossa vez.

Em seguida, foi a vez do Marcos Vital que tentou correr por cima de alguns jacarés enfileirados, mas foi pego por um esfomeado, arremessando-o ao longe, já caindo pronto para os jacarés o saborearem.

Aos poucos os esfomeados foram fechando o cerco, e um jacaré dos mais jovens resolveu abocanhar um dos braços do Gameleira, arrancando-o de uma só vez, e ao cair, foi devorado por um que quase provocou uma confusão danada com outro que disputava o corpo do Gameleira.

Como todos nós ali estávamos condenados a passarmos pelas mandíbulas de tantos jacarés, finalmente chegou a minha terrível vez. Quando um jacaré partiu para me devorar, eu desesperado gritei: “-Valha-me Jesus Cristo!” E com esse grito assustador, acordei. Eu estava sonhando.

Que felicidade! Os jacarés existiram apenas no meu sonho.

Minhas simples histórias 

CASA DE MENORES MÁRIO NEGÓCIO, UMA INSTITUIÇÃO EXTINTA - PARTE I

Por José Mendes Pereira - (Crônica 12)

Esta instituição foi criada pelo político Aluízio Alves quando ainda não era governador do Estado do Rio Grande do Norte. Durante décadas ela acolheu muitos filhos de pessoas pobres para estudarem. Raimundo e eu fomos adeptos dela, e eu agradeço de coração aos que me encaminharam para ela, como dona Chiquinha Duarte, que adquiriu uma vaga, e nela, vivi durante oito anos estudando, e posteriormente consegui emprego e até mesmo, cursar uma faculdade, que na época eram poucos que tinham este privilégio. E ainda consegui ser professor da educação estadual, durante 25 anos.

Meu amigo e irmão Raimundo Feliciano, somente nós podemos falar o que aconteceu de engraçado naquela escola. Tivemos todas as assistências necessárias, segundo os regulamentos que regiam àquela instituição.

Fomos assistidos desde a alimentação até mesmo roupas e calçados. Só não tínhamos direito a cigarros e bebidas, mas sempre nós dávamos o nosso jeito.

Não era necessário nenhum de nós dizer que estava precisando de calças, camisas, sapatos ou outras coisas parecidas, nossas diretoras sabiam e cuidavam da gente com especial carinho.

Você sabe muito bem que o interno mais peralta daquela escola, sem dúvida era você, que mexia com todos, até mesmo com os funcionários que cuidavam de nós. Lembro bem das bagunças que fazíamos, mas geralmente tudo era pago com preços altos.

Certa vez o Zé Fernandes que é filho de Pedro e Telina (nunca mais o vi) chegou das suas férias trazendo consigo uma enorme rapadura (onde ela foi fabricada eu não sei), Sebastião o natalense, você e eu desejamos comê-la. A solução seria nós roubá-la. Feito o roubo, fomos lá para trás da escola. Com bolachas fizemos um bom lance, coisa que nós não sabíamos que iríamos pagar caro.

No dia seguinte, assim que dona Severina Rocha, a vice-diretora chegou na escola, Zé Fernandes enredou-a do furto que haviam feito na sua mala.

Aquele maldito sino, para nós, sempre foi malvado. Sei que você ainda lembra que um toque era para nós, internos, dois toques eram para os funcionários, e com badaladas com exageros eram para todos nós que residíamos na instituição. Quando o sino batia a primeira pancada nós ficávamos esperando pela segunda, do contrário, todos os internos estavam fritos. Alguém tinha feito algo errado.

Nesse dia, assim que o sino tocou uma batida, esperamos a segunda, mas não houve a segunda batida. Ali, nós três estávamos fritos. O roubo da rapadura tinha chegado à diretoria.

Fomos todos para diretoria, todos ali amontoados. Os outros não tinham feito nada de errado. Somente nós três éramos os responsáveis pelo furto da rapadura de Zé Fernandes.

Um dizia que não tinha sido ele. outro também declarava que não sabia de tal rapadura. outro pedia que quem tivesse furtado a rapadura que se entregasse. Como os outros não eram responsáveis pelo furto, fomos obrigados a declararmos o nosso feito, que nós três éramos os malfeitores da rapadura de Zé Fernandes.

Ficamos uma semana sem sairmos para lugar nenhum (exceto aulas e banheiros), apenas sentados ao redor de uma mesa. Lembro bem que nós só almoçávamos depois que todos os internos fizessem as suas refeições.

A Beatriz, que sempre fazia o papel de mãe, implorava a dona Severina que nós deveríamos almoçar juntos com os outros, e que isso era uma humilhação, e não alimentarmos separados como se fôssemos marginais.

Após as refeições dos outros internos fazíamos as nossas refeições. E quando as empregadas traziam os nossos almoços, geralmente você dizia: "- Lá vem o comer dos três ladrões".

Foram tantas estripulias feitas por nós, principalmente por você, as quais contarei na próxima publicação.

Nota: O que nós fazíamos de errado naquele internato era apenas coisa de adolescente, e nenhum de nós se tornou ladrão, marginal ou outra coisa parecida.

Minhas Simples Histórias

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MORTE DO CANGACEIRO BRIÓ.

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