terça-feira, 14 de janeiro de 2020

MINHA SEPARAÇÃO ME DEIXOU TÃO TRISTE!

Por José Mendes Pereira

Meus manos e amigos dos anos vividos entre a Casa de Menores Mário Negócio e a Editora Comercial S.A. Jorge Braz, Manoel Flor, Pedro do Nascimento, Railton Melo, Antonio Galdino da Costa e Eraldo Xaxa:

Certa vez um amigo meu me segredou que a coisa pior que já passou em toda sua vida foi quando se separou do seu conjuge. Vários dias e noites ele caminhou sem rumo, na espera de aceitar o porquê daquele sofrimento tão presente e incomodador, e, não sabia se estava vivendo ou vegetando naquele momento. O seu amor tinha decidido diante de uma missa de corpos presentes que não mais faria parte daquele relacionamento tão sofrido, assim achava ela, retornaria com urgência à casa dos seus pais de malas e chapéu de palha atufado em sua cabeça.

A cada dia que se passava a dor e a saudade do cônjuge mais doía em sua mente. Quando via o seu quarto sem a presença dela era como se o mundo todo estivesse contra ele. Sentia uma solidão tão profunda que só Deus e ele sabiam. As noites eram tão longas que algumas vezes imaginou que duravam uma porção de dias para findar. Não comia e nem bebia direito, só ingerindo álcool e fumando como se os dois vícios fizessem ele esquecer aqulela mulher. Mas que na verdade, com a continuação do tempo, percebeu que um homem só esquece uma mulher quando se põe outra em sua vida.

Assim também se passou comigo no dia em que eu me separei da minha companheira de todas as horas, foi um fim de mundo. Quebrado o nosso acordo que tínhamos começado o romance quando em uma tarde nós nos encontramos na Avenida Presidente Dutra em uma loja à beira do rio, e foi amor a primeira vista. Ela estava tão elegante porque tinha tomado um banho de loja, e que não resisti de tentar um amor sincero, e ali fiquei, não demorou muito para que ela caisse em meus braços.

Não observei se ela fez pranto quando embora foi, e se fora satisfeita para ser comandada por um outro que fizesse merecer o que ela por mim fazia, e quem sabe, talvez, um outro indivíduo mais desalmado do que eu. Mas o único culpado fui eu, por não aceitar a sua presença na minha vida, na minha companhia, e a entreguei ao seu novo dono de expontânia vontade, na bandeja, de mãos para mãos, sem saber o compromisso de zelar por quem por alguns anos me fez feliz, sorrir e rir ao mesmo tempo. Entreguei também todas as suas roupas que ali eram guardadas com cuidado, e que nada fosse se destruíndo com o passar dos tempos. Seus calçados de borrachas sempre estavam em seus pés, alguns usados que não mais aproveitavam, também ficaram bem acomodados num quarto de despejo.

Ela não falava porque era surda e o surdo só não fala porque não ouve o que se ensina, mas entendia tudo o que eu dizia. Não comia, só bebia para não causar tantas despesas, e eu batia palmas quando fazia economia, porque ela sabia dos meus pensamentos e das minhas dificuldades. E quando nós saíamos à rua ela mesma me guiava. Tinha uma visão extraordinária, e tanto fazia de dia ou de noite, ao longe avistava o perigo que na frente estava. Era fogosa até demais, mas também pudera, ainda não havia feito a sua festa "debutante", e eu já com a idade um pouco avançada não tinha condições de aproveitar o seu esterismo na hora do vamos lá.

Nunca conheci seus pais e nem mais ninguém da sua família, mas me parece que eram descendentes da Itália. Desisti dela porque eu precisava tentar ir mais além, mas com muita tristeza, por não puder cuidar dela. E assim que ela foi embora o meu coração bateu forte como se quizesse parar ali mesmo. Arrependi-me, mas o que fazer? Era uma decisão minha e não dela, até que um dia, não sei, eu poderia encontrá-la novamente e negociar com o novo companheiro o seu retorno para o meu comando e para os meus braços

Quando nós nos casamos eu a batizei de "Mariola" e até os meus amigos não a chamava pelo seu verdadeiro nome, e sim, "Mariola". Já era um nome registrado no meio de todos os meus conhecidos e amigos.

Ao me verem, assim me perguntavam:

- Como está a sua querida "Marilola"?

E eu com orgulho respondia-lhes:

- Muito bem!

Um dia vi na sua Certidão de Nascimento expedida pela Itália com letras bem legíveis o seu verdadeiro nome. “LAMBRETA”.

Fiquei sem a minha companheira porque eu precisava ampliar uma oficina de esquadrias metálicas, e assim, fui obrigado vendê-la.. Nunca mais a vi. Por onde anda a minha inesquiecível lambreta? Será que foi parar no ferro velho?

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sábado, 11 de janeiro de 2020

JOSÉ FELIPE DE OLIVEIRA PAI DE MARIA BONITA NÃO SE AFINAVA BEM COM O SEU GENRO CAPITÃO LAMPIÃO

Por José Mendes Pereira

Parece que o que dizem sobre o capitão Lampião que era bem recebido na casa de José Felipe, seu sogro, não tem muita credibilidade, e aqui eu apresento aos amigos leitores as minhas inquietações.

O natalense historiógrafo e pesquisador do cangaço Rostand Medeiros em um dos seus trabalhos - clique no link abiaxo -  fala sobre a recusa de José Felipe com o seu novo "Noro" (genro) que era o afamado capitão Lampião. - http://blogdomendesemendes.blogspot.com/2014/10/familiares-narram-imprensa-sobre-maria.html

Vamos ouvir em segredo o que o historiógrafo diz sobre eles: 

(...)

Vinte anos após a morte de Lampião e Maria Bonita na Grota do Angico, o repórter A. C. Rangel e o fotógrafo Rubens Boccia seguiram para o sertão a serviço do periódico carioca “O Jornal”.

Este era autodenominado o “órgão líder dos Diários Associados”, sendo o primeiro veículo jornalístico adquirido pelo poderoso Assis Chateaubriand e se tornou o embrião do que viria a ser a empresa jornalística Diários Associados. O objetivo dos profissionais da imprensa era realizar uma entrevista com o pai de Maria Bonita o José Gomes de Oliveira mais conhecido como Zé Felipe.

O pai de Maria Bonita nada narrou sobre a esterilidade do sapateiro e nem sobre o primeiro marido da sua filha, mas comentou que ficou arruinado com a união de Maria e o “Rei do Cangaço”. Ele afirmou ao jornalista que em consequência daquela união passou oito anos andando pelo norte do país, verdadeiramente como um “cão escorraçado e sem sossego”.

"Se ele passou oito anos fora de casa possivelmente não estava nem um pouco satisfeito com aquela união".

Zé Felipe comentou que após Maria decidir seguir os passos de Virgulino Ferreira da Silva o Lampião, nas poucas vezes que pode estar frente a frente com a sua filha, buscou convencê-la a deixar aquela vida. Atitude bastante razoável para um pai diante daquela situação. Comentou que Lampião vivia como um “alucinado” e que não parava em parte alguma. Mas como bem sabemos, ele não conseguiu convencer a filha.

(...)

O jornalista Rangel informa que Zé Felipe lhe narrou que em uma ocasião em meio a uma caminhada forte, com a polícia seguindo nos calcanhares, Maria Bonita foi ficando cada vez mais para trás, pois trazia embalada uma criança sua, com pouco tempo de nascida. Sem explicar como, a reportagem informa que a cangaceira com seu filhinho pegou um cavalo e conseguiu chegar próximo ao bando. Como a criança chorava muito, Lampião se exasperou e, para evitar que o bando fosse encontrado pela polícia, quis “sangrar” com um punhal seu próprio filho. Mas Maria saltou de punhal na mão e encarou o chefe cangaceiro frente a frente e este desistiu de sua ação. 

Noutra ocasião Zé Felipe narrou ao jornalista Rangel que Maria tinha ficado raivosa com o companheiro e chegou a quebrar-lhe uma cabaça d’água na cabeça. [2]
Em outra parte da narrativa, o velho Zé Felipe narrou uma desobediência de sua filha perante Lampião.

(...)

Não deixa de fazer uma visitinha ao Rostand Medeiros. Basta clicar no link acima.

Informação: São apenas as minhas inquietações, nada de garantir ou desrespeitar o que os escritores e pesquisadores escreveram sobre.

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sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

CHEGADA DE LAMPIÃO EM RIBEIRA DO POMBAL, 1928

Por José Mendes Pereira
Colorida pelo professor e pesquisador Rubens Antonio

Sobre esta imagem acima Ivanildo Régis afirma que Ivanildo Silveira, pesquisador e colecionador do cangaço, faz a seguinte observação: Embora a identificação dos cangaceiros da foto acima seja um tanto polêmica, consultando especialistas, é quase unânime que a legenda mais que mais se aproxima da realidade, é a seguinte: 

Lampião, Ezequiel Ferreira, Virgínio Fortunato da Silva, Luiz Pedro, Mariano Laurindo Granja, Corisco, Mergulhão e Alvoredo.

Um pouco da biografia de cada um deles:


1 - Virgulino Ferreira da Silva “o Lampião” ou ainda o patenteado “capitão”. Nasceu em 1898 em Villa Bela atualmente Serra Talhada, no Estado de Pernambuco. Era filho de José Ferreira da Silva e Maria Sulena da Purificação. Depois de quase vinte anos como chefe de cangaceiros foi abatido juntamente com a sua rainha Maria Bonita e mais nove cangaceiros, na madrugada de 28 de julho de 1938, na Grota do Angico, lá no Estado de Sergipe. Um dos maiores líderes de cangaceiros já visto em todos os tempos.

Leia sobre Os Eternos Mistérios de Angico escrito por Alfredo Bonessi: - http://lampiaoaceso.blogspot.com/2010/11/ponto-de-vista-os-eternos-misterios-de.html


2 - Ezequiel Ferreira da Silva o Ponto Fino (irmão de Lampião). Nasceu no ano de 1908, em Villa Bela atualmente Serra Talhada, no Estado de Pernambuco. Foi abatido no dia 23 de abril de 1931 – no tiroteio da Fazenda Touro, povoado Baixa do Boi, no Estado da Bahia, ponto conhecido como Lagoa do Mel. 

Leia sobre A Morte de Ezequiel Ferreira escrita por João de Sousa Lima: - http://cariricangaco.blogspot.com/2018/07/a-morte-de-ezequiel-ferreira-porjoao-de.html

3 - Virgínio Fortunato da Silva o Moderno. Ex-cunhado de Lampião. Nasceu em 1903 e faleceu em 1936, aos 33 anos de idade. Segundo o escritor e pesquisador do cangaço de nome Franklin Jorge, há suspeita, não comprovada, que Virgínio era da cidade de Alexandria, no Estado do Rio Grande do Norte. Era companheiro de Durvalina que com a sua morte ela amasiou-se com Moreno. Durvalina faleceu no dia 30 de junho de 2008. Moreno faleceu no dia 06 de setembro de 2010.

Leia sobre o cangaceiro cunhado de Lampião Virgínio Fortunato da Silva: - https://pt.wikipedia.org/wiki/Virg%C3%ADnio_Fortunato_da_Silva


4 - Luiz Pedro do Retiro companheiro de Neném do Ouro. Ele foi abatido juntamente com Lampião, Maria Bonita e mais oito cangaceiros, na madrugada de 28 de julho de 1938, na Grota do Angico no Estado de Sergipe. Dizem que quem o assassinou foi o policial Mané Véio. Leia o que escreveu o pesquisador do cangaço capitão Alfredo Bonessi sobre o cangaceiro Luiz Pedro. - http://cariricangaco.blogspot.com/2011/12/um-pouco-mais-de-luis-pedro-poralfredo.html

As informações sobre a morte do cangaceiro Luiz Pedro do Retiro ou Cordeiro são bastantes enfeitadas pelos que forneceram entrevistas a alguns repórteres e pesquisadores do cangaço.  

O escritor Alcino Alves Costa teve grande motivo para escrever o livro “Lampião Além da Versão Mentiras e Mistérios de Angico”, quando diz que o que aconteceu na Grota do Angico, em terras da cidade de Poço Redondo, no Estado de Sergipe, na madrugada de 28 de julho de 1938, não foi o que informaram os depoentes, tanto cangaceiros como policiais que fizeram partes da chacina aos cangaceiros da “Empresa de Cangaceiros Lampiônica & Cia, de propriedade do afamado, perverso e sanguinário Virgolino Ferreira da Silva o rei Lampião.

Claro que em relação a cangaço eu sou apenas um metido, que vivo lendo e comparando o que um escreve, o que outro diz em livro..., mas tento confirmar que, o cangaceiro Luiz Pedro não foi assassinado pelo volante Mané Veio, e sim, quem o matou, foi mesmo balas disparadas e direcionadas pelas volantes policiais através da metralhadora, que tentava eliminar vida por vida de cangaceiros.

As informações de três elementos que se dispuseram falar aos entrevistadores como aconteceu a morte do cangaceiro Luiz Pedro, todas são diferentes, e assim, não se tem o autor da morte do afamado cangaceiro e compadre de Lampião e Maria Bonita.

Em 1973, o cangaceiro Balão cedeu entrevista à Revista Realidade, e para mim, não sei se estou certo, Balão foi o cangaceiro que mais fantasiou as suas respostas. É claro que cada um deles queria levar a sardinha para o seu prato, mas não era necessária tanta fantasia.

O cangaceiro Balão falou o seguinte:

"- Luiz Pedro ainda gritou: Vamos pegar o dinheiro e o ouro na barraca de Lampião! Não conseguiu. Caiu atingido por uma rajada. Corri até ele, peguei seu mosquetão e, com Zé Sereno, consegui furar o cerco. Tive a impressão de que a metralhadora enguiçou no momento exato. Para mim foi Deus.– http://www.cangacoemfoco.m.jex.com.br" -

Pelo dizer do cangaceiro Balão quem matou o facínora Luiz Pedro foi uma rajada de balas por uma metralhadora.

No dia 14 de novembro de 1938 Iziano Ferreira Lima, o afamado cangaceiro VILA NOVA, afirmou ao “Jornal A Noite”, que estava na Grota de Angico no momento do ataque das volantes ao grupo de Lampião, na madrugada de 28 de julho de 1938. Vejam o que ele fala:

Vila Nova disse o que segue:

"– Escapei pela misericórdia de Deus, afirma. Vi quando o CHEFE (o chefe que ele se refere é Lampião) caiu se estrebuchando pelas forças do tenente Ferreira (ele fala no tenente Ferreira, mas acho eu, ele quis se referir ao tenente João Bezerra da Silva). Meu padrinho Luiz Pedro caiu ferido nos meus pés. Pediu que o matasse, logo. O que fiz, foi apanhar o seu mosquetão e fugir para as bandas do riacho onde o fogo era menor. Depois da fuga fui me esconder na Fazenda Cuiabá, onde me encontrei com ZÉ SERENO, e outros que puderam fugir do cerco. Ali soubemos que junto com o capitão tinha morrido mais 11 cabras, inclusive D. Maria Bonita”. (Ele diz que morreram 11 cabras. Na verdade foram nove cangaceiros e duas mulheres. O que ele afirma sobre o total de cangaceiros que morreu está correto, mas foram 12 mortos lá na Grota do Angico. 9 cangaceiros, 2 mulheres e um volante de nome Adrião Pedro da Silva".

Uma dúvida que tenho e que todos estudiosos do cangaço têm e gostariam de perguntar: O cangaceiro Luiz Pedro estava com dois mosquetões? Porque Balão disse que levou o seu Mosquetão. E o cangaceiro Vila Nova também afirma ter levado o mosquetão do cangaceiro.

Está registrado na literatura do cangaço que quem assassinou o cangaceiro Luiz Pedro foi o volante Mané Veio, mas pelas suas informações não tem como acreditar, porque ele afirma que saiu perseguindo o cangaceiro Luiz Pedro, que ia meio avexado, caminhando rápido, e o volante ao seu encalce, até que chegou em um determinado lugar, e disparou sua arma, fechando o cangaceiro.

Mas vejam bem: Durou muito para que o volante assassinasse o cangaceiro, e por que Balão, o Vila Nova informaram aos pesquisadores que o Luiz Pedro foi assassinado ali, no meio dos outros?

Na minha humilde opinião e não válida, já que eu sou apenas um metido sobre este tema, o Mané Veio já encontrara o cangaceiro Luiz Pedro morto. Ele mentiu mais do que os outros.


5 - Mariano Laurindo Granja companheiro de Rosinha. Entrou para o cangaço em 1924. Foi um dos poucos que em agosto de 1928 cruzou o rio São Francisco, em companhia de Lampião, em direção à Bahia. Foi morto no dia 10 de outubro de 1936.
Segundo Alcindo Alves em: (... – Mentiras e Mistérios de Angico), o ataque foi entre os municípios de Porto da Folha e Garuru, região conhecida como o Cangaleixo. A pesquisadora do cangaço, Juliana Ischiara afirma que Rosinha foi morta a mando de Lampião. Era filha de Lé Soares e irmã de Adelaide, esta última sendo companheira de Criança, e parenta próxima de Áurea, companheira de Mané Moreno. Sendo Áurea filha de Antonio Nicárcio, que era primo/irmão de Lé Soares.

Leia o que escreveu Comunidade (Cangaço) sobre Mariano Laurindo GRanja: - https://www.facebook.com/ComunidadeCangaco/posts/605007012968731/


6 - Cristino Gomes da Silva Cleto Corisco companheiro da cangaceira Dadá. Ele foi abatido no dia 25 de maio de 1940, pelo tenente Zé Rufino, na fazenda Cavaco, em Brotas de Macaúbas, no Estado da Bahia. Dadá foi ferida e presa. Ela faleceu em 1994. Com a morte de Corisco, finalmente o cangaço foi enterrado com ele.


7 – Morte do cangaceiro Mergulhão
]Por: Rubens Antonio. - 

No detalhe, cangaceiro ”MERGULHÃO” (Antonio Juvenal), quando posava para a câmera de Alcides Fraga, em 17/12/ 1928, no lugarejo Ribeira do Pombal/BA . 


A 07 de Janeiro de 1929 travou-se o combate de Abóbora, povoado de Juazeiro, BA, lembrado pela morte de Mergulhão, cujo nome era Antonio Juvenal da Silva, mas que aparece citado também, na literatura sobre o Cangaço como Antônio Rosa. Da visita ao local pode colher alguns depoimentos e bater algumas fotos.

Antecipando algo do material, observo que a povoação está muito mudada, em relação ao contexto de então, mas há muitos elementos reconhecíveis e outros identificáveis através de testemunha ainda viva dos eventos.

Sabemos que o fogo se deu quando a volante chegou e os cangaceiros dançavam em uma casa, num forró.

A causa do forró, na verdade, era alheia aos cangaceiros. Era festejo local pela construção de uma nova “armação” para a feira do povoado, que, na verdade, não passava de uma arranjo descontínuo e desordenado de casas mais esparsas.

O cemitério local foi o sítio de maior destaque, onde morreram os dois policiais, soldados José Rodrigues e Manoel Nascimento.

Segundo a autópsia:

“José Rodrigues, com um ferimento com orificio de entrada na região dorsal superior e orifício de saída sobre o mamillo direito; Manoel Nascimento com três tiros; um que penetrava entre a 6ª e a 7ª lombar, com destruição das anças intestinais e orifício de saida sobre a crista illiaca com fractura; outro na região anterior direita do thorax e outro na região cervical esquerda.”

Rochedo em que Lampião e Ezequiel se apadrinharam para disparar contra a volante, que se encontrava no Povoado de Abóboras.

A posição da volante era aproximadamente a da caixa d’água vista ao longe, entrincheirada no antigo cemitério. 

Edilson dos Santos, proprietário do terreno, aponta a localização da sepultura do cangaceiro Mergulhão.

Pequenas pedras restantes da sepultura do cangaceiro Mergulhão.

Sítio da sepultura de MERGULHÃO .

João Alves Guimarães apontando localização da entrada do antigo cemitério.

As pedras diante dos seus pés são do antigo portal.

A terraplenagem e a pavimentação foi feita somente com a retirada das lápides. Portanto, os restos dos sepultos ainda estão aí.

Próximo à quina branca que se vê à esquerda estão sepultados os restos de um dos soldados mortos no tiroteio. Seguindo-se em frente, em direção à rua, encontram-se os restos do outro soldado. 

Abraços!
Rubens Antonio

(*)Professor e palestrante sobre História Geológica da Bahia, Antropologia, Geologia, Epistemologia, Metodologia do Trabalho Científico, História da Ciência. Fonte da Matéria: Comunidade do Orkut – Cangaço, Discussão Técnica do amigo Ronnyeri. - https://blogdotitorocha.com.br/2017/07/79-anos-da-morte-de-lampiao/

PARABENIZO O AMIGO ”RUBENS ANTÔNIO” PELA EXCELENTE MATÉRIA, BEM COMO, PELO SEU DESEJO DE PRESERVAR, DOCUMENTALMENTE, A HISTÓRIA DO CANGAÇO E DE SEUS PERSONAGENS, ALÉM DE PARTILHAR COM TODOS, O GRANDE ACHADO. VALEU AMIGÃO !!. 

Um forte abraço a todos
IVANILDO SILVEIRA
Colecionador do cangaço
Natal /RN


8 - Hortêncio Gomes da Silva o Arvoredo. – Desligou-se do bando no momento do ataque a Jaguarari, no Estado da Bahia. Fez dois meninos como reféns. Mas eles conseguiram o dominar, desarmando-o. Em seguida mataram-no a facadas. Achando que o serviço ainda não tinha sido concluído, degolaram-no e cortaram as suas mãos. Após o trabalho concluído acionaram a polícia. (Não tenho maiores informações sobre este cangaceiro).

Leia o que escreveu o professor e pesquisador do cangaço Rubens Antonio sobre o cangaceiro Arvoredo: 


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QUEM CONHECE ENEDINA ESPOSA DO CANGACEIRO JOSÉ DE ALEIXO QUE NO CANGAÇO ERA ALCUNHADO POR CAJAZEIRA?

Por José Mendes Pereira
Cangaceira Enedina

Enedina era cangaceira e esposa do facínora José de Aleixo alcunhado no mundo do crime por Cajazeira. Ambos faziam parte da "Empresa de Cangaceiros Lampiônica & Cia" do afamado, perverso e sanguinário capitão Lampião.

https://www.youtube.com/watch?v=XyCO3uaEriU

Na madrugada de 28 de julho de 1938, na Grota do Angico, terras que antes pertenciam a Porto da Folha e posteriormente passou a fazer parte da área territorial de Poço Redondo Enedina foi assassinada no momento da chacina aos cangaceiros, mas o seu esposo José de Julião conseguiu escapar e fugiu até alcançar lugar seguro para se proteger. 

ENEDINA ERA ALEGRE

Enedina nasceu em Poço Redondo no Estado de Sergipe, que fica bem perto da Grota do Angico, onde o bando de Lampião foi atacado e morto na madrugada de 28 de julho de 1938.
Segundo pesquisadores Enedina sempre estava afogada no meio da alegria, e bastante risonha, bonita e prestativa. Casada civilmente com o cangaceiro Zé Julião ou Cajazeira. 

Zé de Julião havia se  metido em questões e foi obrigado fugir da sua residência devido as perseguições policiais. Como estava sem rumo entrou no  bando do capitão Lampião. E assim que ele armou a sua rede no coito do capitão Enedina foi também, porque lá já já haviam outras mulheres no bando. O casal de cangaceiros gostava mais de acompanhar o grupo do facínora Zé Sereno que era um braço de Virgolino.

A alegria da Enedina desapareceu com o massacre da volante do tenente João Bezerra da Silva. Ela foi atingida por uma rajada de balas na cabeça que chegou a estourar os “miolos” e ainda a massa cefálica colou no vestido da companheira Sila que era esposa do Zé Sereno. Sila e Zé Sereno não foram atingidos e se salvaram daquela querra de balas.

Cangaceiro Zé de Juliaõ esposo da Enedina.

ZÉ JULIÃO O CANGACEIRO CAJAZEIRA

José Francisco do Nascimento era o nome de pia do cangaceiro Zé Julião, que no cangaço ganhou a alcunha de Cajazeira. Nasceu em Poço Redondo, município Sergipano, situado no micro região do baixo São Francisco e onde fica a nascente do rio Sergipe. Filho do fazendeiro Julião Nascimento e Constância. Cresceu em meio a um sertão de exploradores e explorados, soldados desumanos e jagunços atrevidos, nesse quadro, faria brotar no jovem um destino do que ser simplesmente herdeiro da riqueza de seus pais.

Naqueles idos de 1928, ter qualquer coisa que se afeiçoasse a riqueza era também involuntariamente submeter-se à exploração da volante e dos bandos cangaceiros. Ora, era sempre mais confiável garantir a vida doando ou outros bens. Contudo, foram as continuas explorações que fizeram com que o pai de Zé Julião se mudasse para outra localidade. Mesmo casado com Enedina ele segue o pai.

De certa vez, foi reconhecido por soldados da volante quando jogava baralho e que era acostumado a extorquir seu pai, a mesma pratica tentaram com ele,isto o revoltou profundamente; passou a ter profundo oóio por aquele tipo de gente.Porém,o fato mais marcante foi a decisão que tomou diante daquilo que tinha por absurdo: criou impulso e encorajamento para entrar no bando de lampião, acompanhado por Enedina. Ao ser aceito no bando de Virgulino, ganhou o apelido de Cajazeira. Ao lado da fiel companheira na aridez das caatingas, faziam planos para conquistas maiores, vez que imbatível naquela guerra sertaneja.

E talvez por isso mesmo jamais passou pela cabeça o que viria acontecer naquela manhã triste e sonolenta de 28 de julho de 1938,na gruta do Angico.Quando a volante comandada pelo cabo João Bezerra atacou e matou Lampião e Maria Bonita e mais nove cangaceiros,sua querida Enedina prostou-se como uma das vitimas. Desesperado,conseguiu romper o cerco e fugir. Lampião, o líder estava morto; o verdadeiro cangaço tinha morrido ali também. Nesse contexto de tristeza e luta com o outro lado da realidade, o que faz Cajazeira é fugir, passando a viver na clandestinidade. Vagueou algum tempo pela Bahia até voltar a sua terra querida, Poço redondo. Lá, casou novamente com a irmã de Enedina.

A tão sonhada paz não o acompanha, continuou a perseguição da volante, não teve alternativa a não ser partir prá outras terras, foi morar em Nova Iguaçu, no então estado da Guanabara. Por lá tinha parentes e conhecidos, fixou residência e não tinha maiores problemas. Mas, como bom sertanejo não aguentou a saudade e voltou às terras Sergipanas para residir em uma das tantas fazendas herdadas do pai. Conhecido como era ver sua influência política crescer na região. Com o desmembramento de Poço Redondo de Porto da Folha em 1953, o ex cangaceiro lança-se candidato a prefeito pelo PSD nas eleições de 3 de outubro1954, tal era sua influência que ele não acreditava em opositor,as forças políticas do novo município estava unida em torno do seu nome e aquela eleição seria apenas um ato confirmatório.

Contudo como sempre acontece em política,ledo engano. Eis que aparece um político de Porto da Folha, Artur Moreira de Sá, como candidato pelo PR. apoiado por alguns políticos da esfera estadual. Havia ainda um candidato da UDN, porém ouve a polarização entre Zé Julião e Artur. A grande surpresa veio com a abertura das urnas, resultado 134 x 134. Todavia, sendo Artur Moreira de Sá mais velho do que Zé de Julião, o candidato foi aclamado vitorioso e nessa condição toma posso como primeiro prefeito de Poço Redondo. Contaminado pela febre da política, seu nome ficou fortalecido para o próximo pleito. Porém, o judiciário buscava deliberadamente dificultar a vida do ex-cangaceiro. As manobras que foram sendo verificadas, todas elas no sentido de favorecer o opositor. Tal situação indignou parte da população e principalmente de Zé de Julião.

E foi nesse contexto que o tino do cangaceiro tomou o lugar do político. O que fazer se as ações fraudulentas estavam escancaradas e nenhuma autoridade séria se posicionava diante daquela vergonha toda? Não tinha jeito era derrota na certa. Pensou, se seus eleitores estavam impedidos de votar, os corregionários do outro candidato sería impedido também, e assim articulou no dia da eleição acompanhado de afamados vaqueiros, roubaram as urnas da sede do município e do distrito de Bonsucesso. a ação não era mais obra de um candidato indignado,mas do cangaceiro cajazeiras. Tamanha ousadia soa como uma bomba no meio político e na justiça eleitoral Sergipana. Agora como vitima o candidato Eliezer tinha tudo nas mãos para ser declarado eleito. E assim foi declarado prefeito pela segunda vez de Poço Redondo.

As ações perpretadas por Zé de Julião naquela revolta sertaneja lhe trouxeram duas consequencia, foi preso e colocado em liberdade alguns meses depois. Nova Iguaçu é novamente seu rumo, ao menos sería, se ao chegar em Salvador não resolvesse retornar.Não se sabe as circustâncias, as intenções ou motivo desse retorno. São muitas as suposições, e se confirmadas estas, os motivos seriam outros senão vingança. Tinha motivações para isso. Sabe-se apenas que esta foi sua última aventura,pois na manhã de 1961 foi encontrado morto,assassinado, nas terras do seu Poço Redondo. A tragédia da gruta do Angico, para ele, foi apenas adiada. http://blogsolvermelho.blogspot.com/2011/01/

A foto acima de Enedina foi encontrada pelo saudoso escritor Alcino Alves Costa que a adquiriu através de um dos seus amigos pois até então não existia foto da cangaceira Enedina. Leia o que ele falou sobre a foto:

(...)

"Pois bem! Meus amigos e companheiros dizia Alcino Alves no rastejar a história dos povos sertanejos, em especial a história do cangaço e de Lampião, neste mês de fevereiro de 2011, eu tive uma grandiosa surpresa. Surpresa que me deixou pleno de felicidade. Emocionado mesmo. Conversando com Antônio Neto, um grande artista de Poço Redondo, neto da falecida Maninha, que era irmã de Enedina, a Enedina de Zé de Julião, a Enedina que morreu em Angico ao lado de Lampião, ele me disse que sua mãe, dona Antonieta, tinha uma foto da esposa do cangaceiro Cajazeira de pouco antes dela ter ido para o cangaço. Ainda mais. Que aquela foto havia sido tirada no dia de seu casamento que aconteceu na igrejinha de Poço Redondo, em 15 de Agosto de 1937.

Fiquei atarantado com aquela inesperada novidade. Ter esta foto em minhas mãos era algo de um valor extraordinário. Tonho Neto se comprometeu em ir buscá-la na Pia do Boi, fazendinha do município onde a sua mãe reside. A minha expectativa era enorme. Eis que no dia 20 deste mês, este meu querido amigo me entregou a foto, esta foto que tenho a felicidade de mostrá-la a todos os que pesquisam e estudam o cangaço.


Vejam meus companheiros o quanto Enedina era bela. Uma menina-moça que carregava em seu corpo e em seu espírito uma lindeza incomparável. E saber que uma jovem e linda mulher, como Enedina, no fulgor de sua mocidade, perdeu a vida, com a sua cabeça esbagaçada por uma infeliz bala, na subida de uma das serras de Angico, é um acontecimento que ainda hoje, após tantos anos, nos deixa tristes e desconsolados". - http://cariricangaco.blogspot.com/2011/02/beleza-da-mulher-cangaceira-poralcino.html

Alcino Alves Costa sendo entrevistado pelo Cariri Cangaço

Esta foto acima é a única que existe da cangaceira Enedina esposa do cangaceiro Cajazeira.
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terça-feira, 7 de janeiro de 2020

FORMAL DE PARTILHA

FORMAL DE PARTILHA

FORMAL DE PARTILHA passada a  favor de FRANCISCA RODRIGUES DUARTE extraído dos autos de Inventário dos bens deixados pelo finado FRANCISCO DUARTE FERREIRA para título e conservação de seus direitos.

O doutor Abílio Cesar Cavalcanti Juiz de Direito da 1ª. Vara desta Comarca de Mossoró, Estado do Rio Grande do Norte, na forma da lei etc.

FAZ SABER a todos os senhores doutores desembargadores, juízes e mais pessoas da Justiça a quem o conhecimento desta haja de pertencer, que perante este Juízo e cartório do 4º. Ofício, desta cidade, se processaram os outros de Inventário dos bens deixados pelo finado Francisco Duarte Ferreira, com inteira observância das prescrições legais, feito iniciado com sua distribuição aos vinte e seis (26) do mês de abril do ano de mil novecentos e cinquenta e cinco (1955) e tendo a respectiva partilha sido julgada por sentença de primeiro de julho de 1955, que transitou em julgado e como por FRANCISCA RODRIGUES DUARTE tenha sido pedido o presente formal, é o mesmo extraído dos referidos autos, nos termos e com as peças necessárias, determinadas pelo art. 509 do Código de Processo Civil, em seguida transcritas:

TERMO DE COMPROMISSO DE INVENTARIANTE:

Aos vinte e sete dias do mês de abril do ano de mil novecentos e cinquenta e cinco, nesta cidade de Mossoró, Estado do Rio Grande do Norte, em meu cartório à Rua Coronel Vicente Saboia, número vinte (20), onde se achava o Juiz de Direito da Primeira Vara Doutor Abílio César Cavalcanti, comigo escrivão do seu cargo abaixo indicado e que este subscreve, compareceu o Doutor Raimundo Doares de Sousa, procurador e advogado da inventariante dona FRANCISCA RODRIGUES DUARTE, a quem o M. Juiz se referiu o compromisso na forma da lei, de bem e facilmente, com boa e sã consciência, sem dolo nem malícia, de empenhar o cargo de inventariante dos bens do espólio de FRANCISCO DUARTE FERREIRA, falecido nesta cidade no dia (03) três de março do ano em curso. Aceito o referido compromisso, prometeu cumpri-lo com fidelidade. Do que para constar, lavrei este termo que depois de lido e achado conforme, vai assinado pelo Juiz e compromissado. O Escrivão do quarto Ofício João Bruno da Mota, que o datilografei e subscrevi. (aa) Abilio Cesar Cavalcanti – Raimundo Soares de Souza, João Bruno da Mota.

TERMO DE DECLARAÇÕES PRELIMINARES

Aos vinte e oito dias do mês de abril do ano de mil novecentos e cinquenta e cinco (1955), pelas nove horas nesta cidade de Mossoró, Termo Sede da Comarca do mesmo nome, Estado do Rio Grande do Norte, em meu cartório à Rua Coronel Vicente Saboia, número vinte (20), onde se encontrava o doutor Abílio Cesar cavalcanti, Juiz de Direito da Primeira Vara desta Comarca, comigo escricão do seu cargo abaixo nomeado e no final, assinado, aí compareceu o doutor Raimundo Soares de Souza, brasileiro, casado, advogado, domiciliado e residente nesta cidade, na qulçaidade de procurador e advogado da inventariante dona FRANCISCA RODRIGUES DUARTE e pelo mesmo foram prestadas as seguintes declaraçõea preliminares: Disse que o inventarido FRANCISCO DUARTE FERREIRA, brasileiro, criador, com 82 anos de idade, natural deste município, faleceu nesta cidade, no dia trêsde março do corrente ano, deixando testamento. Que o “de cujus” fora casado em primeira núpicias, sob o regime de comunhão de bens com dona MARIA VICÊNCIA DUARTE, e em segundas com a inventariante dona FRANCISCA RODRIGUES DUARTE. Que do seu primeiro consórcio deixou os seguintes filhos:

PRIMEIRO): MANUEL DUARTE FERREIRA, brasileiro, comenrciante e proprietário, vom sessenta anos de idade, casado com dona Francisca Leite Duarte, de prendas domésticas, domiciliados e residentes nesta cidade.

SEGUNDO)LUIZ DUARTE DA COSTA, brasileiro, criador e agricurtor, com cinquenta e cinco anos de idade, casado com dona MARIA DE FREITAS DUARTE, de afazeres domésticos, domiciliados e residentes nesta cidade.

TERCEIRO)MARIA DUARTE TRIGUEIRO, brasileira de prendas domésticas, com cinquenta e três anos de idade, casada com JOAQUIM HENRIQUE TRIGUEIRO, militar reformado, domiciliados e residentes na capital Federal.

QUARTO)RAIMUNDA CALDAS DUARTE, brasilera, de prendas domésticas, com cinquenta anos de idade, casada com LUIZ CALDAS DUARTE, funcionário público estadual, domiciliados e residentes nesta cidade.

QUINTO)DR. FRANCISCO DUARTE FILHO, brasileiro, médico com quarenta e nove  anos de idade, casado com MARIA SALEM DUARTE, de prendas domésticas, domiciliados e residentes nesta cidade.

SEXTO)LUZIA DUARTE MAIA, brasileira, de prendas domésticas, com quarenta e sete anos de idade, casada com FRANCISCO ALVES MAIA, agrimensor, domiciliados e residentes na cidade de Goiânia Estado de Goiás.

SÉTIMO)JOSÉ DUARTE FERREIRA, brasileiro, mecânico, com quarenta e dois anos de idade, casado com dona MATILDE SOUTO DUARTE, de prendas domésticas, ele domiciliado e residente na cidade de Manaus, Estado do Amazonas e ela domiciliada e residente nesta cidade.

OITAVO)CRISTINA DUARTE FERREIRA, brasileira e desquitada, de prendas domésticas, domiciliada e residente na cidade de Natal capital deste Estado.

NONO)VICENTE DUARTE FERREIRA, já falecido deixando o seguinte herdeiro: Raimundo Nonato Duarte, brasileiro, com----- anos de idade, agricultor, domiciliado e residente nesta cidade.

DÉCIMO)JOANA LEITE DUARTE, brasileira, já falecida deixando os seguintes herdeiros: 

        1º.) -  ALDEMAR DUARTE LEITE, agricultor, com trinta e seis anos de idade, casado, domiciliado e residente nesta cidade. 

        2º.) – ARMANDO DUARTE LEITE, solteiro, com trinta e quatro anos de idade, mecânico, domiciliado e residente nesta cidade. 

           3º. – MARIA ARICÉ DUARTE LEITE, de prendas domésticas, com trinta e dois anos de idade, domiciliada e residente nesta cidade, solteira. 

           4º.) – ALBANIZA DUARTE DOS REIS, de prendas domésticas, com trinta e um ano de idade, casada com JOSÉ FRANCISCO DO REIS, comerciante, domiciliado e residente nesta cidade. 

      5°.) – ADALTA DUARTE LEITE, solteira, com trinta anos de idade, domiciliada e residente nesta cidade. 

           6º.) -  ARTUR DUARTE LEITE, solteiro, mecânico, com vinte e nove anos de idade, domiciliado e residente nesta cidade.

Disse mais o mesmo procurador e advogado da inventariante que o “de Cujus” deixou testamento conhecido no qual instituiu legatários:

I) – MANUEL DUARTE FERREIRA, comerciante, com 60 anos de idade, casado com dona Francisca Leite Duarte, domiciliada e residentes nesta cidade. 

II) – LUIZ DUARTE DA COSTA, casado com dona Maria de Freitas Duarte, domiciliados e residentes nesta cidade. 

III) – DR. FRANCISCO DUARTE FILHO, médico, casado com dona Maria Salem Duarte, domiciliados e residentes nesta cidade. 

IV) – JOANA DUARTE LEITE falecida representada por seus filhos Aldemar Duarte Leite; Armando Duarte Leite; Maria Aricé Duarte Leite; Albaniza Duarte dos Reis; Adalta Duarte Leite e Artur Duarte Leite. 

V) – MARIA DO CARMOP DUARTE MAIA solteira de prendas domésticas, com 23 anos de idade, filha de Francisco Alves Maia e de dona Luzia Duarte Maia, domiciliados e residentes nesta cidade. Disse ainda o mesmo procurador e advogado da inventariante que os bens da herança, estimados em seiscentos mil cruzeiros, são os seguintes:

IMÓVEIS:  - Uma parte de terra com carnaubal, encravado no lugar denominado Barrinha, também conhecido por Carmo, neste município com o carnaubal na várzea e abrangendo a caatinga, medindo 2.192 (dois mil cento e noventa e dois) metros de frente, com meia légua para cada lado do rio Upanema, adquiridos pelo “de cujos” – na nomeação dos bens deixados por falecimento de sua primeira esposa dona Maria Vicência Duarte, conforme inventário e partilha procedido no Juízo competente desta comarca, que correu pelo Primeiro Cartório desta cidade, julgado por sentença aos vinte e nove de março de mil novecentos e dezessete, limitando-se do seguinte modo: ao norte, com terras de Letícia Rodrigues Duarte; ao sul, com terras do monte inventariando; ao nascente, com terrenos devolutos e ao poente, com os proprietários de terras do rio Mossoró. Uma parte de terra com carnabal, encravado no lugar denominado Tabuleiro Grande, neste município, medindo 964 (novecentos e sessenta e quatro) metros de frente, com meia légua para cada lado do rio Upanema, com carnaubal na várzea e abrangendo a caatinga, adquiridos pelo “de cujus” na reação dos bens deixados por falecimento de sua primeira mulher dona Maria Vicência Duarte, conforme inventário e partilha procedido no Juízo competente desta comarca que correu pelo Primeiro Cartório desta cidade e julgado por sentença aos vinte e nove de março de mil novecentos e dezessete, cuja parte de terra limita-se do seguinte modo:

Ao Norte, com terras do monte inventariando, ao Sul, com terras de Manoel Duarte Ferreira, ao Nascente, com terrenos devolutos e ao Poente, com terrenos dos proprietários do rio Mossoró. Um açude arrombado, sem benfeitorias, encravado no lugar Barrinha deste município, em terreno do monte inventariando.

MÓVEIS E UTENSÍLIOS:

Um motor Lister de 5HP a óleo Diesel, usado. Uma máquina de bater palha, bastante usada.

SEMOVENTOS:

4 vacas paridas; cinco vacas solteiras, um touro, quatro novilhas; duas novilhotas; quatro garrotas; vinte e duas ovelhas; dez carneiros; dez marrans; dezoito cabras; dez bodetes; nove novilhas de cabras.

APÓLICES:

Cinquenta apólices do Banco de Mossoró S.A. de número 01151 a 01200, no valor nominativo de 100 cruzeiros cada um e tudo num total de cinco mil cruzeiros.

JUROS:

Juros de apólices do Banco de Mossoró S/A., relativos ao ano de 1954, na importância de quatrocentos e cinqüenta cruzeiros. - Disse mais o mesmo procurador e advogado da inventariante que, do consórcio de sua constituinte com o falecido não existe filhos:

IMÓVEIS:

Disse mais o mesmo procurador e advogado que existe também o seguinte: - Uma casa de residência, encravada no sítio Barrinha, deste município, em terrenos do monte inventariando, com móveis e utensílios adquirida pelo “de cujus” por construção própria. Pelo mesmo procurador foii declarado ser procurador e advogado de todos os herdeiros e legatários constantes das presentes declarações preliminares, conforme instrumentos, procuratórios que apresentou neste ato, pedindo fossem os mesmos juntos aos presentes autos, o que foi deferido pelo MM. Juiz. – Que são estas as declarações preliminares que tem a fazer, protestando todavia por ulteriores, em virtude de qualquer omissão, de fatos que ainda não sejam do seu conhecimento, ou por qualquer outro motivo. Nada mais declarou. Do que para constar datilografei o presente termo que, depois de lido e achado conforme, vai assinado pelo Juiz e pelo declarante. Eu, João Bruno da Mota, Escrivão do 4º. Cartório, o datilografei e subscreví. (aa) Abilio Cesar Cavalcanti – Raimundo Soares de Sousa. TERMO de Abilio Cesar Cavalcanti – Raimundo Soares de Sousa.

TERMOS DE DECLARAÇÕES FINAIS EM ANDAMENTO

Aos oito dias do mês de junho do ano de mil novecentos e cinquenta e cinco, nesta cidade de Mossoró, Estado do Rio Grande do Norte, em meu cartório na rua coronel Vicente Saboia, número vinte, onde se achava o Dr. Abilio Cesar Cavalcanti, Juiz de Direito da primeira vara desta Comarca, comigo escrivão do quarto ofício, aí compareceu o doutor Raimundo Soares de Sousa, procurador e advogado da inventariante dona FRANCISCA RODRIGUES DUARTE e pelo mesmo foi dito que por equívoco, deixaram de ser descritos três armazéns, encravados nas terras situadas no lugar Barrinha, constantes do monte a partilhar, que vinha aditar os seguintes imóveis: Um armazém medindo dez metros de fundos por três metros e meio de frente construído de tijolos e coberto de telhas, com uma porta na frente, isolado pelo lado e lado do poente, anexo com a dasa de morada, já descrita e avaliada. – Dois armazéns conjugados, construídos de tijolos e cobertos de telhas, com oito metros de fundos por seis metros de frente, cada um com uma porta na frente, nos fundos uma porta cada um. E nada mais tinha a dizer ou alteras. Do que para constar lavrei este termo que depois de lido e achado conforme, vai assinado pelo procurador da inventariante e pelo Juiz. Eu João Bruno da Mota escrivão do 4º. Ofício, o datilografei e subscreví.  (aa) Abilio Cesar Cavalcanti – Raimundo Soares de Sousa.

LAUDO DE AVALIAÇÃO:

Laudo de avaliação dos bens deixados pelo falecimento do Sr. Francisco Duarte Ferreira. Um Terreno no lugar Barrinha medindo 2.192 (dois mil cento e noventa e dois) metros de frente com meia légua para cada lado do rio Upanema, com carnabal, limitando-se do seguinte modo: - pelo lado do Norte, com terra de Letícia Rodrigues Duarte, pelo lado do Sul com terra do monte inventariando, lado do nascente, com terras devolutas, e pelo lado do poente, com os proprietários de terras do rio Mossoró, que avalio por Cr$ 600,00 o metro e todos os 2.192 metros por Cr$ 1.315.200,00.

UM TERRENO NO LUGAR TABULEIRO GRANDE com 964 (novecentos e sessenta e quatro) metros de frente com meia légua para cada lado do rio Upanema, com carnaubal, limitando-se pelo lado do Norte, com terra do monte inventariando, pelo lado do Sul, com terra de Manoel Duarte Ferreira, pelo lado do nascente, com terra devolutas e pelo lado do poente, com terra dos proprietário do rio Mossoró, que avalio o metro por 600,00 e todos os 964 metros por Cr$ 578.400,00.

UM AÇUDE NO LUGAR BARRINHA  o dito açude está arrombado, sem benfeitorias, encravado no lugar Barrinha, neste munípio, em terreno do monte inventariando, que avalio por Cr$ 6.000,00.
UM MOTOR LISTER COM 5HP a óleo usado que avalio por Cr$ 5.000,00.
UMA MÁQUINA DE BATER PALHA de carnaúba também usada, que avalio por Cr$ 4.000,00.
QUATRO VACAS PARIDAS que avalio cada uma por 2.500,00 e todas as quatro por Cr$ 10.000,00.
CINCO (5) VACAS SOLTEIRAS que avalio cada um a por 2.000,00 e todas as cinco por 10.000,00.
UM TOURO que avalio por Cr$ 5.000,00.
QUATRO NOVILHAS que avalio cada uma por 1.000,00 e todas as quatro por Cr$ 4.000,00.
DUAS (2) NOVILHOTAS que avalio cada um por 800.00 e todas duas por Cr$ 1.600,00.
QUATRO GARROTES que avalio cada um por 800,00 e todos os quatro por três mil e duzentos.
VINTE E DUAS OVELHAS que avalio cada uma por 150,00 e todas as vinte e duas por Cr$ 3.300,00.
DEZ (10) MARRANS DE OVELHAS que avalio cada uma por 100,00  e todas as 10  por Cr$ 1.000,00.
DEZOITO (18) CABRAS que avalio cada uma por 150,00 e todas as 18 por Cr$ 2.700,00.
DEZ BODETES que avalio cada um por 100,00 e todos os dez por Cr$ 1.000,00.
NOVE (9) NOVILHAS DE CABRAS que avalio cada uma por 100,00 e todas as nove por Cr$ 900,00.
DEZ (10) CARNEIROS que avalio cada um por 200,00 e todos os dez por Cr$ 2.000,00.
UMA CASA NO SÍTIO BARRINHA construída de tijolos e coberta de telhas, que avalio por 6.000,00 ´perfazendo um total de Cr$ 1.959.300,00.
Mossoró, 16 de maio de 1955. (a) Viriato Alves da Silva. Avaliador.

LAUDO DE AVALIAÇÃO – Dos bens deixados por falecimento do Sr. FRANCISCO DUARTE FERREIRA ocorrido neste município de Mossoró.

UM (1) ARMAZÉM NO LUGAR BARRINHA construído de tijolos e coberto de telhas, medindo dez metros de fundos por três metros e meio de frente, com uma (1) porta de frente, isolado pelo o lado do nascente e pelo lado do poente, anexo com a casa de morada que avalio por Cr$ 1.000,00.

DOIS (2) ARMAZÉNS NO LUGAR BARRINHA construídos de tijolos e cobertos com telhas, conjugados com oito metros de fundos por seis metros de frente, cada um com uma porta de frente e nos fundos um porta cada, avalio cada um por 1.000,00 e todos os dois por Cr$ 2.000,00. Perfazendo um total de 3.000,00. Mossoró, 7 de junho de 1955. (a) Viriato Álvares da Silva, avaliador.

PAGAMENTO: - Pagamento que se faz à meeira e viúva cabeça do casal dona FRANCISCA RODRIGUES DUARTE,de prendas domésticas domiciliada e residente no sítio Barrinha, deste termo, da meação lhe coube na presente partilha dos bens deixado por falecimento de seu marido FRANCISCO DUARTE FERREIRA na importância de 726. 017,94, que sai. (726.017.94). Haverá em pagamento de sua meação mil quinhentos e setenta e oito (1578) metros na parte de terra de criar e plantar, com carnaubal, encravada no lugar denominado Barrinha, também conhecido por Carmo, neste município de Mossoró, com carbaubal na nárzea e abrangendo a caatinga, residindo dita parte de terra - 2.192 – (dois mil cento e noventa e dois) metros de frente, com meia légua para cada lado do rio Upanema adquiridos pelo “de cujus” descritos e avaliados em adiatamento em Cr$ 450,00 e todos 1.578 metros por Cr$ 710.100,00, que sai. – (Cr$ 710.100,00). Haverá mais em seu pagamento, na casa de residência do sítio Barrinha, deste município, descrita e avaliada por Cr$ 6.000,00 uma parte correspondendo, a ¾ (três quartos) por 4.500,00, que sai. (4.500,00). Haverá mais em seu pagamento no açude encravado nos terrenos do sítio Barrinha, deste município, descrito e avaliado por Cr$ 6.000,00, uma parte correspondendo a ¾ (Três quartos) por 4.500,00, que sai. (4.500,00). Haverá mais em seu pagamento, uma máquina de cortar palha, descrita e avaliada por 4.000,00, que sai. (4.000,00). Haverá mais em seu pagamento, nos (3) três armazéns construídos de tijolos coberto de telhas, encravados no sítio Barrinha, deste município, descritos e avaliados por Cr# 3.000,00, uma parte correspondente a ¾ (três quartos) por Cr4 2.250,00, que sai. (2.250,00). Haverá mais em seu pagamento, duas ovelhas, das vinte e duas ovelhas, descritas e avaliadas a Cr$ 150,00 cada uma e as duas por Cr$ 300,00 que sai. (300,00). Haverá finalmente, dos carneiros, dos dez carneiros descritos e avaliados a Cr$ 200,00 cada um e os dois por Cr$ 400,00, que sai. (400,00). Levando de mais para repor Cr$ 32,06 que sai. (32,06) Visto a meiação ser Cr$ 726.017,94. Inteirado – (726.017,94). E por esta forma houve o MM. Juiz por feito e acabado o presente pagamento a meeira e viúva do cabeça do casal dona Francisca Rodrigues Duarte, pago com os bens acima descritos. Para constar, mandou o Juíz lavrar este termo que o assina comigo escrivão. Eu, João Bruno da Mota, o subscrevo. (aa) Abílio Cesar Cavalcanti – João Bruno da Mota.

CERTIDÃO DO PAGAMENTO DO IMPOSTO “CAUSA=MORTIS”: - N. 849 – A. R.R.N. – Rio Grande do Norte – Departamento da Fazenda Exercício de 1955 – Rendas Diversas – Cr$ 37.870,00. Nº. 049, A fls. Do livro competente foi lançada em Receita a quantia de trinta e sete mil oitocentos e setenta cruzeiros (37.870,00), recebida de Manoel Duarte Ferreira e outros, proveniente do impt. De transmo, causa-mortis s/ 760.508,70 de seus legados e legítimos que lhes hão de caber na partilha dos bens deixados por falecimento de Francisco Duarte Ferreira, falecido no dia 3 de março do corrente ano. Sendo: Transmo. Causa-mortis 37.864,70. Taxa de Expediente – 5,30. Total – Cr 37.870,00. J.N. receb. De Rendas Estaduais, de Mossoró, em 15 de junho de 1955. (aa) R.N. Oliveira, Escrivão. L.M., Coletor. 

CERTIDÕES NEGATIVAS DE IMPOSTOS MUNICIPAIS, ESTADUAIS E FEDERAL: - (Escudo da República) – Rio Grande do Norte – Prefeito Municipal de Mossoró – Tesouraria – Certidão – Certifico a pedido verbal de pessoa interessada que o espolio de Francisco Duarte Ferreira, está quites com o pagamento dos impostos e taxas arrecadas por esta Repartição, até esta data. Tesouraria da Prefeitura Municipal, em 30 de maio de 1955. (aa) Jeremias Jussieu da Escossia, Tesoureiro. Visto – Reginaldo Paiva, Secretário. (Escudo da República) – Departamento  da Fazenda – Recebedoria de Renda – Of nº. 114/55. Mossoró, 8/6/1955. Ao Ilmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da 1ª. Vara da Comarca de Mossoró-RN. Respondendo ao ofício s/n, desse Juizo, datado de 31 de maio último, informo a V. Excia., que o espolio de Francisco Duarte Ferreira, está quites com a Fazenda Estadual, por intermérdio desta Recebedoria, até a presente data. Renovo. A V. Excia. Os mm/protestos de estima e consideração. Respeitosa Saudações. (a) Luiz Medeiros, Diretor. Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da 1ª. Vara de Mossoró-RN. Em resposta do ofício de V. Excia. Datado de 31 de naio último, informo que o espolio de Francisco Duarte Ferreira, está quites com a Fazenda Nacional, por intermédio desta Mesa de Rendas. Sirmo-me da oportunidade para renovar a V. Excia. Meus protestos de elevada estima e distinta consideração. (a) Werther M. Catunda, administrador. Contém na presente certidão um carimbo com os seguintes dizeres: Mesa de Rendas Federais em Mossoró – Rio Grande do Norete. SENTENÇA: - Vistos, etc. Julgo por sentença o esboço de fls. 71-83, referentemente dos bens deixados por falecimento de Francisco Duarte Ferreira, para que os mesmos produza os seus regulares efeitos, esboço de partilha esse a cuja correspondencia serão feitas as folhas de pagamentos. Quanto ao mais, cumprirá o escrivão o seu regimento. Custas na forma da lei. Int. Mossoró, 1/7/55. (a) Abilio Cesar Cavalcanti. Nada mais se continha nos ditos autos que deveras ser transcrito, na forma da lei. Dado e passado nesta cidade de Mossoró, Estado do Rio Grande do Norte, ao primeiro dia do mês de julho do ano de mil novecnetos e cinquenta e cinco.

Eu, João Bruno da Mota escrivão do quarto ofício, que o datilografei, conferi, consertei e subscrevo.
O JUÍZ DE DIREITO

Digitado por José Mendes Pereira conforme xerox do original. Não ignorar a ortografia. Foi datilografado de acordo com a época.


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