Por José Mendes Pereira
José Gomes, o Cabeleira considerado como sendo o primeiro cangaceiro do nordeste brasileiro, teria nascido no ano de 1751, em Glória do Goitá, pertencente à Vitória de Santo Antão, cidade da zona da mata pernambucana. Juntamente com os seus comparsas o Cabeleira casou e batizou em sua região nordestina.
Afirmam que no dia 1º de Setembro do ano de 1773, Jose Gomes ao lado do pai Joaquim Gomes, e outro delinquente de nome Teodósio, tiraram o sossego do Estado de Pernambuco, usando a covardia com assaltos e mortes, mais o roubo de armazém.
1776 – Em 28 de Março deste ano, José Gomes e sua saga são capturados e levados à forca no Forte das Cinco Pontas.
O sanguinário foi um dos mais notórios bandidos do fim do século 18, e era famoso por causar mortes e realizar assaltos no estado de Pernambuco ao lado do pai.
A literatura cangaceira diz que na sua vida de marginal, foi alcunhado "Cabeleira", em possível referência às suas mechas compridas. Era filho de mameluco, com olhos escuros, lábios delgados e nariz curto. Seu modo de agir contra as suas vítimas era com muita violência, e geralmente, terminava em mortes. Em 1773, na capital de Pernambuco, Recife, roubou um armazém em detrimento da morte de um soldado e de um civil. O ataque foi feito por ele, o pai, e também esteve presente o cangaceiro Teodósio que acompanhou as principais maldades de Cabeleira, que era considerado o homem de sua confiança. O Teodósio esteve ao lado de Cabeleira em diversos crimes, e principalmente, até no momento de sua execução.
Quem mais escreveu sobre o bandido Cabeleira foi o escritor e folclorista Franklin Távora, que lançou seu livro "O Cabeleira no ano de 1876. Posteriormente, sua vida passou a ser escrita através de poesias por João Cabral de Melo Neto.
"Os crimes de Cabeleira chegaram aos ouvidos das autoridades portuguesas, que foram contatadas pelo governador José César de Menezes em comunicado oficial sobre a situação social de Pernambuco.
Sua trajetória de crimes acabou em 1786, quando, fugindo da polícia, se esconde num canavial em Paudalho, na zona da mata, e foi capturado. Na justiça, foi condenado à forca pelos assassinatos e roubos, sendo executado no dia 28 de março daquele ano, no Largo das Cinco Pontas, dentro da capital".
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