Por José
Mendes Pereira
Talvez você leitor, irá pensar que isto que segue é fictício, mas não o é, foi real. Só em ler quem conheceu a família sabe muito bem os nomes destes personagens. Vou usar nomes criados para preservar os dos infelizes que participam da história, e principalmente o nome da empresa.
Mauro Gurgel
era empregado à noite ocupando a função vigilante na empresa “Dorabela” vendedora de
móveis de todos os modelos. Durante o dia fazia bicos na oficina do seu sogro Manoel Tomás ocupando a função de marceneiro, e o velho sogro o tinha como um filho. Vivia uma vida de pobre, mas era muito
organizado, e tudo fazia para não deixar os seus dois filhos com menos de 4
anos fora dos padrões como pai.
A esposa Maria
das Neves não era muito filé assim como costumam dizer, quando uma dona de casa
não mantém o respeito na sua própria vida feminina. Vez por outra, à noite, Maria das
Neves dava uma saidinha ou uma puladinha de cerca para qualquer lugar, isto sem destino,
e não queria nem saber que os seus filhos pequenos ficassem sozinhos em casa. O
seu maior desejo era satisfazer as suas vontades sexuais com qualquer desocupado que o encontrava por aí, bebendo, fumando e participando de forrós, onde a sanfona abria o seu fole.
O Mauro Gurgel
nunca sonhou que tinha em casa uma traidora porque ele levava a vida no trabalho,
principalmente à noite, e confiava bastante nela, e assim nesse modo de confiar ela o fazia de gato e
sapato. Como não tinha nada a ver com isso a vizinhança nunca dissera ao Mauro Gurgel que a sua companheira o traía, e geralmente, altas horas da madrugada,
quando os filhos acordavam, ficavam ali, chorando até o dia amanhecer, porque estavam sem a mãe.
Certo noite,
por não andar muito sadio o Mauro Gurgel recebeu a autorização do chefe da empresa “Dorabela”
para ir repousar em casa, já que se encontrava meio doente, e ao chegar, seus dois
filhos estavam em soluços, porque a mãe havia saído de casa muito cedo.
Pela manhã quando o relógio já marcava 9:00 horas do dia ela chegou em casa. O Mauro quis saber por onde andava e ela deu desculpa esfarrapada, que tinha ido à mercearia próxima de sua casa, e um sujeito a ofereceu Coca-Cola, bebeu, e ao sair de lá, não soube mais de nada.
O Mauro acreditou desacreditando. Mas dias depois, isto foi repetido por ela, e nesse dia, assim que ele chegou pela madrugada do serviço e viu as crianças sozinhas, foi direto ao sogro, e participou do que estava acontecendo no seu casamento.
Pela manhã quando o relógio já marcava 9:00 horas do dia ela chegou em casa. O Mauro quis saber por onde andava e ela deu desculpa esfarrapada, que tinha ido à mercearia próxima de sua casa, e um sujeito a ofereceu Coca-Cola, bebeu, e ao sair de lá, não soube mais de nada.
O Mauro acreditou desacreditando. Mas dias depois, isto foi repetido por ela, e nesse dia, assim que ele chegou pela madrugada do serviço e viu as crianças sozinhas, foi direto ao sogro, e participou do que estava acontecendo no seu casamento.
Manoel Tomás seu sogro era um homem que gostava bastante do genro por ele não botar dificuldade em nada que o velho queria fazer ou precisava. Era como se fosse um filho que não nascera em sua casa.
Ao saber, revoltou-se com o pouco respeito da filha com o Mauro. E sem muito pensar, foi curto e grosso, dizendo-lhe que se algum dia isto tivesse acontecido com a sua mulher e assim que ela chegasse em casa, ele a mataria.
O Mauro Gurgel apenas ouviu o que dissera o seu sogro e no momento não lhe veio nenhum mal pensamento que um dia pudesse fazer contra a sua esposa, afinal, mesmo mantendo-se no erro, adulterando, talvez, porque ele nada sabia, apenas ela saía de sua casa para se divertir, ela era a mãe dos seus dois filhos, e não a trocaria por mulher nenhuma, o mais importante era cuidar dos filhos e fazê-los felizes, muito embora, vivendo na companhia de uma mãe que nada valia.
E aconteceu que outra noite, ao chegar, encontrou os filhos sozinhos, porque a Maria das Neves andava de bobeira pelo mundo afora. O Mauro não quis mais aguentar aquela atitude da Maria. Ficou aguardando a sua chegada. Ela nem imaginava que ele já estava em casa. E assim que meteu a chave na porta, abriu-a, e ao entrar, foi surpreendida por uma paulada na cabeça, caindo já pronta.
O Mauro não esperou mais por nada. Puxou-a para livrar da porta, em seguida, fechou-a, cobriu o corpo com um pedaço de lona para os filhos não perceberem, e cuidou de acordá-los para fugir com eles, enquanto a vizinhança não percebesse a morte que ele acabara de fazer naquele momento. E assim que preparou tudo, fechou a porta e foi-se embora, levando consigo os dois filhos.
Dois dias se passaram e ninguém tinha notícia daquela família, principalmente das crianças que de momento a momento estavam fora da casa, brincando com bolinhas de gude em barrocas improvisadas, e também a Maria das Neves que misteriosamente desaparecera da vizinhança.
No terceiro dia a vizinhança estava preocupada, e alguns aproximaram-se da porta da casa. E ao chegarem, perceberam que o cheiro era insuportável, e tinham plena certeza que algum vivente morrera lá dentro. E toda vizinhança se responsabilizou pelo que iria fazer. Arrombar a porta da casa para certificar o que lá dentro morrera. Aberta a porta, e ao levantarem a lona que estava sobre, viram que era o corpo da Maria das Neves.
Feito o enterro e depois as investigações e o sumiço do esposo com os filhos, os peritos chegaram à conclusão quem havia matado a Maria das Neves. Fora morta pelo seu próprio marido Mauro Gurgel. Depois de alguns meses ninguém sabia para onde o Mauro Gurgel tinha fugido com os seus dois filhos.
Com o passar dos tempos o Manoel Tomás estava totalmente desorientado com a morte da filha, a ausência dos netos que nunca mais vira, e a perda da amizade do genro, porque ele era como um filho.
Tendo conhecimento o lugar e a fazenda onde morava o genro Mauro, o assassino da sua filha, Manoel Tomás resolveu fazer uma visita aos netos, e quem sabe, ao próprio assassino da sua filha. Mas esta visita seria sem vingança, porque a única culpada do que acontecera tinha sido a sua filha a Maria das Neves. Sem ninguém saber, marcou o dia e se mandou em busca de lá.
Já eram 4 horas da tarde quando o Manoel Tomás chegou à fazenda. O Mauro estava nas obrigações de curral, porque havia perdido o emprego, e por onde andou só conseguiu ser operário de fazendas. Ali, ele estava mungindo uma faca parida de poucos dias, e ao ver o ex-sogro aproximando-se tentou correr, pensando numa possível vingança. Mas o Manoel Tomás disse-lhe:
- Fique aí! Nada tenho para fazer contra você. O que passou, passou. Nem arma tenho. - Dizia ele levantando a camisa. Vim apenas para rever os meus netos e mais nada. A saudade deles é grande.
Mesmo cismado o Mauro concordou no que garantira o ex-sogro, e logo o levou para casa. Os netos gêmeos já se aproximavam dos 10 anos de idade, e lá, aconteceu o grande abraço entre netos e avô.
Os filhos ainda não tinham conhecimento que a mãe fora assassinada. Imagina quando eles souberam que quem matou sua mãe foi o seu próprio pai.
Durante toda a noite o Manoel Tomás dormiu sob o alpendre da casa da fazenda. No dia seguinte, ambos foram ao curral para fazerem algumas obrigações.
O Manoel Tomás pôs-se a pensar: ali, misturado com um homem que findara a vida da sua filha, e por último, ele sendo companheiro do assassino de quem cuidou com carinho quando era pequena. Mas, imaginou que seria uma covardia vingar a morte de quem não quis ter responsabilidade, fazendo todo tipo de traições com o seu cônjuge, um grande homem e trabalhador.
E no vai-e-vem do seu pensamento, resolveu vingar o feito. E aproximando do Mauro com um pedaço de pau derreou sobre o crânio do ex-genro, deixando-o cair sobre uma cocheira. Como ficou sozinho no curral, fugiu às pressas levando consigo apenas a saudade dos netos, e adeus, Mauro!
Ao saber, revoltou-se com o pouco respeito da filha com o Mauro. E sem muito pensar, foi curto e grosso, dizendo-lhe que se algum dia isto tivesse acontecido com a sua mulher e assim que ela chegasse em casa, ele a mataria.
O Mauro Gurgel apenas ouviu o que dissera o seu sogro e no momento não lhe veio nenhum mal pensamento que um dia pudesse fazer contra a sua esposa, afinal, mesmo mantendo-se no erro, adulterando, talvez, porque ele nada sabia, apenas ela saía de sua casa para se divertir, ela era a mãe dos seus dois filhos, e não a trocaria por mulher nenhuma, o mais importante era cuidar dos filhos e fazê-los felizes, muito embora, vivendo na companhia de uma mãe que nada valia.
E aconteceu que outra noite, ao chegar, encontrou os filhos sozinhos, porque a Maria das Neves andava de bobeira pelo mundo afora. O Mauro não quis mais aguentar aquela atitude da Maria. Ficou aguardando a sua chegada. Ela nem imaginava que ele já estava em casa. E assim que meteu a chave na porta, abriu-a, e ao entrar, foi surpreendida por uma paulada na cabeça, caindo já pronta.
O Mauro não esperou mais por nada. Puxou-a para livrar da porta, em seguida, fechou-a, cobriu o corpo com um pedaço de lona para os filhos não perceberem, e cuidou de acordá-los para fugir com eles, enquanto a vizinhança não percebesse a morte que ele acabara de fazer naquele momento. E assim que preparou tudo, fechou a porta e foi-se embora, levando consigo os dois filhos.
Dois dias se passaram e ninguém tinha notícia daquela família, principalmente das crianças que de momento a momento estavam fora da casa, brincando com bolinhas de gude em barrocas improvisadas, e também a Maria das Neves que misteriosamente desaparecera da vizinhança.
No terceiro dia a vizinhança estava preocupada, e alguns aproximaram-se da porta da casa. E ao chegarem, perceberam que o cheiro era insuportável, e tinham plena certeza que algum vivente morrera lá dentro. E toda vizinhança se responsabilizou pelo que iria fazer. Arrombar a porta da casa para certificar o que lá dentro morrera. Aberta a porta, e ao levantarem a lona que estava sobre, viram que era o corpo da Maria das Neves.
Feito o enterro e depois as investigações e o sumiço do esposo com os filhos, os peritos chegaram à conclusão quem havia matado a Maria das Neves. Fora morta pelo seu próprio marido Mauro Gurgel. Depois de alguns meses ninguém sabia para onde o Mauro Gurgel tinha fugido com os seus dois filhos.
Com o passar dos tempos o Manoel Tomás estava totalmente desorientado com a morte da filha, a ausência dos netos que nunca mais vira, e a perda da amizade do genro, porque ele era como um filho.
Tendo conhecimento o lugar e a fazenda onde morava o genro Mauro, o assassino da sua filha, Manoel Tomás resolveu fazer uma visita aos netos, e quem sabe, ao próprio assassino da sua filha. Mas esta visita seria sem vingança, porque a única culpada do que acontecera tinha sido a sua filha a Maria das Neves. Sem ninguém saber, marcou o dia e se mandou em busca de lá.
Já eram 4 horas da tarde quando o Manoel Tomás chegou à fazenda. O Mauro estava nas obrigações de curral, porque havia perdido o emprego, e por onde andou só conseguiu ser operário de fazendas. Ali, ele estava mungindo uma faca parida de poucos dias, e ao ver o ex-sogro aproximando-se tentou correr, pensando numa possível vingança. Mas o Manoel Tomás disse-lhe:
- Fique aí! Nada tenho para fazer contra você. O que passou, passou. Nem arma tenho. - Dizia ele levantando a camisa. Vim apenas para rever os meus netos e mais nada. A saudade deles é grande.
Mesmo cismado o Mauro concordou no que garantira o ex-sogro, e logo o levou para casa. Os netos gêmeos já se aproximavam dos 10 anos de idade, e lá, aconteceu o grande abraço entre netos e avô.
Os filhos ainda não tinham conhecimento que a mãe fora assassinada. Imagina quando eles souberam que quem matou sua mãe foi o seu próprio pai.
Durante toda a noite o Manoel Tomás dormiu sob o alpendre da casa da fazenda. No dia seguinte, ambos foram ao curral para fazerem algumas obrigações.
O Manoel Tomás pôs-se a pensar: ali, misturado com um homem que findara a vida da sua filha, e por último, ele sendo companheiro do assassino de quem cuidou com carinho quando era pequena. Mas, imaginou que seria uma covardia vingar a morte de quem não quis ter responsabilidade, fazendo todo tipo de traições com o seu cônjuge, um grande homem e trabalhador.
E no vai-e-vem do seu pensamento, resolveu vingar o feito. E aproximando do Mauro com um pedaço de pau derreou sobre o crânio do ex-genro, deixando-o cair sobre uma cocheira. Como ficou sozinho no curral, fugiu às pressas levando consigo apenas a saudade dos netos, e adeus, Mauro!
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