Por José
Mendes Pereira - (Crônica 85)
https://noticias.r7.com/distrito-federal/cidade-alerta-df/videos/promocao-em-posto-causa-transtorno-entre-carros-e-onibus-21022018
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Quando a pessoa oferece carona a alguém se sente realizada, porque a impressão é de que
está fazendo algo de bom para alguém na presença de Deus, mas nem todas às
vezes, a carona é de grande importância.
Quando eu fazia o curso de letras na “FURRN” – Fundação Universidade Regional do Rio Grande do Norte, nos dias de hoje, “UERN” – Universidade Estadual do Rio Grande do Norte, eu e tantos outros que não tínhamos transportes ficávamos em uma parada próxima ao “DNER”, este, localizado no grande Alto de São Manoel, em Mossoró, no Estado do Rio Grande do Norte, e ali, muitos condutores de automóveis que também eram estudantes da universidade paravam para dar caronas a nós, acadêmicos.
Enquanto alguns transportes saíam do local e caminhavam em direção à universidade, outros ocupavam os
lugares, justamente para que as cadeiras
dos seus automóveis fossem preenchidas por alunos daquela instituição educativa,
que fica distante da cidade, não tenho conhecimento da distância precisa, mas é
mais ou menos 6 quilômetros.
Em anos bem distantes o ser humano ainda era humano, não se tinha conhecimento de assaltos..., pelo menos em cidades pequenas, e nunca houve nada contra alguém, ou que tivesse acontecido com as pessoas que ofereciam caronas aos alunos daquela universidade.
Mas certa
noite, alguns alunos e eu ocupamos as cadeiras de uma “Kombi” com destino à universidade, e em um
cruzamento, devido uma manobra perigosa de um outro condutor de automóvel que seguia na frente, o motorista da “Kombi”,
este era da nossa amizade, pelo menos neste período de faculdade, foi obrigado a pisar no freio, causando um
desequilíbrio de quem estava dentro dela, inclusive eu, fui um dos que sofreu
com aquela freada brusca, mas não me deixou sequelas de forma alguma. Outros
estudantes tiveram ferimentos leves, como arranhões nos braços, nas pernas...,
mas nada de anormal, ferimentos que apenas curativos feitos aos incidentes
resolveram.
Uma mais
atingida foi uma aluna do curso de "geografia", que ela foi jogada para cima de
uma cantoneira na parte superior dentro da “kombi”, causando-lhe um forte corte sobre a sua testa, já na parte do couro cabeludo, sendo
necessária uma cirurgia para recuperar a parte atingida.
Feita a cirurgia ela recebeu alta médica e cuidou logo de exigir os seus direitos, segundo ela, entrou na justiça contra o proprietário da “Kombi” para que ele pagasse todas as despesas de hospital e de medicamentos, alegando que não dispunha de dinheiro para este fim.
Feita a cirurgia ela recebeu alta médica e cuidou logo de exigir os seus direitos, segundo ela, entrou na justiça contra o proprietário da “Kombi” para que ele pagasse todas as despesas de hospital e de medicamentos, alegando que não dispunha de dinheiro para este fim.
O certo é que, tendo ou tendo direito de receber o que exigira perante a justiça a acadêmica do curso de "geografia" foi beneficiada. A justiça obrigou o proprietário da “Kombi” pagar todas as despesas que ficaram no hospital, e com esta exigência, talvez injusta, alguns alunos que costumeiramente nos davam caronas evitavam passar pelo local que nós, caroneiros ficávamos à espera de alguém que nos levassem até a faculdade.
E a partir daí, todos as noites de segunda a sexta-feira, nós acadêmicos, tínhamos muitas dificuldades para chegarmos até a universidade, porque alguns proprietários de automóveis temiam que isso pudesse acontecer com eles.
Então leitor, só ofereça carona a quem realmente você tem grande afinidade, porque, nem todo mundo é igual, sempre existem pessoas que não têm o menor respeito e consideração por ninguém. Se é legal oferecer carona, melhor ainda é não oferecer para evitar complicações futuras.
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