Por José
Mendes Pereira - (Crônica 58)
Como em todas
as cidades brasileiras têm pessoas que foram e algumas continuam sendo
engraçadas, conhecidas por toda população de uma cidade, em Mossoró não é
diferente, também têm seus tipos populares, uns se destacando mais do que
outros.
Em Mossoró
tinha um senhor chamado Genésio Xavier (faleceu nos anos noventa com quase 100
anos), que era um dos grandes proprietários de terras no bairro Belo Horizonte.
Mas, infelizmente, ele caiu no esquecimento, e a
Prefeitura Municipal de Mossoró até agora, nada fez
para homenageá-lo com uma praça, escola ou outra coisa parecida.
Muito bem conceituado no meio de todos mossoroenses, mas levava uma vida como o Manoel do Brejinho (segundo Alcindo Alves em: Lampião Além da Versão - Mentiras e mistérios de Angico), com uma simplicidade fora do comum. Meio seguro, mas sempre estava para resolver alguns problemas de quem dele solicitava. Dono de um barracão onde vendia cereais, bebidas... aos moradores do bairro Belo Horizonte.
Muito bem conceituado no meio de todos mossoroenses, mas levava uma vida como o Manoel do Brejinho (segundo Alcindo Alves em: Lampião Além da Versão - Mentiras e mistérios de Angico), com uma simplicidade fora do comum. Meio seguro, mas sempre estava para resolver alguns problemas de quem dele solicitava. Dono de um barracão onde vendia cereais, bebidas... aos moradores do bairro Belo Horizonte.
Certo dia, ao
chegar ao seu amado barracão notou que alguém havia lhe roubado. E como ele era
um senhor que não gostava de estar acusando "A ou "B" ficou na
sua, sem comentar a ninguém que havia sido roubado.
Em um momento
subiu ao teto e lá fez a cobertura, colocando as telhas por onde o ladrão havia
passado. Não comunicou nem a sua própria esposa que havia sido roubado, porque
ele temia que ela poderia repassar o ocorrido para uma amiga, a amiga
repassaria para outra, e assim o boato se espalharia desenfreado nas
bocas dos fofoqueiros de calçadas, ficando difícil ele descobrir quem havia lhe roubado.
Dias depois, um
dos seus fregueses de grande confiança (o próprio Genésio o tinha como homem de
muita responsabilidade), chegou ao seu barracão, e lá sentou-se em um
velho banco que permanecia fora do barracão. Era do costume sempre o
freguês estar ali para dar um dedinho de conversa com o seu fornecedor.
Conversou, conversou, conversou, e minutos depois, olhando para o comerciante, perguntou-lhe:
- Seu Genésio,
é verdade que um ladrão entrou no seu barracão e lhe roubou?
Seu Genésio
não querendo espantar o que se acusava ocultamente ter lhe roubado,
respondeu-lhe:
- Até o
momento, graças a Deus, não! - Dizia seu Genésio de mãos póstumas direcionadas
para o céu.
Assim que lhe
deu a resposta seu Genésio Xavier saiu do lugar em direção a um quarto, onde era instalado
o antigo telefone dos tempos coloniais. E lá, se ocultou por um momento, ligou
para a polícia. Meia hora depois, o infeliz foi levado para a
delegacia. Realmente tinha sido ele.
Seu Genésio Xavier não tinha contado nem para sua esposa. Como foi que o acusado tomou conhecimento do roubo?
Seu Genésio Xavier não tinha contado nem para sua esposa. Como foi que o acusado tomou conhecimento do roubo?
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