Por José Mendes Pereira
Ao estudar a "Literatura Lampiônica" a maior parte de estudantes principiantes no que diz respeito ao tema, fica com dúvidas quando encontra em determinada data, o cangaceiro tal já assassinado, e mais adianta, em outro texto encontra o cangaceiro em plena atividade de crime.
A razão disto é porque quando um cangaceiro valente era assassinado pelas volantes, para confundir a polícia, o capitão Lampião repassava o apelido daquele cangaceiro, ou para principiantes ou para algum que já fazia parte da sua "Empresa de Cangaceiros Lampiônica & Cia". É o caso dos cangaceiros como:
Jararaca que foi morto em Mossoró, mas antes dele já existia o Jararaca I, e com a morte deste foi colocado o apelido no cangaceiro José Leite de Santana. José Leite de Santana desapareceu do mundo e do grupo de Lampião, batizou um outro com o apelido de Jararaca.
Cangaceiro com o nome de Candeeiro existiram dois, muito embora tenha tido mais outro que eu não tomei conhecimento.
Segundo o pesquisador Manoel Belarmino existiram mais cangaceiros com o apelido deAzulão:
Palavras do Manoel Belarmino:
"Um deles era o Luiz de Maurício como era conhecido antes de entrar no Cangaço, Luiz José da Silva, natural de Poço Redondo, nascido e criado no quilombo Serra da Guia, foi o Azulão do Bando de Lampião. Como no Cangaço de Lampião existiu mais de um cangaceiro com o nome de Azulão, o Azulão da Guia foi o terceiro do bando de Lampião.
Segundo alguns pesquisadores Azulão da Guia entrou no cangaço em 1934, e atuou no grupo de Zé Sereno. Estava naquela madrugada do dia 28 de julho de 1038, e escapou com vida.
Depois da chacina de Angico, Azulão da Guia entregou-se à polícia na cidade de Jeremoabo no mês de outubro de 1938, sendo condenado a 30 anos de prisão. Cumpriu 19 anos a pena e foi indultado em 06 de novembro de 1957. Azulão da Guia saiu da cadeia aos 68 anos de idade".
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