Por José Mendes Pereira
Faz muitos anos que eu assisti o que segue em uma reportagem de televisão, e que não me lembro em que canal, e esta, ficou gravada na minha mente, e que sempre pensei escrevê-la, nem que fosse para eu mesmo lê-la e relê-la. Hoje chegou o dia e se ninguém quiser lê-la eu vou fazer várias leituras.
Como eu não tenho guardado na mente os nomes das pessoas que participaram da história, devido o tempo que já se passou, vou criar um nome para cada personagem, na intenção de facilitar mais ainda ao leitor.
Como eu não tenho guardado na mente os nomes das pessoas que participaram da história, devido o tempo que já se passou, vou criar um nome para cada personagem, na intenção de facilitar mais ainda ao leitor.
José e Maria. Só. Cada um ainda residia com os pais e assim que se casaram foram morar em uma fazenda distante da pequena propriedade dos pais do João. Mas os pais da Maria também residiam na mesma comunidade, muito embora as casas eram um pouco distantes.
Foi num dia de muito sol que o José recebeu notícia que o pai tinha sido assassinado por um dos seus vizinhos, e o motivo: Usucapião. (Sobra de terras dentro
da área e titulada em favor de alguém, ainda que não se possa
indicar geometricamente onde se localiza o excesso. Pode ser registrada a sentença que declara usucapião e fornece apenas as confrontações da área maior...).
Assim que aconteceu o enterro do pai, o José ficou muito triste, só em saber que aquele homem era tudo para ele. Estava sempre a lhe ajudar, até na feira quando era necessária, agora um malvado e perverso viera do inferno para acabar com o seu pai, eliminando-o do solo terrestre.
E o José começou a pensar o que faria com aquele desgraçado assassino do seu pai, que não foi chamado aos pés do delegado pelo menos para prestar esclarecimento o porquê de ter assassinado um homem tão querido no meio daqueles sertanejos. E de repente, o José fez o que mais desejava ou que qualquer filho faria: matá-lo o quanto antes possível. E assim fez. Temendo ser preso e perseguido pelos familiares do assassino do seu pai, o José pegou a sua esposa e mais duas filhas pequenas e se mandaram da região, furando o oco do mundo sem destino, assim como diz o matuto.
Mas onde o José fazia residência ainda temia cobrança dos familiares do morto, e sempre procurava ficar mais distante de onde morava. Quando cuidou, José, esposa e filhas já se encontravam tão longe de tudo e de todos; foram morar em um lugar que não se viam um pé de pessoa, exceto os deles mesmo, mais os da esposa e os das filhas. Para chegarem a cidade mais próxima de onde moravam gastariam de 3 ou 4 horas sobre montarias.
Nesse oco do mundo o casal teve uma prole de 10 filhos, 3 homens e 7 mulheres, mas levou sorte, segundo ele (falarei mais mais adiante o porquê de chamar de sorte), os três filhos que nasceram em sua humilde barraca faleceram ainda pequeninos, conseguindo criar apenas as 7 filhas.
Foi no ano de
1939 que foi deflagrada a Segunda Guerra Mundial, um conflito militar destruidor que atingiu uma boa parte do globo terrestre, e este conflito durou deste o ano de 1939 a 1945, envolvendo a
maioria das nações do mundo, incluindo todas as grandes potências organizadas em duas
alianças militares opostas: os aliados e o eixo. Foi a guerra mais abrangente da história,
com mais de 100 milhões de militares mobilizados.
Os principais envolvidos dedicaram toda sua capacidade econômica, industrial e científica a serviço dos esforços de guerra, deixando de lado a distinção entre recursos civis e militares. Marcado por um número significante de ataques contra civis, incluindo o Holocausto e a única vez em que armas nucleares foram utilizadas em combate, foi o conflito mais letal da história da humanidade, resultando entre 50 a mais de 70 milhões de mortes, e foi nesse período que muitos soldados do exército brasileiro tornaram-se desertores, fugindo-os das suas obrigações militares para não participarem da maldita e devastadora guerra.
Foi no ano de 1944 que o João Amado fugiu do exército brasileiro para não participar da guerra, e, saiu a pé sem destino, enfrentando as matas, saindo na residência do João e Maria. E por lá, ambientou-se, tendo sido paparicado pelo casal.
As filhas do casal na sequência de nascimento eram: Marta, Jussara, Anailde, Cristina, Patrícia, Randra e Raquel. Logo de início o ex-soldado João Amado ficou de olhos na Marta, e sem muita demora, findou solicitando ao pai dela a liberação para morarem juntos, e que de imediato foi aceito pelo pai, vez que naquelas brenhas não tinham homens para que as filhas se juntassem. E de imediato, o João Amado construiu uma casinhola de taipa ao lado do futuro sogro, levando a Marta para ser a sua esposa.
Ali, mesmo não tendo muito desenvolvimento, porque a cidade era muito distante e não era tão fácil adquirir mobília e tudo mais, mas mesmo assim, João e Marta viviam felizes. Menos de um ano nasceu o seu primeiro filho. O tempo foi se passando e mais filhos foram nascendo.
Mas por último o João Amado não estava muito satisfeito, porque a sua cunhada Jussara andava de olhos desejosos nele, e sendo ele um rapaz respeitador, e José e Maria seus sogros não eram merecedores de traições, ficou sem saber o que iria fazer para sair daquele desejo incontrolado da cunhada por ele. E de imediato, resolveu contar aos sogros o que estava se passando, vez que ele muito os respeitavam e não tinha coragem de trair a confiança do casal que foi para ele mais do que pai, amparando-o em sua residência quando ele vinha fugindo do exército brasileiro para não participar da guerra.
E em uma oportunidade, enquanto ele e o sogro reparavam uma cerca na propriedade invadida, foi ágil dizendo-lhe:
- Seu José, gosto muito de viver aqui no meio de toda sua família, mas eu tenho que lhe dizer que neste dias eu estarei de malas prontas para partir e não sei para onde irei. Sei que para encontrar um lugar que por lá eu fico será muito difícil, porque tudo é muito distante.
- E o que está acontecendo que faz você ir embora daqui João, quando aqui arranjou mulher, filho e tudo mais?
- O senhor não ficará chateado se eu falar o que vem acontecendo?
- De forma alguma. Seja breve com as suas verdades.
- Pois sim seu José, a Jussara sua filha vem me forçando a fazê-la de mulher, e isso eu não acho certo. Já sou esposo da Marta sua filha...
- Vamos em parte, João. - Interrompeu José. Aqui não tem homens para minhas filhas e eu como pai não sirvo para nenhuma delas. E dou graça a Deus por não ter deixado os meus três filhos homens que nasceram vivos, porque eu não queria que eles fossem esposos das suas próprias irmãs. Acho que você deve aceitar e satisfazer os seus desejos.
- Mas seu José, a Marta jamais aceitará que eu seja esposo dela e da sua irmã.
- Vou falar com ela e tenho certeza que ela aceitará, porque elas são muito unidas, e a Marta sabe muito bem que aqui não tem homens para elas, exceto você.
O José conseguiu fazer com que a filha Marta aceitasse aquele romance da sua irmã com o seu marido.
Meses depois, o João Amado já era dono de duas esposas, ambas, irmãs, construindo outra casinha ao lado da sua que fizera para viver com a Marta. E assim o tempo foi se passando e anos depois, o João Amado era esposo de 7 mulheres, todas filhas do José e da Maria, e moravam lado a lado. Uma fileira de 7 casas mais a dos sogros.
Para isso, o João escreveu na presença de todas as mulheres que na segunda-feira, dia e noite da semana ele ficaria na casa da Marta. Na terça-feira, dia e noite da semana ele ficaria na casa da esposa Jussara.
Anos depois, ele tinha uma prole de 56 filhos, todos filhos dele com as filhas de seu José e Maria. Já existia uma rega de netos e bisnetos, e ali, ninguém sabia desenrolar o grau de parentesco.
Os principais envolvidos dedicaram toda sua capacidade econômica, industrial e científica a serviço dos esforços de guerra, deixando de lado a distinção entre recursos civis e militares. Marcado por um número significante de ataques contra civis, incluindo o Holocausto e a única vez em que armas nucleares foram utilizadas em combate, foi o conflito mais letal da história da humanidade, resultando entre 50 a mais de 70 milhões de mortes, e foi nesse período que muitos soldados do exército brasileiro tornaram-se desertores, fugindo-os das suas obrigações militares para não participarem da maldita e devastadora guerra.
Foi no ano de 1944 que o João Amado fugiu do exército brasileiro para não participar da guerra, e, saiu a pé sem destino, enfrentando as matas, saindo na residência do João e Maria. E por lá, ambientou-se, tendo sido paparicado pelo casal.
As filhas do casal na sequência de nascimento eram: Marta, Jussara, Anailde, Cristina, Patrícia, Randra e Raquel. Logo de início o ex-soldado João Amado ficou de olhos na Marta, e sem muita demora, findou solicitando ao pai dela a liberação para morarem juntos, e que de imediato foi aceito pelo pai, vez que naquelas brenhas não tinham homens para que as filhas se juntassem. E de imediato, o João Amado construiu uma casinhola de taipa ao lado do futuro sogro, levando a Marta para ser a sua esposa.
Ali, mesmo não tendo muito desenvolvimento, porque a cidade era muito distante e não era tão fácil adquirir mobília e tudo mais, mas mesmo assim, João e Marta viviam felizes. Menos de um ano nasceu o seu primeiro filho. O tempo foi se passando e mais filhos foram nascendo.
Mas por último o João Amado não estava muito satisfeito, porque a sua cunhada Jussara andava de olhos desejosos nele, e sendo ele um rapaz respeitador, e José e Maria seus sogros não eram merecedores de traições, ficou sem saber o que iria fazer para sair daquele desejo incontrolado da cunhada por ele. E de imediato, resolveu contar aos sogros o que estava se passando, vez que ele muito os respeitavam e não tinha coragem de trair a confiança do casal que foi para ele mais do que pai, amparando-o em sua residência quando ele vinha fugindo do exército brasileiro para não participar da guerra.
E em uma oportunidade, enquanto ele e o sogro reparavam uma cerca na propriedade invadida, foi ágil dizendo-lhe:
- Seu José, gosto muito de viver aqui no meio de toda sua família, mas eu tenho que lhe dizer que neste dias eu estarei de malas prontas para partir e não sei para onde irei. Sei que para encontrar um lugar que por lá eu fico será muito difícil, porque tudo é muito distante.
- E o que está acontecendo que faz você ir embora daqui João, quando aqui arranjou mulher, filho e tudo mais?
- O senhor não ficará chateado se eu falar o que vem acontecendo?
- De forma alguma. Seja breve com as suas verdades.
- Pois sim seu José, a Jussara sua filha vem me forçando a fazê-la de mulher, e isso eu não acho certo. Já sou esposo da Marta sua filha...
- Vamos em parte, João. - Interrompeu José. Aqui não tem homens para minhas filhas e eu como pai não sirvo para nenhuma delas. E dou graça a Deus por não ter deixado os meus três filhos homens que nasceram vivos, porque eu não queria que eles fossem esposos das suas próprias irmãs. Acho que você deve aceitar e satisfazer os seus desejos.
- Mas seu José, a Marta jamais aceitará que eu seja esposo dela e da sua irmã.
- Vou falar com ela e tenho certeza que ela aceitará, porque elas são muito unidas, e a Marta sabe muito bem que aqui não tem homens para elas, exceto você.
O José conseguiu fazer com que a filha Marta aceitasse aquele romance da sua irmã com o seu marido.
Meses depois, o João Amado já era dono de duas esposas, ambas, irmãs, construindo outra casinha ao lado da sua que fizera para viver com a Marta. E assim o tempo foi se passando e anos depois, o João Amado era esposo de 7 mulheres, todas filhas do José e da Maria, e moravam lado a lado. Uma fileira de 7 casas mais a dos sogros.
Para isso, o João escreveu na presença de todas as mulheres que na segunda-feira, dia e noite da semana ele ficaria na casa da Marta. Na terça-feira, dia e noite da semana ele ficaria na casa da esposa Jussara.
Anos depois, ele tinha uma prole de 56 filhos, todos filhos dele com as filhas de seu José e Maria. Já existia uma rega de netos e bisnetos, e ali, ninguém sabia desenrolar o grau de parentesco.
http://josemendesperierahistoriador.blogspot.com
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