segunda-feira, 26 de março de 2018

UM HISTORIADOR PORTUGUÊS

Por José Mendes Pereira - (Crônica 87)

Um historiador português que leva a vida pesquisando o cangaço de modo geral, há anos desejava conhecer o Brasil, e principalmente Mossoró, no Rio Grande do Norte, que havia tomado conhecimento, que o famoso bandido Lampião tinha sido escorraçado desta cidade.

Querendo fazer um trabalho sobre o mesmo no princípio de janeiro de 2011, já estando no Brasil, o historiador rumou ao Rio Grande do Norte, entrando pela capital de Natal. E lá, o informaram que Mossoró é dirigida por uma grande e honrada família de nome “ROSADO”. Ainda o informaram que a prefeita de Mossoró, Maria de Fátima “ROSADO” Nogueira, é também bisneta do senhor Jerônimo Ribeiro “ROSADO”, sendo esta filha do ex-industrial Jerônimo Dix-Neuf “ROSADO” Maia.


Já que a família “ROSADO” é de origem europeia, lá do seu continente, com isso, o historiador mudou de ideia, e passou a desejar fazer um trabalho sobre a família “ROSADO”, deixando as aventuras do rei Lampião para outra oportunidade.

Informado que 99% da família  “ROSADO” reside em Mossoró, em Natal pegou o ônibus e três horas depois colocou os pés sobre o chão “ROSADO”. 

Como em Mossoró a cada duzentos metros tem uma obra construída pela família “ROSADO”, ao entrar nas terras mossoroenses, após o rio Angicos, já bem próximo a cidade, o historiador não demorou muito para ver uma adutora que leva o nome: “Jerônimo “ROSADO” Maia. 

Com isso ele já ficou mais empolgado com a futura pesquisa.Desceu em busca da cidade, entrando pela a Avenida Francisco da Mota, que liga Mossoró à terra do Sal, Areia Branca, e posteriormente na via que liga o bairro Costa e Silva com o centro da cidade, sendo que esta é registrada como: Avenida Dix-Neuf “ROSADO” Maia. 

Seguiu para o centro, indo pela Rua Jerônimo “ROSADO” Maia, saindo nas imediações de uma barragem que corta o rio Mossoró, e lá está escrito: Barragem Jerônimo “ROSADO” Maia. E sem muito caminhar, viu uma ponte, a qual também leva o nome: Jerônimo “ROSADO” Maia. 

Após ter feito a visita à ponte, pegou a Rua Santos Dumont, virando-se na Rua coronel Vicente Sabóia, que com poucos segundos, chegou à Praça Vigário Antônio Joaquim, em frente à Catedral de Santa Luzia. E lá,  viu um eterno e valioso monumento, sendo este do ex-governador do Rio Grande do Norte, Jerônimo Dix-Sept “ROSADO” Maia.



Não querendo parar com a sua pesquisa, sacudiu-se em busca do bairro Bom Jardim, e lá, viu uma escola com o nome: Escola Estadual Governador Dix-Sept “ROSADO” Maia.

Agora sim, queria voltar. Foi de encontro ao PAM, um pronto Socorro do governo, e lá, está escrito: Centro Clínico Professor Vingt-um “ROSADO” Maia.

Já um pouco cansado de tanto andar a pé, mesmo assim, resolveu conhecer a cova do cangaceiro Jararaca. Mas ao caminhar pela Rua Santos Dumont, viu um Teatro que leva o nome: Teatro Municipal Dix-huit “ROSADO” Maia.



Feito a visita à cova do cangaceiro, saiu caminhando pelas ruas, e não demorou muito para encontrar três hospitais pertinhos, com os seguintes nomes: Clínica Oitava “ROSADO” - Hospital Wilson ‘ROSADO” - Casa de Saúde Dix-Sept ‘ROSADO” Maia. E para surpresa, mais adiante, um outro colégio com o seguinte nome:Escola Estadual Jerônimo “ROSADO” Maia.

Após essas visitas, tomou direção ao bairro “Aeroporto”, e lá, conheceu o Aeroporto Governador Jerônimo Dix-Sept “ROSADO” Maia. 

Depois de ver algumas aeronaves, saiu sem rumo, deparando-se com o Hospital Regional Tarcísio Maia, o maior hospital público de Mossoró, e lá, está escrito: Pronto Socorro Vingt "ROSADO" Neto.

Não querendo parar por ali, começou a andar novamente pelas avenidas, e nelas estão escritos os seguintes nomes: Rua Duodécimo Rosado Maia - Rua Oitava Rosado Maia - Rua Jerônimo Vingt “ROSADO” Maia - Rua Dix-Neuf “ROSADO” Maia - Rua Onziéme “ROSADO” Maia - Maçonaria Jerônimo “ROSADO” Maia - Complexo Vingt Rosado Maia...

O historiador já achando que o que colhera em Mossoró em  relação a sua pesquisa “ROSADO”, se continuasse não iria saber montar o dominó “ROSADO”, e com a vista quase rosada de tanto ver o nome “ROSADO”, apanhou um táxi e resolveu ir embora. Mas antes de partir disse: " - Meu Deus! Só pode ser “ROSADOMANIA!”.

COMPETÊNCIA E TRABALHO
É, amigo, talvez você não gosta  da família “ROSADO”. Mas se não fosse ela, nós ainda estaríamos morando na beira do rio Mossoró, como os antigos índios. Quem trabalha, não deixa o nome de sua família morrer para sempre.

Nota: Neste artigo não há deboches e nem palavras que desrespeitam a família “ROSADO”. É apenas uma brincadeirinha de bom gosto com a família "Rosado".

Minhas Simples Histórias 

Se você não gostou da minha historinha não diga a ninguém, deixe-me pegar outro. 

Fonte: 
http://minhasimpleshistorias.blogspot.com 

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