Por José Mendes
Pereira - (Crônica 74)
Três
grandes personalidades de Mossoró - Ney Paula, Pedro Leão e Zé Cruz- 11/05/1978
- Foto do acervo da Gracinha Linhares - https://www.facebook.com/photo.php?fbid=864819013546497&set=a.477716148923454.127161.100000552196283&type=3&theater
Seu Pedro Leão
não era um homem que gostava de enganar ninguém, honrava todos os seus
compromissos, tanto da vida rotineira da sua casa como água, luz, telefone,
etc, e as mercadorias que ele comprava fiado aos seus fornecedores para a sua
loja. Mas se aparecesse uma oportunidade para não pagar certas despesas, seu
Pedro ficava morto de feliz, desde que não enganasse a ninguém. Mas quem não fica feliz quando não é obrigatório pagar isso ou aquilo?
Certa feita,
seu Pedro Leão estava participando de uma reunião na Loja Maçônica, cuja, ele
era um dos associados e com muito orgulho e respeitado no meio de todos os associados. Assim que terminou a reunião, seu
Pedro viu que lá fora chovia muito, e se ele fosse para casa a pé, chegaria
todo molhado.
Dirigindo-se
ao telefone da Maçonaria, e às escondidas, isto é, que ninguém o visse
ligando para um profissional condutor, seu Pedro chamou um táxi, para que o
levasse até a sua residência. Como o táxi demorou um pouco, aos poucos, a chuva
foi parando, fazendo com que seu Pedro desistisse de ir até à sua casa no táxi
que solicitara, e já que ninguém o viu ligando para o posto de táxi, pegou sua
pasta e foi até à frente da Rua, mas se fazendo que não tinha nada a ver com o
táxi solicitado, que sem demora, esbarrou em frente a Maçonaria.
Ao estacionar
o carro o condutor perguntou aos que ali estavam presentes:
- Algum de vocês solicitou o meu táxi?
Um dos
subordinados que ficava à disposição dos sócios da loja maçônica, pôs-se a
perguntar a um e a outro se havia pedido táxi.
Mas ninguém
assumiu a solicitação do táxi, inclusive seu Pedro Leão que permanecia ali como
se estivesse arrumando a sua pasta. Mas aquilo, era arrumando uma maneira de ir
naquele táxi sem pagar. Também, aquelas alturas seu Pedro Leão não faria nenhuma questão de seguir para sua casa
a pé, porque a chuva já havia terminado, e só tinha pedido o táxi porque estava chovendo muito naquele
momento. E descendo os
degraus da maçonaria sue Pedro Leão aproximou-se do condutor do táxi e perguntou-lhe:
- Passar o dia
e entrar pela noite dentro de um carro é horrível, é?
- E muito, ruim, seu Pedro! -
Respondeu-lhe o motorista. Mais ruim ainda, é quando alguém chama a gente a um
determinado lugar, e quando a gente chega, ninguém assume a solicitação do
táxi.
- É verdade! -
Fez seu Pedro.
- O senhor já
está indo para casa? - Perguntou o motorista a seu Pedro Leão.
- Eu já Estou indo.
- Respondeu seu Pedro na certeza que iria pegar o besta.
- Vamos no
carro. Eu levo o senhor até à sua casa. Também estas horas não dá mais para
fazer fretes.
- Eu acho bom
mesmo é ir a pé para casa, mas como o senhor está me oferecendo a carona se eu
não aceitar, o senhor irá achar que eu sou um sujeito orgulhoso. E ainda está
caindo uma garoazinha...
E entrando no
carro o motorista acelerou e partiu em direção à casa do seu Pedro Leão. Lá, o deixou e sem demora foi-se embora.
Assim que o
motorista do táxi saiu, seu Pedro Leão disse:
- Lugar que
tem motorista de táxi otário não precisa pagar táxi. - Aprendi! - Fez ele!
Seu Pedro Leão
era um grande comerciante de Mossoró e bastante respeitado por todos os comerciantes e comerciários. Eu o conheci e fiz muitos serviços gráficos para ele, quando eu trabalhava na Editora Comercial S/A.
Minhas Simples
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Se você não
gostou da minha historinha não diga a ninguém. Deixa-me pegar outro.
http://josemendeshistoriador.blogspot.com
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