Por José Mendes Pereira - (Crônica 50)
Na
foto: Ney Paula, Pedro Leão e Zé Cruz- 11/05/1978 - Foto do acervo da Graciinha Linhares - https://www.facebook.com/photo.php?fbid=864819013546497&set=a.477716148923454.127161.100000552196283&type=3&theater
Hoje homenageio um grande comerciante dos anos remotos em Mossoró, que naqueles
tempos era dos mais ricos como diz o ditado. Infelizmente, seu Pedro Leão
faleceu, e o seu nome morreu para sempre. Nenhuma homenagem foi feita ao grande
empresário Pedro Leão pela Prefeitura Municipal de Mossoró.
Pedro Leão era um dos mais antigos comerciantes de Mossoró, no ramo "ferragens", estabelecido à Rua Coronel Gurgel, no centro da cidade. Adorava tomar cerveja no bar do Pitias, localizado à Rua José de Alencar.
Todo sábado, ao meio dia, era de costume, pois assim que fechava a sua casa de ferragens, ia direto ao bar, onde lá, uma porção de pessoas da sociedade costumava se encontrar. No bar, seu Pedro Leão tinha como se fosse cativo, logo na entrada, um lugar, uma cadeira e uma mesa eram reservados para o famoso comerciante.
Naqueles tempos, não existia a proibição do uso de cigarros, charutos ou outra coisa parecida. E lá, seu Pedro Leão acendia o seu apreciado charuto. Uma cerveja ingerida, um charuto queimado.
Nunca deu mole a garçom nenhum, e não aceitava que ele fizesse a conta pelas garrafas de cervejas vazias, e sim, as tampas que ele as guardava em seu bolso do paletó. Seu Pedro Leão temia que em um piscar de olhos o garçom poderia colocar garrafas fazias em cima de sua mesa, que não faziam parte da sua despesa. Cada cerveja aberta, a tampa seria colocada no seu bolso, justamente para não ser enrolado por garçons oportunistas.
Se o tira-gosto fosse rolinha assada, que era uma das suas preferências, exigia que ela viesse para a mesa onde ele se sentara acompanhada da perna, mas cada uma delas, somente uma perna, também para não serem contadas duas pernas, duas rolinhas.
Esse era o seu medo, temendo que tomasse goles a mais, e o garçom o enrolasse na hora do pagamento das despesas. Jamais tinha sido enrolado por nenhum deles. Mas por precaução, exigia isso.
Certo dia seu Pedro já se encontrava além de ébrio. Mas, esperto, sentiu que alguém estava colocando tampas de garrafas no seu bolso. Realmente o garçom tentando enrolá-lo, quando passava por ele com pratos ou garrafas de cerveja para servir em outras mesas colocava uma, duas..., tampas no seu bolso. Como ele era um homenzarrão, desabotoava o paletó, fazendo com que o bolso ficasse aberto. Isso facilitava muito para o garçom colocar tampas. Mas foi inútil.
Sentindo que já estava na hora de ir embora seu Pedro chamou o garçom para tirar a conta.
O garçom, esperto, mas na verdade era um verdadeiro bobalhão, não imaginava da reação inteligente do seu freguês, o Pedro Leão.
– Tire as tampas das garrafas do bolso seu Pedro, para que eu possa contá-las e fazer a conta da despesa. - Disse o esperto garçom, na certeza que iria sair no lucro.
– Tampas hoje não, amigo! Hoje vamos fazer a conta pelas garrafas que estão sobre a mesa! – Disse ele usando a sua esperteza.
Pedro Leão era um dos mais antigos comerciantes de Mossoró, no ramo "ferragens", estabelecido à Rua Coronel Gurgel, no centro da cidade. Adorava tomar cerveja no bar do Pitias, localizado à Rua José de Alencar.
Todo sábado, ao meio dia, era de costume, pois assim que fechava a sua casa de ferragens, ia direto ao bar, onde lá, uma porção de pessoas da sociedade costumava se encontrar. No bar, seu Pedro Leão tinha como se fosse cativo, logo na entrada, um lugar, uma cadeira e uma mesa eram reservados para o famoso comerciante.
Naqueles tempos, não existia a proibição do uso de cigarros, charutos ou outra coisa parecida. E lá, seu Pedro Leão acendia o seu apreciado charuto. Uma cerveja ingerida, um charuto queimado.
Nunca deu mole a garçom nenhum, e não aceitava que ele fizesse a conta pelas garrafas de cervejas vazias, e sim, as tampas que ele as guardava em seu bolso do paletó. Seu Pedro Leão temia que em um piscar de olhos o garçom poderia colocar garrafas fazias em cima de sua mesa, que não faziam parte da sua despesa. Cada cerveja aberta, a tampa seria colocada no seu bolso, justamente para não ser enrolado por garçons oportunistas.
Se o tira-gosto fosse rolinha assada, que era uma das suas preferências, exigia que ela viesse para a mesa onde ele se sentara acompanhada da perna, mas cada uma delas, somente uma perna, também para não serem contadas duas pernas, duas rolinhas.
Esse era o seu medo, temendo que tomasse goles a mais, e o garçom o enrolasse na hora do pagamento das despesas. Jamais tinha sido enrolado por nenhum deles. Mas por precaução, exigia isso.
Certo dia seu Pedro já se encontrava além de ébrio. Mas, esperto, sentiu que alguém estava colocando tampas de garrafas no seu bolso. Realmente o garçom tentando enrolá-lo, quando passava por ele com pratos ou garrafas de cerveja para servir em outras mesas colocava uma, duas..., tampas no seu bolso. Como ele era um homenzarrão, desabotoava o paletó, fazendo com que o bolso ficasse aberto. Isso facilitava muito para o garçom colocar tampas. Mas foi inútil.
Sentindo que já estava na hora de ir embora seu Pedro chamou o garçom para tirar a conta.
O garçom, esperto, mas na verdade era um verdadeiro bobalhão, não imaginava da reação inteligente do seu freguês, o Pedro Leão.
– Tire as tampas das garrafas do bolso seu Pedro, para que eu possa contá-las e fazer a conta da despesa. - Disse o esperto garçom, na certeza que iria sair no lucro.
– Tampas hoje não, amigo! Hoje vamos fazer a conta pelas garrafas que estão sobre a mesa! – Disse ele usando a sua esperteza.
Grande seu Pedro Leão. Conheci-o muito. Foi um grande comerciante de Mossoró.
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=864819013546497&set=a.477716148923454.127161.100000552196283&type=3&theater
https://www.facebook.com/search/top/?q=seu%20pedro%20le%C3%A3o%20e%20a%20tampas%20de%20garrafas
http://josemendeshistoriador.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário