Por
José Mendes Pereira - (Crônica 01)
Criar
fatos inexistentes é coisa do Diabo, principalmente aquele que afeta o caráter
de uma pessoa, usando coisas ridículas que não aconteceram contra ela, só para
denegrir a sua imagem, no intuito de diminuí-la diante das suas amizades, e
isso é chamado de blasfêmia. Mas a blasfêmia está presente em todas as classes
sociais, quer seja no meio da riqueza, quer seja no meio da pobreza, ninguém
está livre de acusações ridículas. E muitas vezes, o blasfemado nem sabe,
apenas os outros tomam conhecimento e saem contando por tudo que é de lugar.
Nos
idos de 80, do século que passou, aconteceu uma tragédia que deixou chocada
toda população de Mossoró, isto provocada por paixões não correspondidas.
Marta
era uma jovem de 16 anos, ainda com pouca experiência na vida, e que descobrira
que o Mauro Calado um dos seus vizinhos, poderia fazê-la feliz, desejando-o a
todo custo, e que para tê-lo em seus aconchegos, faria tudo, mesmo que fosse
colocando a vida dele e a sua em jogo. O certo é que o Mauro Calado não a
desejava, e estava vivendo um romance com a Railma, uma comerciária de bons
modos, que o amava, e ele, não a abandonaria de forma alguma. Não iria arriscar
perder uma jovem que o seu nome não desfilava em rodas de amigos, para se
relacionar com a Marta, uma garota já conhecida pela Candinha. E ele tinha
razão, porque mulher não se escolhe pela beleza que ela tem, e sim pelos os
ouvidos, isto é, pelo o que dizem dela.
A
Railma era a moça que um dia iria levá-la para uma casa e cuidar dela,
respeitá-la, e tinha uma consideração pelos seus familiares, principalmente
pelos seus pais, que sempre o receberam com carinho, e estavam confiantes que
iriam entregar sua filha a um homem de muita responsabilidade, honesto,
trabalhador, responsável, sem vícios, apenas com um pequeno defeito, assim
dizia ele, adorava a derruba de gado, apesar de não ser vaqueiro, mas, isto era
uma das suas paixões.
A
Marta fez todas as tentativas, chegando até tirar a roupa do corpo, fazendo
striptease, ficando totalmente pelada, e partia para cima dele, querendo que
ele a fizesse de mulher. Mas mesmo assim, desviava-se deste assédio feito pela
jovem. Jamais trairia a sua Railma e os seus familiares.
Inconformada
por não conseguir dominá-lo, mesmo com os seus striptease, Marta chegou a
acusá-lo de bicha, boiola, veado e outras coisas semelhantes, só para ver se o
Mauro Calado resolvia mexer em suas partes íntimas.
Ciente
que o Mauro Calado não a faria de mulher resolveu arquitetar um plano, que
talvez desse certo. E tudo preparado, disse aos seus irmãos que o jovem mexera
em sua honra, em uma noite em que ela se encontrava sozinha em casa. Ele
chegara e a atacou, sem sua permissão o rompimento da membrana da sua
virgindade.
Agora
o Mauro estava ferrado. Os irmãos da Marta não gostavam de engolir certos
desrespeitos com as suas irmãs, No bairro onde moravam, quando eles bebiam,
fechavam as ruas, decepcionavam toda vizinhança.
Combinado,
foram de encontro do Mauro Calado que até o momento, de nada sabia, já que
nunca passara as suas mãos sobre o lindo corpo da Marta, e que bom que tivesse
passado, porque agora teria que pagar caro, sem dever nada a ela.
Não
o chamaram. Entraram na casa, o encontrando lendo um jornal. E sem muita
demora, agarraram-no pelos braços, e o tangeram para fora da casa.
-
Mas o que está acontecendo? - Perguntou o Mauro Calado.
-
O que está acontecendo é que você mexeu no que não devia.
-
Mas eu mexi em que, homens de Deus?
E
sem mais diálogo um deles enfiou uma faca peixeira na barriga do Mauro,
deixando-o cair na calçada barrenta. E ali, o sangue rubro ficou ocupando
espaços baixos na calçada.
Levada
para ser examinada pelo o médico legista Marta era virgem. E pressionada para
esclarecimentos, contou ao delegado que foi uma maneira para tentar conseguir o
amor do Mauro Calado. Infelizmente não deu certo.
Sobre
ela e o irmãos, eu não tenho conhecimento se estão ou saíram de Mossoró, pois
eu não os conheci.
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ALERTA
AO LEITOR E LEITORA!
Quando
estiver no trânsito, cuidado, não discuta! Se errar, peça desculpas. Se o outro
errou, não deixa ele te pedir desculpas, desculpa-o antes, porque faz com que o
erro seja compreendido por ambas as partes, e não perca o seu controle
emocional, você poderá ser vítima. As pessoas quando estão em automóveis pensam
que são as verdadeiras donas do mundo. Cuidado! Lembre-se de pedir desculpas se
errar no trânsito, para não deixar que as pessoas coloquem o seu corpo em um
caixão. Você pode não conduzir arma, mas o outro, poderá ter uma maldita
matadora, e ele não perdoa a sua ignorância.
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