quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

A BLASFÊMIA DEUS ODEIA

Por José Mendes Pereira - (Crônica 01)
José Mendes Pereira

Criar fatos inexistentes é coisa do Diabo, principalmente aquele que afeta o caráter de uma pessoa, usando coisas ridículas que não aconteceram contra ela, só para denegrir a sua imagem, no intuito de diminuí-la diante das suas amizades, e isso é chamado de blasfêmia. Mas a blasfêmia está presente em todas as classes sociais, quer seja no meio da riqueza, quer seja no meio da pobreza, ninguém está livre de acusações ridículas. E muitas vezes, o blasfemado nem sabe, apenas os outros tomam conhecimento e saem contando por tudo que é de lugar.
Nos idos de 80, do século que passou, aconteceu uma tragédia que deixou chocada toda população de Mossoró, isto provocada por paixões não correspondidas.

Marta era uma jovem de 16 anos, ainda com pouca experiência na vida, e que descobrira que o Mauro Calado um dos seus vizinhos, poderia fazê-la feliz, desejando-o a todo custo, e que para tê-lo em seus aconchegos, faria tudo, mesmo que fosse colocando a vida dele e a sua em jogo. O certo é que o Mauro Calado não a desejava, e estava vivendo um romance com a Railma, uma comerciária de bons modos, que o amava, e ele, não a abandonaria de forma alguma. Não iria arriscar perder uma jovem que o seu nome não desfilava em rodas de amigos, para se relacionar com a Marta, uma garota já conhecida pela Candinha. E ele tinha razão, porque mulher não se escolhe pela beleza que ela tem, e sim pelos os ouvidos, isto é, pelo o que dizem dela.

A Railma era a moça que um dia iria levá-la para uma casa e cuidar dela, respeitá-la, e tinha uma consideração pelos seus familiares, principalmente pelos seus pais, que sempre o receberam com carinho, e estavam confiantes que iriam entregar sua filha a um homem de muita responsabilidade, honesto, trabalhador, responsável, sem vícios, apenas com um pequeno defeito, assim dizia ele, adorava a derruba de gado, apesar de não ser vaqueiro, mas, isto era uma das suas paixões.

A Marta fez todas as tentativas, chegando até tirar a roupa do corpo, fazendo striptease, ficando totalmente pelada, e partia para cima dele, querendo que ele a fizesse de mulher. Mas mesmo assim, desviava-se deste assédio feito pela jovem. Jamais trairia a sua Railma e os seus familiares.

Inconformada por não conseguir dominá-lo, mesmo com os seus striptease, Marta chegou a acusá-lo de bicha, boiola, veado e outras coisas semelhantes, só para ver se o Mauro Calado resolvia mexer em suas partes íntimas.

Ciente que o Mauro Calado não a faria de mulher resolveu arquitetar um plano, que talvez desse certo. E tudo preparado, disse aos seus irmãos que o jovem mexera em sua honra, em uma noite em que ela se encontrava sozinha em casa. Ele chegara e a atacou, sem sua permissão o rompimento da membrana da sua virgindade.

Agora o Mauro estava ferrado. Os irmãos da Marta não gostavam de engolir certos desrespeitos com as suas irmãs, No bairro onde moravam, quando eles bebiam, fechavam as ruas, decepcionavam toda vizinhança.

Combinado, foram de encontro do Mauro Calado que até o momento, de nada sabia, já que nunca passara as suas mãos sobre o lindo corpo da Marta, e que bom que tivesse passado, porque agora teria que pagar caro, sem dever nada a ela.

Não o chamaram. Entraram na casa, o encontrando lendo um jornal. E sem muita demora, agarraram-no pelos braços, e o tangeram para fora da casa.

- Mas o que está acontecendo? - Perguntou o Mauro Calado.

- O que está acontecendo é que você mexeu no que não devia.

- Mas eu mexi em que, homens de Deus?

E sem mais diálogo um deles enfiou uma faca peixeira na barriga do Mauro, deixando-o cair na calçada barrenta. E ali, o sangue rubro ficou ocupando espaços baixos na calçada.

Levada para ser examinada pelo o médico legista Marta era virgem. E pressionada para esclarecimentos, contou ao delegado que foi uma maneira para tentar conseguir o amor do Mauro Calado. Infelizmente não deu certo.

Sobre ela e o irmãos, eu não tenho conhecimento se estão ou saíram de Mossoró, pois eu não os conheci.

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