Era um sábado de um mês qualquer do ano que também não me lembro mais, mas isso
foi no período em que inocentemente posei diante de uma câmara fotográfica para
fazer esta foto, entregando-a aos amigos e amigas do facebook para ser julgada
através de elogios ou no meio de críticas.
A noite chegou
clareada pela lua que elegantemente desfilava na gigantesca e deslumbrante
passarela do universo. Na José de Alencar, no bairro Paraíba em Mossoró, eu me vestia e me
calçava para fugir e chegar até ao Parque de Diversão no grande Lago do bairro
Santo Antonio, que por lá tinha se estabelecido naquelas imediações do hospital
de Caridade do ex-senador Duarte Filho, eleito pelos esforços intelectuais de
Aluísio Alves, ex-governador do Rio Grande do Norte.
Vamos sair um
pouco do nosso assunto, mas voltaremos logo.
"Habitualmente,
nos últimos dias que antecedia o fim da campanha eram três dias e três noites
de vigília, que o cigano feiticeiro Aluísio Alves passava sobre um caminhão,
recebendo apoios e algumas vezes, estes negados, além do sol e chuva, sem
dormir, mal alimentado, mas mesmo assim, visitando todos os bairros de Mossoró,
com a intenção de matar a sua fome que nada mais era do que angariar votos, acabava-se de imediato a sua fome se adquirisse sufrágios para ser eleito ou
desfrutar do prazer do seu candidato apoiado".
Continuando a
nossa história.
Assim que me
aprontei, saí de mansinho para que os olhares dos monitores da Casa de Menores
Mário Negócio, seu Manoel Maia e o mano Francisco José Caldas Da Silva Dedé (o nosso querido e amigo 40), não me vissem. E pela Avenida Alberto Maranhão entrei. Mais a frente ocupei
a Rua João Marcelino, e em seguida, invadi a Juvenal Lamartine, e por ela não
demorei muito para chegar ao Parque de Diversão.
Quando eu
entrei na multidão de jovens que visitava aquela recreação, fui logo atacado por
uma porção de garotas que enlouquecida queria me beijar, me abraçar ou me
namorar. Não tendo como ficar naquele lugar, saí tentando me livrar das garotas que no momento me rodeavam. Num espaço que elas me cederam a oportunidade de ficar
mais livre, saí às carreiras, tirando o trajeto numa grande velocidade em busca
da Casa de Menores Mário Negócio, porque lá era o meu refúgio. E todas as
garotas me seguiram como loucas, quase me pegando. Eu correndo e elas correndo
num pega-pega dos danados.
Ao chegar à
instituição, eu estava mais morto do que vivo. Mas mesmo assim, fui pular o muro,
porque não dava tempo abrir o portão com a chave, do contrário elas me pegavam
e me machucariam todas de uma só vez. E ao cair do outro lado do muro pisei na
ponta de uma tábua que tampava um cacimbão. Com o meu peso, a tábua subiu a
outra ponta, e ao voltar ao local de origem, provocou um som confuso. Foi aí
que acordei, porque a cama de acampamento desarmou no momento do meu medo. Ao
acordar, percebi que nem de casa eu tinha saído naquela noite. Eu tinha me deitado sobre a cama de acampamento com uma sonolência das danadas.
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