Por José Mendes Pereira
Preservando os nomes verdadeiros dos personagens que figuram
neste texto.
Não tenho o ano preciso, mas sei que o que segue aconteceu
na década de 70, do século que se passou, aqui em Mossoró, lá pras bandas da
zona Oeste da cidade.
João era casado com Rosa casal que aparentemente vivia divinamente
bem, amor perfeito, mas toda vizinhança estava enganada. A Rosa desabrochava
facilmente as suas pétalas com cheiro de amor para o Sebastião, que com ele,
ali, naquele bairro, cresceu.
O Sebastião amigo de infância do João e da Rosa e metido a
namorador não arredava os pés da casa do casal em nenhum momento. Todos os dias
ele lá estava. O João nada desconfiava. Aquele homem foi criado desde pequenino
ali no meio de toda vizinhança. O João achava que a permanência do Sebastião em
sua casa era como se os considerassem irmãos, e com isso, não havia motivo para
expulsá-lo de lá, já que ali, quando criança brincaram, pularam..., diante de tanta gente boa
e descente.
A Rosa também era do bairro, apenas com uma pequena
diferença, porque não havia nascido no meio daquela gente, mas desde 10 anos de
idade que convivia ligada aos moradores dali, chegando a namorar o João. Depois
que se tornaram completamente adultos os dois foram à igreja católica, na
finalidade de serem unidos diante da presença de Deus. E lá, o padre os abençoou
de corpo e ama, agora seriam dois corpos em um único espírito.
Devido à amizade do Sebastião com o casal infelizmente o
João agora teria que passar por coisas que jamais havia imaginado em toda sua
vida. A Rosa sua esposa e companheira de todos os dias mesmo sem o José perceber, vinha abrindo as suas pétalas
amorosas para o Sebastião, dizendo-lhe que estava apaixonada, e não aceitava
que ele negasse ser seu amante.
O Sebastião também já tentara por diversas vezes, assim como
um pássaro que persegue a sua amada, abrindo um pouco da sua asa para Rosa, mas ela ainda não tinha entendido o seu desejo por ela. Apenas suspeitava que o
Sebastião deixava a entender que gostava muito dela, mas não sabia se o seu
gostar era relacionado a amores, ou simplesmente, um jeito de ser como se fosse
irmã, Mas logo ouviu de sua própria boca que também estava apaixonado.
José trabalhava fora da cidade e enquanto ele estava ausente
de sua residência os dois se abraçavam e se beijavam em cada encontro de
rotina, e sobre a cama do José, o amor entre os dois era regado, fazendo com
que florescesse mais a cada dia. O José nem sonhava que estava sendo traído por
um dos seus amigos.
Depois de um ano a paixão dominava o casal adúltero. Rosa se
entrega ao Sebastião de corpo e alma, não queria mais saber daquele sujeito
grosso, desajeitado, pobre de espírito e de carinho. Agora nos braços do
Sebastião queria viver um romance que nunca mais iria acabar.
E o que ela faria com o José seu esposo? Mandaria ir embora
ou o quê? O Sebastião até nem opinou, mas aceitou a proposta da amante. Matar o
José o quanto antes. Se isso não acontecesse ele ficaria infernizando a vida do
cônjuge apaixonado e traidor.
José chegaria no dia seguinte do seu trabalho que ficava um
pouco distante da cidade de Mossoró. O cônjuge traidor já tinha organizado o
assassinato do José. O Sebastião ficaria escondido dentro da casa, e assim que o
José entrasse em casa e se dirigisse até a cozinha, o Sebastião que estava
escondido antes dela, o mataria com uma só machadada. E assim foi feito.
O José chega em casa. Rosa vai ao seu encontro e o abraça
como se nada iria acontecer contra ele. E lentamente, o José caminha em direção
à cozinha ao encontro do assassino. E ao passar um pouco da pequena sala em direção
à cozinha, o José foi brutalmente assassinado com uma certeira machadada. O
José dá um grande urro, assim como um touro quando recebe a primeira machadada
na testa em um abatedor. E em seguida, caiu estrebuchando no meio de um lençol de sangue escarlate.
Agora José estava morto. Como já havia sido cavada a cova dentro
da cozinha para não levantar suspeita, levaram-no até o buraco, e lá, o jogaram
e cuidaram de cobrir com barro que tinha sido retirado dele. E como
melhor proteção para não ser descoberto a sua morte colocaram um tonel sobre a
cova do corpo.
Dois dias depois, parentes e a própria vizinhança sentiram
falta do José no bairro. Ninguém sabia nada sobre ele. Por onde andava o José
que isso nunca havia acontecido, de passar dias sem vir em casa e visitar os
amigos?
Rosa fingia chorar pelo desaparecimento do esposo. Os dias foram se passando e a cada dia perguntas e mais perguntas surgiam no meio da vizinhança sobre a não presença do José no meio daquela gente.
Rosa fingia chorar pelo desaparecimento do esposo. Os dias foram se passando e a cada dia perguntas e mais perguntas surgiam no meio da vizinhança sobre a não presença do José no meio daquela gente.
Mas como enterraram o José dentro de casa em cova rasa
apareceu um cheiro insuportável ali, no meio das casas mais próximas. Chamada a
polícia a Rosa e o Sebastião descobriram que o José tinha sido morto por eles e enterrado na sua própria cozinha da sua casa.
Os assassinos foram presos e julgados, mas eu não tive mais notícias sobre eles.
Os assassinos foram presos e julgados, mas eu não tive mais notícias sobre eles.
https://josemendeshistoriador.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário