Por José Mendes Pereira - (Crônica 71)
Neste prédio funcionava A Rádio Difusora, Cine Caiçara e Editora Comercial
Wagner Bulhões era controlista dos “bons” na Rádio Difusora de Mossoró, e como ninguém sabe o que certo dia aconteceu com ele enquanto fazia controle na emissora, escrevi, tal acontecimento me foi contado no dia seguinte pelo Dr. Paulo Gutemberg de Noronha Costa, que era um dos sócios minoritário da "Sociedade de Cinemas, Editora e Rádio" porque eu também era funcionário da sociedade, trabalhando na Editora Comercial S/A.
Wagner Bulhões geralmente começava o seu horário na parte da tarde, estendendo-se até às 12:00 horas da noite, sempre no controle da emissora. E ali, ele permanecia sozinho nas dependências da rádio, colocando as mais solicitadas músicas dos melhores cantores como: (Renato e Seus Blue Caps (The Fiveres), Golden Boys), (Os Vips). E após este horário ele fechava todas as dependências da rádio e se mandava para casa.
Na noite em que isso aconteceu Dr. Paulo Gutemberg estava em casa, sintonizado na sua emissora. Daí a pouco, o disco enganchou, como se chamava na época, e ficou repetindo a mesma coisa. Passaram-se 15 minutos a agulha sem querer sair da linha da faixa. Os discos ainda eram chamados “venil”.
Dr. Paulo Gutemberg que morava na Rua Melo Franco, em frente à linha de trem, no centro de Mossoró, incomodado com aquele ruído chato da agulha sobre o disco, pega o seu carro e resolve ir até a emissora que funcionava na Rua Alfredo Fernandes, nº. 171, no prédio do Cine Caiçara - centro da cidade, para saber o que realmente tinha acontecido com o nosso controlista, que até o momento, ele, ainda, não tinha percebido que a agulha passava sobre o disco corroendo a faixa de uma música qualquer.
Ao chegar, Dr. Paulo Gutemberg subiu a escada e encontrou Wagner Bulhões derreado dormindo sobre a mesa de controle da rádio. Um sono que quase o Dr. Paulo Gutemberg não conseguiu acordá-lo. E assim que ele tomou conhecimento que naquele momento dormia sobre a mesa de som da emissora, perguntou ao Dr Paulo:
- O que houve, Dr. Paulo? Está chovendo lá fora?
- Mas por que o senhor pergunta se está chovendo? – Interrogou-lhe Dr. Paulo.
- Eu ouvi uns trovões... e acho que se ainda não choveu, não irá demorar, e a chuva será muito forte, dizia ele ainda com uma sonolência enorme.
Pelo que ele dizia o Dr. Paulo deduziu que ele havia sonhado que o ruído que fazia a agulha sobre o disco era como se fossem trovões, porque o seu ouvido ficou colado à mesa enquanto dormia.
Dr. Paulo não lhe respondeu, apenas mandou que ele fechasse as portas do prédio e fosse embora, que no dia seguinte, iria ter uma conversa com ele.
- E a chuva lá fora, foi forte, Dr. Paulo? – Insistia ele, talvez, querendo ludibriar o seu patrão.
Mas Dr. Paulo era educadíssimo, e no dia seguinte, conversou um pouco, aconselhando-o que não mais dormisse quando estivesse no seu horário de trabalho.
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Quando estiver no trânsito, cuidado, não discuta! Se errar, peça desculpas. Se o outro errou, não deixa ele te pedir desculpas, desculpa-o antes, porque faz com que o erro seja compreendido por ambas as partes, e não perca o seu controle emocional, você poderá ser vítima. As pessoas quando estão em automóveis pensam que são as verdadeiras donas do mundo. Cuidado! Lembre-se de pedir desculpas se errar no trânsito, para não deixar que as pessoas coloquem o seu corpo em um caixão. Você pode não conduzir arma, mas o outro, quem sabe! Carregará consigo uma maldita matadora, e ele poderá não perdoar a sua ignorância.
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