Por José
Mendes Pereira - (Crônica 07)
Em anos
remotos o Instituto Nacional de Previdência Social hoje INSS, tendo
este mudado de nome por várias vezes era muito desorganizado, e por
falta de administração ou controle, não sei, muita gente adquiriu a sua
aposentadoria usando diagnósticos falsos, quando era aposentado por
qualquer motivo, até mesmo sendo beneficiado com um simples corte na mão, no
pé, enfim, para ter direito a benefícios tudo era válido, e uma das
aposentadorias ou benefícios mais fáceis era para aqueles que trabalhavam na
produção do sal, o chamado salineiro, que alguns metiam a picareta num
dedo, ou mesmo na canela, corria até ao INPS, e já estava assegurado por um bom
tempo, o chamado benefício por acidente, vez que ninguém consegue trabalhar em
colheita de sal com ferimentos, pois o sal jamais deixará o ferimento fechar
por completo.
Zé Pretinho
era um senhor mossoroense, e que se empregara em uma repartição do
governo estadual já com a idade avançada, na função de auxiliar de serviços
gerais, e além disto, não era um funcionário que tinha interesse pelo seu
emprego, e estava ali, na finalidade de adquirir uma oportunidade para correr
com os seus documentos até ao INPS, e lá, lutar pelos seus direitos, já que era
um homem velho. Fez tudo para que desse certo a aprovação da sua
aposentadoria, mas tudo era em vão.
Chegou até
fingir que estava maluco, quando várias vezes, os próprios amigos de trabalho
viram-no falando sozinho, dançando com uma ferramenta nas mãos, como se fosse
uma mulher nos seus abraços. Se usava uma enxada, fingia ser um machado que
cortava, uma picareta que cavava, um carro de mão..., e assim foi tentando
enganar o seu chefe.
Como os seus
amigos acreditavam que realmente o Zé Pretinho estava ficando louco, levaram o
assunto ao chefe, afirmando que o que Zé Pretinho fazia, mesmo sem
eles estarem presentes, eles não tinham dúvida, o Zé Pretinho estava ruim da
bola, e que o chefe o encaminhasse ao INPS, para uma possível aposentadoria.
Mas se o Zé
Pretinho era esperto, fazendo-se de louco, na finalidade de adquirir
a sua aposentadoria, muito mais esperto era o chefe, pois não acreditava em tal
loucura do Zé Pretinho.
O chefe
chegou a dizer que só acreditava que o Zé Pretinho estava mesmo enlouquecendo se ele um dia chegasse lá na repartição rasgando dinheiro e comendo cocô de
gente. Mas o chefe não imaginava que em uma das salas da repartição, o Zé
Pretinho ouvia tudo o que o ele dizia ao seus comandados.
Já ciente que
se isto fizesse o seu chefe o encaminharia até ao INPS para cuidar do seu
direito, no dia seguinte, o Zé Pretinho chegou à repartição, e antes que
iniciasse as suas obrigações rotineiras, puxou do bolso uma cédula de Mil
cruzeiros, rasgou-a na presença do chefe. E em seguida fez o mesmo com um cocô
seco, e comeu na presença do chefe.
O chefe ao
presenciar isto, notou que o Zé Pretinho estava mesmo louco, e teria dito
diante de todos os seus subordinados: "- Já vi que o Zé Pretinho está
mesmo maluco".
Logo cuidou de
encaminhar o Zé Pretinho até ao INPS, informando aos agentes que o mesmo estava
maluco. E pelo o que ele presenciou, não era necessário exames comprobatórios.
O homem estava mesmo maluco.
Deu certo as artes manhas do Zé Pretinho, pois era tudo o que ele queria, aposentar-se e sair daquele inferno.
Deu certo as artes manhas do Zé Pretinho, pois era tudo o que ele queria, aposentar-se e sair daquele inferno.
Em anos
passados, quem não usava as suas espertezas para tirar proveito do
INPS, ficaria sem benefícios e a aposentadoria só depois que completasse a
idade.
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ALERTA AO
LEITOR E LEITORA!
Quando estiver
no trânsito cuidado, não discuta! Se errar, peça desculpas. Se o outro errou,
não deixa ele te pedir desculpas, desculpa-o antes, porque faz com que o erro
seja compreendido por ambas as partes, e não perca o seu controle emocional,
você poderá ser vítima. As pessoas quando estão em automóveis pensam que são as
verdadeiras donas do mundo. Cuidado! Lembre-se de pedir desculpas se errar no
trânsito, para não deixar que as pessoas coloquem o seu corpo em um caixão.
Você pode não conduzir arma, mas o outro, poderá ter uma maldita matadora, e
ele poderá não perdoa a sua ignorância.
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