Por José Mendes Pereira
História baseada em fotos reais.
Marília Pascoal
Lira de Souza nasceu no amado chão mossoroense e era filha de Adailton Gomes de
Souza e Esterlina Pascoal Lira de Souza. Apesar de ser de classe baixa aos
cinco anos de idade foi matriculada em uma escolinha que era destinada para
filhos de pessoas de classe alta. Desde que começou a tomar conhecimento das
coisas do mundo Marília percebeu que a sua mãe não respeitava o seu amado pai.
Quase todos os dias, quando o Adailton saía para trabalhar, e eles, filhos,
estavam na escola Esterlina sua mãe convidava um dos seus amantes, e lá no seu
quarto, sozinhos, faziam a festa de traição. Mas como ainda era uma criancinha
era obrigada engolia aquilo sem querer enfrentar para cobrar da mãe o respeito
como mulher.
Mas aos 12
anos de idade não deu mais para Marília sustentar a barra e, vez por outra já enfrentava
a mãe, exigindo dela o respeito conjugal com o seu pai, porque o que ela fazia
era ridículo para a sociedade, para eles, para o inocente pai e muito mais para
ela. Como feminina e casada tinha obrigação de respeitar o esposo e a si mesma.
Mas a dona Esterlina não tinha compromisso com a responsabilidade conjugal.
Para ela Marido era apenas uma pessoa encarregada de colocar comida em casa, comprar
roupas, pagar papel de luz e água, enfim, pagar todas as contas que aparecesse
no decorrer do mês como se fosse um burro de carga.
Marília tinha
mais dois irmãos. O Jorge Pascoal o Jorgito como era chamado o mais velho de 16
anos, e o Paulo Pascoal com 15 anos apenas. Vendo o desrespeito da mãe Marília
começou incentivar os irmãos para tentar interromper aquele desrespeito da mãe
contra o seu pai. Ela e eles já viviam de cabisbaixa no meio da vizinhança,
porque todos já tinham tomado conhecimento e viam as marmotas praticadas por
ela, isto é, a infidelidade da mãe dentro do seu próprio lar contra o pai.
Certo dia,
pela manhã, Marília sem receio, fortemente discutiu com ela e, até a ameaçou de
contar tudo ao pai o que ela fazia, caso ela continuasse com o seu escandaloso adutérismo.
Mas a mãe nem se importou com que dissera a filha Marília, porque sabia muito
bem que o esposo era um verdadeiro bobão. Tinha muita confiança nela, e jamais
ele iria acreditar nela ou nos outros dois irmãos. Marília bem decepcionada com a mãe que tinha, disse-lhe:
- Você nem
imagina a vergonha que meus irmãos e eu temos de você, em sabermos que a nossa mãe
é uma prostituta das mais vagabundas que existem.
A mãe não
gostando da maneira como ela frisou as palavras contra si, tentou repreendê-la:
- Você me
respeite que eu sou sua mãe! E não admito que venha...
- Se você
prestasse eu não diria - atalhou Marília – mulher do seu tipo é mais vagabunda
do que se espera. A partir de hoje você deixou de ser minha mãe, aliás, nossa
mãe, porque meus irmãos e eu temos vergonha do seu ridículo comportamento. Aqui
no bairro a gente só anda de cabisbaixa por causa do seu desrespeito com papai.
Infiel!
No dia que
debutou juntamente com as colegas Marília promoveu a sua festa e não quis a
presença da mãe em seu maior desejo, que era comemorar o seu dia de debutante com
as amigas. Mas no momento em que se divertiam a mãe entrou com um bolo de alto
custo, e vinha caminhando para pô-lo sobre a mesa onde estavam os bolos para a
recepção. Ao vê-la chegando com o bolo em mãos Marília fingiu recebê-lo, e
assim que se apoderou dele jogou na cara da mãe, a expulsando do recinto.
Marília tinha criado uma espécie de nojo da mãe.
Mas não
precisou que Marília e os dois irmãos contassem ao pai o pouco respeito que
tinha a sua esposa, porque, posteriormente, ele tomou conhecimento que ela mantinha
relacionamentos extra conjugais. Enfurecido, Adailton obrigou-a confirmar as
suas traições, colocando um revólver em seu ouvido. Assim que ela o confessou Adailton
não teve coragem de apertar o gatilho da arma, e de imediato, entregou a arma a
ela e exigiu que ela o matasse. Mas se ele que era o único prejudicado não apertou
o gatilho para matá-la, por que ela tinha que o matar? E devolvendo a arma a
ele, ela entrou no quarto e se trancou. Lá, Esterlina pôs-se a pensar e depois
se perguntando. Por que trouxera aquela sina de trair o seu marido? Um homem
bom para ela e para os três filhos. Tudo que ele ganhava em seu trabalho era
entregue em suas mão para fazer o que bem entendesse. E por que o traía? Só
saía sozinho para ir à casa de um amigo ou jogar dominó lá no bar do Rocha, e
lá, todas as paradas eram valendo, mas um valor insignificante que não fazia
falta em sua casa.
Ao entardecer, quando deu sinal de viva o
esposo já estava em casa e jogou-lhe o pedido de perdão, prometendo-lhe que se
ele deixasse de falar o acontecido ela não mais o trairia. Iria ser a sua
esposa para sempre.
Mesmo
decepcionado Adailton aceitou o pedido, e continuou dentro de casa como se o
casamento estivesse caminhando muito bem. Ele já sabia de tudo e a partir
daquele dia ela o prometera que iria ser fiel e não o trairia mais de jeito
nenhum. As coisas andavam bem. Adailton no trabalho tinha certeza que ela
estava cumprindo o que lhe prometera.
Não era um
casal que dissesse, que felicidade! Mas aparentemente, não deixava transparecer
o ódio do marido. Ele fingia que tudo corria muito bem, só para não deixar os
três filhos infelizes.
Meses depois,
mesmo tendo sido traído pelo seu cônjuge Adailton estava mais ou menos se
sentindo feliz, porque a esposa nunca mais tinha faltado com o respeito. Saía
quando precisava e vinha na hora certa, sem nenhum desvio de caminho para
praticar adulterismo contra ele. Mas mesmo ela conservando o respeito vez por
outra, sempre ele tentava acompanhar os seus passos em segredo. No trabalho o
Adailton fazia planos para manter o casamento firme e principalmente, cuidar da
formação educacional dos três filhos que muito o estimavam.
Marília já se
pusera moça formosa e já tinha feito a festa de debutante. Uma mocinha atraente
e de bom comportamento, e ainda não dava a mínima atenção aos seus pretendentes
que enfileirados passavam de 10. Só iria amar um jovem para se casar após os 25
anos de idade, quando a sua cabeça estivesse feita por completa. Não queria
escolher qualquer um, só aquele que o seu coração desejasse. Não iria casar só
por casar para fazer o que a sua mãe fazia com o seu pai, traíndo-o quando ele
estava nos afazeres da empresa que tinha carta assinada e com todos os direitos
protegidos pela CLT. Era jovenzinha, mas a sua formação de feminina e de
caráter e de futura mulher, trouxera do berço. Jamais iria decepcionar o seu
futuro cônjuge.
O Jorge o
filho mais velho do casal já estava pronto para o trabalho, e até desejava ser
no futuro um policial admirado dentro e
fora da corporação. Profissão que o pai sempre batia nesta tecla, que ser
policial era um risco de vida, e tinha tido alguns amigos que foram embora
desta vida muito cedo, assassinados por bandidos enquanto tentavam cuidar da
população. Muito bonito o uniforme da polícia, mas aquele ofício era um caminho
para a morte. Policial sai de casa para o trabalho , mas não sabe se vai voltar
com vida
O Jorge já
estava preste a concluir o 2º. Grau, e caso não fosse usar o uniforme policial
tentaria ser músico, uma das profissões que guardava em sua mente como segunda
opção. Já tinha uma namorada fixa, aliás, a primeira em toda sua vida de jovem,
e andava em sua casa duas vezes por semana, e sempre fora bem recebido pelos
seus pais e familiares. Tivera contatos, não namoro, com outras donzelas, mas
não chegou a sentir amor por nenhuma elas. Mas era um jovem tímido, e a causa
desta timidez, nascera quando tomou conhecimento do desrespeito da mãe,
quando manchara a honra do seu pai.
O Paulo de 15
anos ainda não havia namorado porque dedicara-se totalmente aos estudos. Queria
ser alguém na vida e namoro é um passo para o jovem deixar de pensar nos seus
ideais. Sabia que um dia teria que colocar uma donzela no seu caminho, ou
aliás, na sua companhia, mas por enquanto não, e temia herdar algo do pai em
relação a amor, quando fora traído pela sua mãe. E não tinha certeza se suportaria
ou não, se caso um dia soubesse que a sua esposa estava o traindo. O mais
correto seria, por enquanto, não se preocupar com namoro de forma alguma.
Apesar dos
pesares vendo o bom compotamento da mãe os filhos entraram em acordo que,
precisavam analisar e perdoarem o que antes ela tinha feito com o seu pai, e
era preciso urgente uma aproximação dos três, isto é, tentarem reconquistá-la,
porque só assim, fariam o pai ficar mais feliz ainda. Viam que todas as
tardinhas quando ele chegava do seu emprego e falava com eles, o sorriso
elastecido na face era do canto da boca ao outro. Então, reconquistá-la era
preciso e sem demora para que a felicidade do pai ficasse implantada em seu
rosto. Se ele estava feliz, eles também estariam.
Os dias foram
se passando e na certeza que a sua esposa não mais estava o traindo o Adailton
deixou-a a vontade. Depois de tudo que acontecera agora era preciso manter uma
espécie de confiança, já que ela o prometera que não o trairia mais. E a partir
dali, o Adailton não mais pegava no seu pé, e ela podia ir para onde quisesse,
praias, choppins, churrascarias etc, mas
numa condição: amantes que tivera antes jamais poderiam estar em sua companhia, ao seu redor, isto pensava o Adailton sem nunca ter falado para
ela. Assim como ele que saía de casa a hora que desejava igualmente o retorno, porque
ela tinha que ficar ali presa, como se fosse um pássaro engaiolado só comento e
bebendo? Se ele tinha direito a amigos a Esterlina também tinha direito de ter
as suas amigas.
Mas mulher
quando perde o seu respeito de fiel é difícil de se acreditar mais. O Adailton
sabia demais que a mulher tem três sentidos e o homem tem cinco. A mulher faz,
diz a sua amiga, e quando a amiga conta para sua amiga, ela nega com todas letras. Já o homem é
totalmente diferente e perde para a mulher, porque os cinco sentidos que ele
tem, dois são errados e os outros três últimos são perdidos. Então a mulher é
sempre a beneficiada e poderosa.
Assim que o
Adailton abriu espaço para liberá-la e confiando desconfiando a Esterlina
começou a querer voltar aos velhos tempos de traição. Agora não era mais
aqueles amantes de antes que os levava para casa, e lá, praticava o adulterismo
contra o seu marido. e sim, jovens com mais ou menos de 20 a 25 anos. O salto
para o outro galho é que, saindo com eles acreditava que se caso o Adailton o
visse com algum rapaz desta idade jamais iria pensar que ela estava de caso com
jovem que tinha idade para ser seu filho.
Certo dia, já
ao entardecer, em uma rua que passava todos os dias quando ia e vinha do trabalho,
o Adailton percebeu que uma mulher tendo os traços e uniformes da Esterlina
seguia à frente acompanhada com um jovem. O Adailton acelerou o carro para
chegar mais rápido, fazendo uma espécie de corte para alcançá-la, e ver se na
verdade era ela. Naquele dia ele se enganara. Não era a Esterlina, e pôs-se a
pedir perdão a Deus porque estava blasfemando contra a sua companheira.
O casal continuava bem, mas o Adailton sempre estava sentindo que uma pulga cochichava em seu ouvido que Esterlina não estava cumprindo o que lhe prometera que não mais o trairia. Mas enquanto não visse sua infidelidade não tinha como reclamar dela. O certo era aguardar sem falar nada. Suspeitava, mas por enquanto, para isso,os seus olhos estavam totalmente cegos, só a sua mente que não queria ficar quieta.
A Marília e os dois irmãos já suspeitavam que a mãe havia voltado ao velho e vergonhoso tempo passado, porque, certo dia, quando eles pegaram um táxi que vinham de um Shopping viram a mãe em uma rua que não era do costume nem dela e nem deles passarem por lá. Ela vinha acompanhada de um jovem de pouca idade. Mas ao chegarem em casa ficaram aguardando a chegada da Esterlina. E assim que ela pôs os pés dentro de casa os três filhos se revoltaram contra ela, usando as mais baixas palavras para ela. Vendo o desconforto entre os filhos ajoelhou-se diante deles pedindo perdão pelo seu mal comportamento. Mas eles não a perdoaram de forma alguma.
A confusão só terminou quando o pai chegou em casa e ao entrar, nenhum deles teve coragem de repassar para o pai que a mãe havia voltado usar os seus escândalos contra ele. E ao cumprimentarem o pai, cada um tomou rumo para o seu quarto. Lá no quarto a Marília ficou encucando se contava ou não ao pai. Imaginou que se ela contasse e se ele a agredisse poderia acontecer um assassinato.
Felizmente o pai quando chegou em casa não deu para saber o que significava aquela discussão. E de imediato, chamou a esposa e pediu o seu jantar. Ela foi às pressas fazer. Mas Esterlina estava meio cismada, temendo que a Marília contasse ao pai o seu desrespeito para com ele. E assim que pôs o jantar convidou-o à mesa e em seguida, foi ver um pouco alguns programas de televisão.
Adailton não tinha muita certeza que a mulher estava quietinha, isto é, sem amores. E, nessa noite os filhos saíram para a praça. Ele foi ao encontro dos amigos que ficavam em um bar para jogarem cartas e dominós. E enquanto ele se divertiam a Esterlina fez convite a um dos seus amores jovens que fosse até à sua casa porque ela estava só. Quando os filhos saíam demoram bastante passeando lá pela praça, igualmente o Aderaldo que permanecia por um bom tempo por lá.
O Adailton voltou logo porque não encontrara no bar os amigos. Tinha havido um assalto e o proprietário naquela noite resolveu fechar as portas do ambiente cedo.
A Esterlina não esperava que seu esposo chegaria cedo. E ao entrar a viu sobre a sua cama em demasiados amores. O Adailton não suportando aquela cena mandou que o jovem se levantasse, vestisse a roupa e fosse embora, mas a Esterlina ficaria deitada para pagar o seu feito. E arrastando o revólver atirou 6 vezes à queima roupa deixando-a no meio de um lençol de sangue. Não deu nem tempo para a Esterlina pedir ao esposo traído o perdão. O Adailton foi preso, e sim, absolvido, pois
Marília e os irmãos foram suas testemunhas de defesa, o que facilitou o processo.
Após alguns anos o Jorge foi morar em outro Estado do Brasil e por incorporou na polícia e nunca mais deu notícia para os seus familiares maternos que ficaram todos contra eles por terem ficado ao lado do pai. O Paulo obteve sucesso nos clubes de futebol. A Marília casou-se e teve filhos. Vivia de vendas ambulantes. O pai casou-se novamente e foi muito feliz com a nova esposa.
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