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segunda-feira, 29 de abril de 2019
domingo, 21 de abril de 2019
SEU GALDINO E A COBRA SUCURI
Pegar uma cobra sucuri com as mãos não é serviço para qualquer um porque ela tem muita força, mesmo sendo um homem treinado às vezes ela é capaz de dominá-lo quando o sujeito tenta capturá-la, imagina um homem que nunca tinha tentado segurar uma cobra de pequeno porte, e pense bem de grande porte. Isso aconteceu com seu Galdino Borba(gato) quando ainda era jovem, assim contara ele ao seu compadre, amigo e vizinho de propriedade seu Leodoro Gusmão.
Contara ele que isto aconteceu quando ainda era jovem e vivia na companhia dos pais, e nesse dia estava nas águas do rio perene que passa onde os seus pais e ele moravam. Ali, ele tentava capturar alguns peixes com uma tarrafa que dias antes havia terminado de fabricá-la, e sem menos esperar, uma cobra sucuri ainda de pouca idade, surgiu de um nada nas águas, abocanhando o seu braço direito. E assim que ela segurou-o pelo braço tentou puxá-lo para o fundo das águas. Mas como ele estava bem próximo à barreira do rio ficou lutando com ela, isto é, usando toda a sua força para que a danada não submergisse nas águas juntamente com ele, porque ela faz o trabalho melhor dentro de água. Se isso tivesse acontecido não ficaria vivo, porque sem ele respirar lá em baixo, tinha como certeza a morte.
Mesmo sabendo que seu Galdino gostava de enfeitar as suas histórias e por respeitá-lo muito, seu Leodoro Gusmão não abria a boca para perguntar nada, e nem se opor sobre a história que contava ele. Ficou o tempo todo o observando, apenas com os olhos arregalados, mas respeitava e apreciava a história do compadre.
Seu Galdino dizia que a cobra tinha muita força e aos poucos ele foi a dominando, mas o corpo dela já estava todo enrolado ao seu. A intenção dela era matá-lo asfixiado, e assim iniciou enrolando o seu corpo em volta do dele. Após enrolar-se no corpo ela iniciou o aperto.
Ter amigos na praça é melhor do que dinheiro na caixa. Seu Galdino contou que onde eles moravam seu pai e ele faziam um plantio de bananeiras em uma enorme croa entre o rio. A croa era rodeada de águas por todos os lados, uma espécie de ilha. Lá, existiam muitos macacos pregos, e sempre seu Galdino tirava bananas e dava à macacada. Mas eles não viviam por ali, apenas iam vez por outra apanharem bananas que não serviam para serem vendidas.
Seu Leodoro Gusmão continuava assim como se estivesse hipnotizado com a história do seu Galdino.
Por sorte do seu Galdino a macacada apareceu no momento em que ele estava sendo asfixiado pela cobra. E assim que os macacos viram aquela situação triste do seu Galdino, sendo arroxado pela cobra e condenado a morte, os macacos se encarregaram de salvá-lo. Cada um pegou uma tora de pau, outros com pedras começaram a jogar sobre o corpo dela com toda força. Sentindo as dores no corpo causadas pelos paus e pedras, jogados pelos macacos, a cobra resolveu soltar o braço do seu Galdino que ainda continuava preso na sua boca, e ficou tentando abocanhar algum macaco, caso se descuidasse. Mas os macacos eram rápidos, e de forma alguma ela conseguiu capturar um deles.
Após uma boa surra que a cobra sofreu dos macacos - segundo seu Galdino - o seu corpo foi liberando, isto é, iniciou a desenrolada, caiu nas águas e adeus, macacada!
https://josemendeshistoriador.blogspot.com
Contara ele que isto aconteceu quando ainda era jovem e vivia na companhia dos pais, e nesse dia estava nas águas do rio perene que passa onde os seus pais e ele moravam. Ali, ele tentava capturar alguns peixes com uma tarrafa que dias antes havia terminado de fabricá-la, e sem menos esperar, uma cobra sucuri ainda de pouca idade, surgiu de um nada nas águas, abocanhando o seu braço direito. E assim que ela segurou-o pelo braço tentou puxá-lo para o fundo das águas. Mas como ele estava bem próximo à barreira do rio ficou lutando com ela, isto é, usando toda a sua força para que a danada não submergisse nas águas juntamente com ele, porque ela faz o trabalho melhor dentro de água. Se isso tivesse acontecido não ficaria vivo, porque sem ele respirar lá em baixo, tinha como certeza a morte.
Mesmo sabendo que seu Galdino gostava de enfeitar as suas histórias e por respeitá-lo muito, seu Leodoro Gusmão não abria a boca para perguntar nada, e nem se opor sobre a história que contava ele. Ficou o tempo todo o observando, apenas com os olhos arregalados, mas respeitava e apreciava a história do compadre.
Seu Galdino dizia que a cobra tinha muita força e aos poucos ele foi a dominando, mas o corpo dela já estava todo enrolado ao seu. A intenção dela era matá-lo asfixiado, e assim iniciou enrolando o seu corpo em volta do dele. Após enrolar-se no corpo ela iniciou o aperto.
Ter amigos na praça é melhor do que dinheiro na caixa. Seu Galdino contou que onde eles moravam seu pai e ele faziam um plantio de bananeiras em uma enorme croa entre o rio. A croa era rodeada de águas por todos os lados, uma espécie de ilha. Lá, existiam muitos macacos pregos, e sempre seu Galdino tirava bananas e dava à macacada. Mas eles não viviam por ali, apenas iam vez por outra apanharem bananas que não serviam para serem vendidas.
Seu Leodoro Gusmão continuava assim como se estivesse hipnotizado com a história do seu Galdino.
Por sorte do seu Galdino a macacada apareceu no momento em que ele estava sendo asfixiado pela cobra. E assim que os macacos viram aquela situação triste do seu Galdino, sendo arroxado pela cobra e condenado a morte, os macacos se encarregaram de salvá-lo. Cada um pegou uma tora de pau, outros com pedras começaram a jogar sobre o corpo dela com toda força. Sentindo as dores no corpo causadas pelos paus e pedras, jogados pelos macacos, a cobra resolveu soltar o braço do seu Galdino que ainda continuava preso na sua boca, e ficou tentando abocanhar algum macaco, caso se descuidasse. Mas os macacos eram rápidos, e de forma alguma ela conseguiu capturar um deles.
Após uma boa surra que a cobra sofreu dos macacos - segundo seu Galdino - o seu corpo foi liberando, isto é, iniciou a desenrolada, caiu nas águas e adeus, macacada!
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