domingo, 17 de novembro de 2024

MORTE DO CANGACEIRO BRIÓ.

 Por José Mendes Pereira

 

Como muitos sertanejos que saem das suas terras para outras, na intenção de adquirirem uma vida melhor, Zé Neco Camburanga e sua Bubu não foram diferentes desses outros, pois foram empurrados pela seca, deixando a sua velha morada na caatinga, e foram morar no Alto, bem pertinho da cidade de Poço Redondo, no Estado de Sergipe. Em suas companhias, foram sete amados filhos: Santo, Brió, Zé Neco, Maria, Lilinha, Conceição e Tereza.                

Zé Neco, influenciado talvez pelas roupas que os cangaceiros usavam ornamentadas, tempos depois foi para o bando, e lá no cangaço, foi apelidado de Demudado, aquele que morreu juntamente com Zé Baiano no massacre do coiteiro Antonio de Chiquinha, que juntamente com outros comparsas, tramaram a chacina. Mas antes de Demudado entrar para o cangaço, sua família presenciou a grande tragédia, o assassinato de seu filho, irmão Brió, pelos seus futuros companheiros, os cangaceiros.                       

Diz Alcino que o verdadeiro nome de Brió era Benjamim, um rapaz que levava a vida alegre e galhofeira. Era um bom e cativo frequentador de festas. Não perdia uma festa, um leilão, ou mesmo um grande forró de pé-de-serra. 

Certa vez, achou-se compromissado com uma moça chamada Maria, esta sendo uma bela jovem, filha de um senhor chamado Cândido Saturnino. Durante o ano, trabalhou com muita garra, no intuído de ir ao altar com Maria no final do ano que corria. Mas Brio não imaginava o que o destino lhe reservava.

https://www.adorocinema.com/filmes/filme-250626/

Nos finais de semana, Zé de Julião gostava de fazer bailes em sua casa, e em um desses, realizou um bailão, e toda a rapaziada de Poço Redondo estava presente para apreciar o toque e o tinir do triângulo e do pandeiro, agarrando-se a uma cabocla cheirosa e carinhosa.

O baile estava bastante animado sobre os efeitos da cachaça, dominava os dançadores no meio do salão.  Lá fora, a noite estava vaidosa, mas já dava sinais de que logo, logo iria embora, pois o dia não mais tardava chegar. De repente, um início de confusões desinquietou os dançarinos do forró. E quem eram os brigões? O noivo Benjamim, o Brió, havia dado uma grande tapa no rosto de um rapaz chamado Lameu. Em tempos longínquos, uma tapa na cara era uma das maiores desonras do sertanejo. Ou ela seria perdoada definitivamente, ou alguém morreria por isso. Mané Lameu, o seu filho tomou suas dores para si, trocando tapas, que com isso, obrigou muitos dançarinos abandonarem o salão. Todos tentavam apartar os brigões.                   

Zé de Julião, apesar de ter aconselhado os bagunceiros, como era muito amigo de Mané Lameu, ficou a favor deste, retirando a razão de Brió. E posteriormente, sentindo-se decepcionado com a atitude de Zé Baiano, Brió dizia por onde passava que podia esperar, que a cobrança seria cara. Não media o tamanho das palavras, forçando o povo a acreditar que iria entrar na volante de Zé Rufino, somente para se vingar. 

Tropa de Zé Rufino. Responsável pela morte Corisco em Barra do Mendes.Foto colorizada e retificada por Rubens Antonio.https://br.pinterest.com/pin/72128031512085854/

Estas ameaças de Brió eram dirigidas a Mané Lameu, e não para Zé Baiano. Brió andava conversando pelos cantos da boca. Melhor seria diminuir o tamanho das palavras ou pesá-la, para ter a certeza do tamanho e do peso. Brió estava dizendo aquilo, porque sabia que todos temiam a carrasca volante que era de Zé Rufino, e queria preocupar toda aquela gente. Mas antes desta confusão, ele já havia sido contratado por Zé Sereno.

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Nesse dia, os cangaceiros estavam nas Capoeiras, e naquela semana, já aguardavam a chegada de Brió para acompanhá-los. Mas por infelicidade do novo cangaceiro, o famoso Zé de Julião foi ao coito.  Não satisfeito com o que Brió tinha feito em seu baile, formando certas confusões em sua casa, fazendo com que os dançarinos fossem embora, e ainda por cima, boatando que iria entrar na força volante do tenente Zé Rufino, o famoso Zé de Julião contou aos cangaceiros todos os fatos do baile e as palavras ditas por Brió.      

Chateados, julgando uma traição, os cangaceiros tomaram uma solução de imediato. Matar Brió assim que chegasse ao coito.  Não iriam dar armas para um suspeito.  As intrigas que tantos males levavam para as famílias sertanejas, acabavam de desgraçar mais uma inocente vida, que com certeza, iriam levar péssimos resultados.  

Certo dia, pela manhã, Brió foi até à beira do riacho para pegar o seu animal que lá estava peado, em seguida dar início aos seus trabalhos rotineiros. Mas ele, em vez de ir buscar o animal, foi direto para o coito, já que era um esperado pela cangaceirada.

O tempo foi se gastando, o sol ficou a pino, e com o passar dos minutos, o pai da natureza foi-se embora, dando lugar a noite que alegremente ocupou o seu horário. E nada de Brió chegar. Brió não retornou para casa. Todos do lugar estranharam a sua ausência. Por onde anda Brió? Quem dá notícias de Brió? O que aconteceu com Brió? 

Zé Baiano e Zé Sereno eram primos do cangaceiro Mané Moreno, que na foto aparece do lado esquerdo. 

Os dias se passaram e em certa noite, o cangaceiro Mané Moreno e um dos seus bandoleiros, juntos, foram até a casa da mãe de Brió, a Bubu.  Com ansiedade, a velha recebeu notícias do filho. Mané Moreno disse que não se preocupasse, o moço viajara a serviço deles, e dentro de uma semana, retornaria. Felizmente o pesadelo que antes incomodava muito dona Bubu, acabou a partir dali.  Cheia de alegria, a velha preparou um gostoso e bem quentinho café e, satisfeita, ofereceu aos bandidos. Saciados aquela vontade de esquentarem o sofrido estômago, rumaram para a fazenda Propiá, onde iriam passar a noite dançando. Os Camburanga não imaginavam que o bandido estava mentindo, e que a verdade ainda não havia ocupado o lugar da mentira. 

Vamos até o coito? Não se preocupe, vamos com cuidado!  

O cangaceiro Juriti. É aquele que foi queimado pelas mãos do sargento Deluz dentro de uma fogueira.

No coito, só tinham sanguinários: Mané Moreno, Juriti e Zé Sereno. Brió, sem saber que estava caminhando para a morte, assim que chegou, foi imediatamente preso e condenado. Ao receber a voz de condenado, ficou sem saber o motivo da prisão. Ainda não tinha participado de combates, não havia traído nenhum deles, e ele tinha direito de saber o tamanho do castigo que estava recebendo. Mas o pobre Brió, não se lembrava das palavras pesadas que havia dito com o amigo de Zé de Julião, o Mané Lameu. Agoniado, perguntou:                              

- O que foi que eu fiz, gente? Eu vim para trabalhar com vocês e sou recebido dessa maneira?!                                                           

- Que trabalhar que nada, seu traidor! Você está querendo perseguir a gente? Quer ir para força para ser macaco, é, seu vagabundo?                                    

Brió percebeu que ali iria morrer. Aquela perseguição de corpo presente não era de brincadeira. Os homens estavam realmente com muita raiva dele. Ele sabia bem, que tinha conversado muito sobre a briga que ele teve com Mané Lameu. E quem teria dito lá no coito, que ele estava pensando em entrar na volante do governo? Os traidores só podiam ter sido Zé de Julião e a Gracinha, que eram muito amigos dos bandidos. Com certeza delataram as suas palavras desnecessárias.     

Mãe, pai e filhos do Zé de Julião - http://blogdomendesemendes.blogspot.com/2021/01/ze-de-juliao-retratos-na-parede.html - Do acervo do escritor Rangel Alves da Costa.

Brió tentou meios de se salvar, mas não teve jeito.  E ao saber que não seria perdoado, faz um pedido, dizendo:                   

- Já que vocês vão me matar peço-lhes que não me matem enforcado e nem afogado. Matem-me com um único tiro. 

Brió já amarrado levaram-no para o outro lado do riacho do Brás. Juriti, perverso, resolveu enforcá-lo num galho de angico, só pelo prazer de vê-lo morrer de uma maneira que o infeliz pedira tanto que não o matassem dessa maneira. Brió, no momento em que os asseclas suspenderam-no para o colocarem em um dos ganchos que existia no angico, Brió ainda lutou para salvar a sua vida. Mas os asseclas o dominaram. Mesmo pedindo que não o executassem, enforcaram-no. 

Era o mês de fevereiro, do ano de 1935, que mais uma vida deixou de existir neste mundo de meu Deus. Brió estava morto.

Das virgens, esposa de Mané Lameu foi ela quem encontrou o corpo de Brió dependurado numa árvore em fevereiro do ano de 1935.

Diz Alcino Alves que dias depois, a mulher de Mané Lameu, Dona das Virgens, quando caçava umas cabras de leite que não tinha ido para o chiqueiro do Poço Dantas, viu uns urubus voando sobre um angico, chegou mais perto e então viu aquela figura humana dependurada. Correu e foi avisar ao pessoal do povoado. 

Muitos chegaram ao local, e, pesarosos, afirmaram que o corpo dependurado era de Brió. O infeliz estava com as calças arreadas até o tornozelo, com um paletó, o chapéu, a língua todo de fora e já muito deformado. Enterraram-no lá mesmo.  

Pesquisado em "Lampião Além da Versão - Mentiras e Mistério de Angico" - Alcino Alves Costa.                

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quinta-feira, 11 de julho de 2024

TÚMULO DOS CANGACEIROS MORENO E DURVALINA.

 Por Geraldo Júnior

 

https://www.youtube.com/watch?v=i6YONU87Poc&feature=youtu.be


Prezados amigos (as) é com imenso prazer e satisfação que trago ao conhecimento de vocês o nosso último trabalho.

Recentemente estivemos na cidade de Belo Horizonte/MG onde visitamos o túmulo dos ex cangaceiros Moreno e Durvinha e na ocasião colhemos depoimentos e entrevistamos os amigos Neli Maria da Conceição Neli Conceição) e Marcio Michel, respectivamente filha do casal Moreno e Durvinha e amigo da família que acompanharam e estiveram presentes durante os últimos momentos da vida dos antigos companheiros do Rei do Cangaço.

Uma entrevista com depoimentos repletos de emoções. As lembranças e a saudade foram sentimentos presentes durante toda a nossa gravação e fizeram deste trabalho um dos mais emocionantes que já realizei até o presente momento.

Espero que gostem...
ASSISTAM... CURTAM E COMPARTILHEM.

Fonte: facebook
Página: Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador)

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quinta-feira, 4 de abril de 2024

SEU GALDINO EMPREGA-SE NO INPM – INSTITUTO NACIONAL DE PESOS E MEDIDAS

Por José Mendes Pereira

No ano de 1961 o governo brasileiro fundou o Instituto Nacional de Pesos e Medidas (INPM), e implantou a Rede Brasileira de Metrologia Legal e Qualidade, os atuais IPEM, e instituiu o Sistema Internacional de Unidades (S.I.) em todo o território nacional. Mas também era necessário acompanhar o desenvolvimento no mundo na tecnológica, e, principalmente, no atendimento às exigências do consumidor.

E em 1973, surgiu o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial, o Inmetro, que no âmbito de sua ampla missão institucional, objetiva fortalecer as empresas nacionais, aumentando a sua produtividade por meio da adoção de mecanismos destinados à melhoria da qualidade de produtos e serviços.

Seu Galdino andava meio sem rendas, porque a sua propriedade estava de mal a pior. A ausência das chuvas fez com que o seu rebanho necessitasse de rações e, ou ele procurava um quebra galho para ganhar um dinheirinho e comprar alimentos, e tentar salvar, pelo menos uma boa parte do seu gado, ou iria vendendo um para com o dinheiro comprar rações e dar de comer os outros. Aquela velha história de fazendeiro, uns comendo os outros, e isso ele não iria fazer.

E sabendo que o novo órgão criado pelo governo federal  estava chamando pessoas para trabalharem como fiscal, foi até lá, e não foi nada difícil para ocupar uma função, agora seu Galdino fazia parte do quadro de funcionalismo da união.

Nesse dia, seu Galdino recebeu do novo órgão “Instituto Nacional de Pesos e Medidas (INPM)”, aulas preparativas para o trabalho, pastas, lápis, canetas, talões para extrair notas de multas, farda com as quatro letras estampadas ao bolso da camisa, e tudo que um justiceiro federal (fiscal) possa levar consigo para o seu trabalho.

Apesar de não ter experiência no ramo de multar infratores que sonegam impostos ao governo e alteram o bom e justo funcionamento das suas balanças, com intenções de ludibriar os seus clientes, com muita certeza, seu Galdino jamais iria comer bola, como diz o velho ditado, quando o funcionário de governos se vende em troca de algo, e geralmente, é dinheiro vivo, cédula corrente no país.

Infeliz daquele comerciante que foi o primeiro a ser visitado pelo seu Galdino, porque ele jamais aceitaria propina para mudar o rumo das suas fiscalizações ou investigações, e que estava ali para ser um bom cobrador de impostos e aferidor de balanças, e não um sujeito qualquer comedor de bola. De forma alguma, aquele seu trabalho era para ser feito com seriedade, com honestidade, e jamais abriria o seu bolso para o fiscalizado colocar dinheiro desonesto.

Chegou a um comércio de gente grande, e mesmo não sendo um bom bebedor de conhaque Alcatrão de São João da Barra, pediu uma dose. A finalidade da dose era ficar ali, cubando o movimento dos fregueses e do comerciante, quem sabe, uma reclamação de algum cliente sobre o volume de um cereal, possivelmente com peso menores do que o normal.

Ali, seu Galdino ficou sentado vendo o vai e vem dos compradores, e o dono do comércio corria para ali, para acolá, mais alegre do que pinto em beira de cerca, e devido o seu bom humor, não lhe faltavam fregueses. E durante o tempo em que ali esteve, ninguém chamou a atenção do dono do comércio.

Com o passar do tempo, foi ficando restrita aquela visita de fregueses. E o comerciante resolveu sentar-se ao lado do homem que lhe pediu uma dose de conhaque para dar um dedinho de conversa. E para falar a verdade, ele não tinha a mínima ideia o que significava aquelas quatro letras (INPM) impressas no bolso da camisa daquele visitante. Ele nem sonhava o que aquele homem procurava por ali. E querendo saber da sua vida, como é costume de muitos, perguntou-lhe:

- O senhor é mossoroense?

- Sou, sim senhor!

- O que faz por aqui?

- Eu trabalho para o INPM.

- E o que é INPM?

- É um órgão que surgiu recentemente em todo o Brasil...

O comerciante mudou de assunto. Aquilo não lhe interessava nem um pouco. Quatro letras que para ele não representavam nada mais do que besteira.

Olhando para o comerciante, seu Galdino disse-lhe:

- Parece que o senhor vende muito bem aqui, é? – Dizia seu Galdino se fazendo de homem simples.

- Vendo sim senhor! Mas se eu não usar as minhas artimanhas não consigo lucros bons. Tenho que sempre estar usando a desonestidade, isto é, a cachaça eu ponho água para aumentar o lucro, e não me importa se vai ou não dar cirrose em quem a bebe. O feijão eu cato pedrinhas miúdas lá na minha fazenda, e as misturo para aumentar o peso por quilo. A balança, todo dia ela me deixa um bom lucro, porque, embaixo do prato que eu ponho a carne, feijão, farinha, arroz etc, tem um peso de 200 gramas amarrado por baixo, e ao pesar a carne, o feijão..., só vão 800 gramas. E assim eu tenho um bom lucro.

- O senhor é muito inteligente, muito. Mas o senhor tem ideia o que quer dizer INPM, estas quatro letras que estão no bolso da minha camisa?

- Não senhor! Eu não faço a mínima ideia.

- Quer dizer Instituto Nacional de Pesos e Medidas. Eu sou fiscal de consumo, de balanças... O senhor acabou entregando-se ao fiscal de balanças que sou. O que irá acontecer, é que vai ter que pagar uma multa enorme pelos seus desrespeitos com os seus fregueses. Isso é roubo, senhor comerciante!

- Mas o que é que é isso, senhor? – Perguntou o comerciante espantado.

- Não há como se salvar desta. – Dizia seu Galdino.

O comerciante ficou ali, parado, imaginando como sairia desta, e olhando para seu Galdino, disse-lhe:

- Mas o senhor sabe quem sou eu?

- O que eu estou vendo é que o senhor é um comerciante desonesto.

- Eu sou o homem mais mentiroso do mundo. Nada disso eu faço, é que eu converso muito, por isso errei em lhe dizer que faço.

- Tenha vergonha disso, seu malandro! Tomando dos outros, e talvez pensa que está certo, fazendo uma malandragem dessa!

O seu Galdino fez uma multa enorme e deu prazo para o comerciante pagar, do contrário seria preso.

Já o comerciante ficou sem saber o que fazer. E em seguida, olhando para um lado e para o outro, abriu a boca dizendo:

- O Deus dá a farinha e o diabo vem carrega  o saco, mas agora foi ao contrário. Deus me deu o saco para eu ensacar a farinha, e o diabo veio e levou a farinha. Agora vou devolver o que roubei dos meus inocentes fregueses com multas e mais multas. Louco é o homem que usa desonestidade, pensando que nunca pagará. Engana-se por completo! Um dia a casa cai. O que tomei dos outros agora tenho que devolver.

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quarta-feira, 3 de abril de 2024

NOS ANOS 60 E 70 AS TERTÚLIAS ROLAVAM SOLTAS NO MEIO DA NOITE

Por José Mendes Pereira

Tertúlia é um substantivo feminino e significa uma reunião de família ou amigos. Pode ser também classificada como um coletivo de pessoas íntimas reunidas em prol de um mesmo objetivo.

Normalmente, as tertúlias possuem uma conotação artística e didática, como um espaço para criação e discussão filosófica.

Na região sul do Brasil, as tertúlias são conhecidas por momentos de festa e reforço do regionalismo sulista.

Festivais de música e canto também constituem as tertúlias, que podem ser organizadas e realizadas nas escolas, centros comunitários ou dentro de um grupo familiar isolado.

Nos anos 60 e 70 com a explosão da Jovem Guarda, onde os principais artistas mais conhecidos foram Roberto Carlos, Erasmo e Wanderléa,´= a juventude de Mossoró e todas as cidades do Brasil enlouqueceu, principalmente a moçarada que vivia grudada ao cós largo da mãe e do cós das calças do pai, e para ter mais liberdade as jovens criaram  uma tal de Tertúlia para se divertirem em suas casas com os seus pretendentes jovens que ainda estavam um pouco fora da moda.


Em todos os bairros de Mossoró geralmente nas casas das moças elas organizavam uma festa através de uma pequena radiola portátil tinham grupos de jovens que com uma pequena radiola portátil faziam festas 

sábado, 16 de março de 2024

ELEGANTE, BONITA, BEM PRODUZIDA, PASTA EM UMA DAS MÃOS, MAS TÃO DESVALORIZADA!

 Por José Mendes Pereira

Do alto de um sótão observei o seu jeito que vinha caminhando pela rua despreocupada, de salto alto sempre procurando um jeito para colocá-lo sobre as pedras, talvez, temendo ficar agarrado entre uma pedra e outra. Elegante, bonita, bem produzida, pasta em uma das mãos, morena, os seus cabelos longos e lisos voavam através do vento que nascia no Norte e se dirigia para o Sul. Uma elegância perfeita, lustrosa, bem produzida, sem defeito. Que pena que é tão desvalorizada!

 

Não senti o cheiro do seu perfume devido à distância, mas sei que com aquela elegância toda, ela estava muito bem perfumada, muito cheirosa, e só podia ser uma secretária executiva de uma autoridade qualquer, quem sabe, de um prefeito municipal, de um esculápio que não era empregado do "SUS", de um advogado de fama, de um delegado, de um promotor de justiça ou de um homem que bate o martelo na mesa e sentencia um réu qualquer para pagar por detrás das grades o seu erro. Toda sua sabedoria estava enfiada em uma bolsa luxuosa segurada por uma das suas belas mãos.

 

Mesmo um pouco distante do sótão vi que o seu olhar era brilhante, cheio de esperança, confiante no hoje que começa e no amanhã que há de vir. Sorriso nos lábios diante de todo o seu rosto. A alma fazia crer que aquele dia seria mais um belo espetáculo que iria apresentar para os seus assistentes apreciarem e julgarem o seu trabalho. Não é em um trapézio que ela apresenta o seu espetáculo, porque ela não é trapezista, nem tão pouco bailarina ou moça de circo, aquela que faz os espectadores admirarem o seu vai e vem nos instrumentos de espetáculos; nem pensar em ser uma assistente de autoridade qualquer, mas apresenta o seu espetáculo que instrui, informa e forma a todos aqueles que sentados a esperá-la entre quatro paredes.

 

Aos poucos ela foi sumindo, sumindo e não a vi mais. Nem de perto e nem de longe. Ela caminhou para ocupar o seu ofício em qualquer lugar.


Fiquei pensando um bom tempo sobre aquela mulher que elegantemente passeava entre as ruas do meu bairro. Desci do sótão e perguntei a uma senhora que varria a sua calçada se a conhecia. E sem demora a resposta chegou:

 

- Eu a conheço muito! Ela é minha prima.

 

- Ela trabalha aqui por perto?

 

- Ela é professora de uma escola que funciona do outro lado deste quarteirão...

 

- Sabe me informar quanto ela ganha?

 

- Um pouco mais de...  Reais.

 

Não suportei. A minha mente desmoronou os meus neurônios como se o meu célebre tivesse sido banhado por uma porção de sangue vencido.

 

Tão elegante, tão bonita, bem produzida, pasta em uma das mãos, e dentro da pasta carregava o seu material de trabalho, mas tão desvalorizada!

 

O que faz o Congresso Nacional que deixa um professor ganhar um pouco mais de... Reais?

 

Tanta elegância, tanto carinho pela educação, tanto esforço, tanto amor pelos seus discípulos, tanta esperança que um dia isso poderá mudar..., entra ano e sai ano, e a educação continua de mal a pior, triste, doente, na UTI das irresponsabilidades de quem governa um país tão rico e tão lindo...

 

Somente os professores continuam sonhando todos os dias que Deus dá, e insiste dizendo que vale a pena sonhar, mesmo sendo desvalorizados. A esperança na verdade é a última que morre, e não adianta abandoná-la.

 

Sou professor aposentado e vejo que todos aqueles que continuam no ofício, sonham que um dia virá o melhor, mas é muito impossível que isto venha acontecer.

 

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quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

“A HUMILDADE FAZ MAIS HISTÓRIAS DO QUE A ARROGÂNCIA"

Por José Mendes Pereira

Existem pessoas que são importantes e não só importantes, como importantíssimas, que não fazem nada para ninguém e nem por ninguém. Mas existem pessoas que na vida social, mesmo sendo muito importantes, são humildes, educadas, prestativas, e não se negam ajudar as pessoas sem olhar a quem.
Quando o Dr. Dix-Huit Rosado era Senador da República, certa feita, "BAIA" que foi candidato por algumas vezes a vereador de Mossoró, chegando a suplente, e eu, fomos até à Fazenda Barrinha, de propriedade de Dona Chiquinha Duarte, sendo que ela era tia do "BAIA".
O transporte que nos levava era um jeep 51, e não muito acabado, mas com certos problemas. Ao retornarmos da Fazenda, bem próximo à ponte do rio Angicos, infelizmente o jeep quebrou, deixando-nos sem condições de consertá-lo.
E ali, ficamos aguardando alguém conhecido que pudesse vir à Mossoró, e levar um mecânico para tentar consertá-lo.
O mais interessante é que na BR, vinha um enorme carro preto, de luxo, em direção à Mossoró, e até aparentava carro oficial. E ao observar que o jeep estava quebrado, porque nós havíamos colocado o triângulo em uma certa distância, isto para chamar a atenção de quem vinha na BR, o condutor do veículo diminuiu a velocidade do seu carro, e lentamente, foi o parando, até que o levou ao acostamento, e em seguida, desceu, e veio em nossa direção. Mas nós não esperávamos que quem vinha dirigindo aquele carro, era o ex-prefeito de Mossoró, o ex-médico Dr. Jerônimo Dix-huit Rosado Maia, que no momento era senador da República, e de grande influência política em todo Estado do Rio Grande do Norte, e principalmente em Mossoró.
Vamos fugir um pouquinho da nossa história, mas logo voltaremos.
Este último nome (Maia), Dr. Jerônimo Dix-huit Rosado não mais usava, porque quando o Dr. Tarcísio Maia foi nomeado a governador do Rio Grande do Norte, Dix-huit Rosado o apoiou, e o acordo foi feito que, ao término do seu mandato, Tarcísio Maia o apoiaria para governador do Estado. Mas, em vez de colocá-lo no governo do Rio Grande do Norte, Dr.Tarcísio Maia apoiou o Dr. Lavoisier Maia para substitui-lo. Mas não ficou só aí, e assim que o governo do Dr. Lavoisier Maia terminou, Dr. Dix-huit Rosado não foi apoiado por nenhum dos dois, levaram o nome de José Agripino Maia às urnas, sendo este filho do Tarcísio Maia, tendo sido eleito pelo o povo, com uma grande maioria de votos válidos. E a partir daí, surgiu a grande rixa entre os primos (Maias), fazendo com que Dr. Dix-huit Rosado evitasse de qualquer forma, usar em documentos o sobre nome (Maia).
Voltamos à nossa história.
Assim que o senador Dix-huit Rosado desceu do carrão, perguntou-nos:
- O que está acontecendo, o carro quebrou?
- Quebrou sim senhor! – respondeu-lhe o "BAIA".
- Vamos rebocá-lo até Mossoró – Disse ele já perguntando se tinha cordas para o reboque.
- Tenho Dr. Dix-huit, mas não é necessário. Nós vamos aguardar um conhecido, e mandaremos o recado para o meu mecânico vir com o seu carro para rebocá-lo. – Disse-lhe o "BAIA".
- Mas por quê? Eu não posso ser o homem que possa rebocá-lo?
- Doutor Dix-huit Rosado, não se preocupe. Não quero lhe dar um trabalhão deste.
- Vamos levá-lo agora! Pega a corda para amarrá-lo no meu carro.
- Mas é muito incômodo para o senhor, Doutor..., um senador rebocando um jeep.
- No Congresso Nacional eu sou Senador, mas aqui na estrada, eu sou um motorista como qualquer outro. - Disse ele.
- Amarramos a corda em ambos, ocupamos o jeep, e ele partiu até a antiga loja "Almeida Aires", para que o jeep fosse reparado. E lá, ele ainda disse ao proprietário, que mandasse as despesas para sua residência, e que me parece que neste tempo, ele residia no Palace Hotel de Mossoró, mesmo estando no Congresso Nacional.
Com este acontecimento, deduzi que: "A humildade faz mais histórias do que a arrogância".
Minhas Simples Histórias 

Se você não gostou da minha historinha não diga a ninguém, deixe-me pegar outro.

domingo, 24 de setembro de 2023

AS QUATRO MUDANÇAS DO BICHO HOMEM.

 Autor José Mendes Pereira


Amigos poetas José Di Rosa Maria, José G. Diniz, Veridiano Dias Clemente e Hélio Xaxá, não sou poeta, não tenho talento e nem vocação para ser, mas espero que os senhores façam uma leitura no meu simples cordel. Este blog também é meu. mas só para eu arquivar os meus trabalhos simples.


AS QUATRO MUDANÇAS DO BICHO HOMEM.

Quando Deus criou o mundo

Pois logo a vida em ação

Distribuiu em espécies

Pra não haver confusão

Deu “FASE” pra cada ser

E o homem tinha que ter

Na vida bom coração.

 

O bicho homem é machão

Mas só é até aos trinta

Novo, robusto e valente,

Corajoso e boa pinta

Não tem medo do perigo

Canta até mulher de amigo

Mesmo que  ela não consinta.

 

Toda noite sai pras farras

Atrás de moça donzela

Arranja de qualquer jeito

Não importa o tipo dela

Não faz mal que seja pobre,

Bem melhor que seja nobre,

Mas gosta de todas elas.

 

Na balada dança muito

Não para nenhum instante

Grudado na cavalheira

Achou-a naquele distante

Faz rodeio no salão

Mostrando que é machão

E se sentindo importante.

 

Dinheiro tem de montão

Pra gastar na noite inteira

Vez por outra uma cerveja

Faz àquela bebedeira

A cavalheira ofegante

Com seu sorriso elegante

Gosta bem da brincadeira.

 

Lá na festa se apresenta

Como se fosse um ricaço

A moça feliz na vida

Não pensa dele fracasso

Bebidas pra todo gosto

Quer mesmo mostrar o rosto

Dentro do pequeno espaço.


Assim que termina a festa

Sai com ela passeando

No seu carro: “novo ou velho”

A vida assim vai levando

A sua linda dum lado

Faz-lhe esquecer o passado

E assim é que vai gostando.

 

Antes de raiar o dia

Em casa chega sem planos

Vai ao quarto e lá se deita

No rosto, coloca um pano

A mãe lhe chama na porta

Ele houve e não importa

Pra não atrapalhar seu sono.

 

Durante o dia trabalha

Sempre pensando enricar

Esquece que tem família

Pais, irmãos para ajudar

Quando chega o fim do dia

Se enche de alegria

Pois pras farras vai voltar.

 

E no vai-e-vem da vida

Os anos vão se passando

Não se lembra que a velhice

Lentamente vai chegando

Doenças, dores e enfado

Vão o deixando mofado

Mas mesmo assim vai gostando.

 

Assim que cai na real

Das mudanças em sua vida

Logo fica encabulado

Lembra da época vivida

Vai ao espelho se olha

Pega água e o rosto molha

E ver as rugas nascidas.

 

Logo que completa os trinta

Pensa logo em se casar

Escolhe uma moça linda

Diz que feia dá azar

Prepara casa e comida

Compra um monte de bebidas

Pois festa vai ter no lar.

 

Chega o dia do casório

Feliz na vida ele estar

Chamou um grupo de amigos

Pra festa participar

Bebidas têm de montão

Carne de boi e leitão

Não vão faltar no seu lar.

 

Assim é que é a vida

De quem aos trinta chegou

Viveu momentos de glórias

E tudo que fez gostou

Admirou moças nobres

Namorou com moças pobres

E com uma se casou.


Dos trinta aos cinquenta anos

Entra na fase: “JUMENTO”

Trabalha pra se lascar

Vivendo num sofrimento

Dedicado sempre aos filhos

Colhendo feijão e milho

Pra garantir o alimento.

 

Todo dia tem problemas

Em seu lar pra resolver

Falta tudo em sua casa

Pois nada tem pra comer

Arroz, farinha e feijão,

Açúcar, carne e o pão

E nem água pra beber.

 

Durante o dia batalha

Pelo o pão da filharada

Pra não ver ela com fome

E nem pedindo na estrada

Faz bico pra qualquer um

Nunca rejeitou nenhum

Pois topa qualquer parada.

 

Se cai doente um dos filhos

Logo tenta resolver

Tira a ficha e vai ao médico

Para não o ver morrer

Mas dinheiro ele não tem

No bolso nenhum vintém

Pro remédio ele trazer.

 

Quando a mulher cai doente

Ele fica apavorado

Só lhe vem na mente coisas

Que o deixa desesperado

Faz oração todo dia

E pede a Deus que a Maria

Se recupere ao seu lado.

 

Quando o seu pai adoece

Ele é quem vai resolver

Faz todas as diligências

Só pra não o ver sofrer

Leva logo ao hospital

Pro médico curar o mal

Antes de o ver morrer.

 

Quando a filha perde a honra

Já sabe o que vai fazer

Aperta o seu namorado

Dizendo-lhe: - Pode crer,

Se não se casar com ela

Eu vou à sua goela

Pois sou homem até morrer.

 

Mas o rapaz é valente

Diz: - Sou eu quem te ameaço

Eu não me caso com dona

Que já não tinha cabaço

Ela é mais do que galinha

Vive rodando a bolsinha

Eu provo sem embaraço.

 

O homem fica sem jeito

Mais não pode dizer nada

Fica apenas resmungando

O que disse o camarada

Mas toda culpa é da filha

Que abriu sua virilha

Pra àquela peste tarada.

 

É assim o sofrimento

De quem vai para os cinquenta

Mesmo sendo judiado

Quer ver se chega aos sessenta

Pede a Deus pra não morrer

Pois é nele que ele crê

Pra ver se chega aos setenta.


Dos cinquenta aos setenta

Está na fase de: "CÃO”

Fica rodeando a casa

Tentando dar proteção

Se dá ordem, ninguém liga

E para não surgir briga

Aceita de coração.

 

Se compra algum objeto

Para casa ninguém gosta

Um dos filhos lhe pergunta:

- Por que comprou essa bosta?

Ele fica encabulado

Perde até o rebolado

Mas fica sem dar resposta.

 

Põe o chinelo num canto

A filha mais nova fala:

- Papai ponha essa porqueira

Ali, bem fora da sala

O velho fica sem jeito

Já sabe que está sujeito

Sair de casa com a mala.

 

Quando quer entrar em casa

A filha não quer deixar

Diz que a casa está virada

E ela vai a estopar

Ele fica lá por fora

Já sabe que não tem hora

Em sua casa entrar.

 

Se vai vestir uma roupa

Vem outra logo o reclama

Diz a ele: - A que está suja

Não ponha em cima da cama

Pois eu fiz limpeza nela

Fiz no piso e na janela

E se sujar sobre pra dama.

 

Se tenta tomar um banho

Vem outra e lhe diz: - Cuidado!

Não deixe água no piso

Pois eu já tinha o lavado.

Ele a olha, mas se cala

Resolve engolir a fala

Pra não ser desrespeitado;

 

E pra não criar problemas

Ele se cala num canto

Aceita o que ela diz

Faz morada num recanto

Da boca dela só sai

Palavras más com seu pai

Mas não o chama de santo.

 

Na hora que pede janta

Ninguém liga o que ele diz

As filhas se entreolham

Com gestos que não condiz

Ele percebe o desprezo

Deseja que fosse um preso

Talvez fosse mais feliz.


É assim o que acontece

Com quem vai para os setenta

Voz ativa ele não tem

Imagine com oitenta

Vai ver o diabo de chifre

Apontando-lhe um rifle

Mas quer chegar aos noventa.

 

Dos setenta aos noventa

Está na fase: “MACACO”

Todo mundo quer ri dele

Ainda o chama de saco

A pele toda enrugada

A cara toda amassada

E o velho parece um caco.

 

Leva a vida quase só

Sem visitas de amigos

Rejeitado dos parentes

Evitam ficar consigo

Uns lhe chamam de: “nojento”

Outros: “velho rabugento”

Ainda dizem: “é castigo”.

 

Depois que ficou velhinho

Ninguém quer lhe respeitar

Diz que ele está caduco

Outro quer lhe humilhar

Sempre lhe passam no rosto

Isso só lhe dá desgosto

Por quererem o maltratar.

 

Quando cai doente, sofre

Nas mãos dum filho malvado

Vem e lhe pega por trás

Deixando-o quase aleijado

Ele sente o sofrimento

Diz: - filho não sou jumento

Pra ser assim maltratado.

 

Se cai doente da próstata

Diz: - Eu não tenho coragem

Em ver o médico fazer

No meu reto espionagem

Prefiro morrer sem jeito

Mais não quero que o sujeito

Em mim faça sacanagem.


Quando quer comer, avisa

Diz pra velha: - Estou com fome

Ela faz e põe na mesa

Mas ele olha e não come

Em seguida quer café

Ela faz, ele não quer

E pra chatear se some.


Na hora de se vestir

Pega a calça e dá um nó

Veste a camisa ao avesso

Diz que é um paletó

Põe o chinelo no pé

Na cabeça, um boné

E diz: - Eu vou ao forró.

 

Mas devido a caduquice

Pensa ainda em namorar

Veste a roupa e sai de casa

Na intenção de arranjar

Uma morena novinha

Cheirosa e bem bonitinha

Só pra mão ele passar.

 

Mas lá na zona não sabe

O que ali foi fazer

Senta-se ao pé da mesa

Dizendo que tem prazer

Em ver àquelas meninas

Todas com roupas e botinas

Mas nada pode fazer.

 

Quem não quiser sofrer muito

Peça a Deus pra perecer

Antes dos setenta anos

Só pra vida não sofrer

Pois se chegar aos oitenta

E descambar pros noventa

Vai sofrer até morrer.

 

Se você leu e não gostou, não diga a ninguém, deixe-me pegar outro.

Biografia do autor:

José Mendes Pereira, filho de Pedro Nél Pereira e de Antônia Mendes Pereira. Nasceu no dia 23 de maio d 1950, no Sítio Barrinha, município de Mossoró. Os primeiros anos primários estudou na Escola Isolada de Barrinha. Concluiu o 5° ano na Casa de Menores Mário Negócio, hoje extinta.

Foi tipógrafo durante dez anos na Editora Comercial S/A.

Em 1969, fez o exame de admissão na Escola Técnica de Comércio “União Caixeiral”, e sendo aprovado, estudou o primeiro ano ginasial. E no ano seguinte, se transferiu para o Ginásio Municipal de Mossoró, onde concluiu o ginásio.

Em 1973, matriculou-se na Escola Estadual Jerônimo Rosado, e em 1975 concluiu o 2° grau cientifico, nos dias de hoje, ensino médio.

Em 1976, inscreveu-se no concurso vestibular da Fundação Universidade Regional do Rio Grande do Norte (FURRN), atual (UERN), em 1981, formou-se pelo Instituto de Letras e Artes da referida universidade. Foi aluno fo curso de direito durante 2 anos, mas desistiu de segui.

Funcionário público Estadual, Professor aposentado, tendo trabalhado nas escolas: Escola Estadual Professor Manoel João, Escola Estadual José Martins de Vasconcelos e na Escola Estadual Antônio de Souza Machado. Não é poeta.  Faz algumas estrofes por intuição.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

 

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