domingo, 17 de maio de 2020

O CANGACEIRO VULCÃO

Por José Mendes Pereira

Vulcão é um cangaceiro diferente dos outros. Está sempre sozinho vivendo o seu “eu” da maneira que ele bem pensa. Não gosta de conversa e sempre procura não se entrosar com ninguém. Leva a sua vida isolada e pensativa, e até mesmo a sua aparência física não se assemelha com ninguém. Diz Alcino Alves em seu “Lampião Além da Versão Mentiras e Mistérios de Angico” que Vulcão tinha uma cor morena, de corpo meio atlético, alto, corpulento e não é obeso, de cabelos lisos...

Como bom estrategista e observador o rei Lampião está de olho nele, e faz tudo para o Vulcão não perceber que ele está prestando atenção no seu comportamento. O rei precisa conversar com alguém sobre o comportamento daquele seu comandado. E chama o compadre Luiz Pedro e participa sobre o que vem tentando descobrir com urgência, o porquê do cangaceiro Vulcão está tão quieto, num lugar sem querer conversa com ninguém: E olhando para o Luiz Pedro diz:

- Compadre Luiz Pedro, eu não sei o que Vulcão está imaginando. Ele não fala com ninguém, não se entrosa com os outros e está sempre sozinho e pensativo.

- Eu vou ficar sempre de olho nele compadre Lampião, e logo direi o porquê de não querer se relacionar com os outros.

- Certo! Não desgruda o olho. Quero uma confirmação sem muita demora! – disse o compadre Lampião ao Luiz Pedro.

Neném do Ouro e Luiz Pedro

Assim que sai da barraca do capitão Luiz Pedro vai tentar vê-lo, mas foi inútil. O cangaceiro não está ali por perto. Sai procurando-o por todos os aglomerados de cangaceiros que se divertem jogando cartas, palestrando, brincando, mas infelizmente o cangaceiro Vulcão não se encontra por ali. Depois de percorrer todos os grupos Luiz Pedro vai até a barraca do cangaceiro Pancada e pergunta se por acaso não viu o Vulcão. A resposta é sempre negativa. Luiz Pedro  volta até a barraca do rei e diz que o cangaceiro Vulcão desapareceu do coito. Agora o que o rei deve fazer é ordenar que alguns cangaceiros fossem a procuras do fugitivo. Rapidamente  Lampião ordena que Luiz Pedro e outros vão atrás do Vulcão humano.

O motivo do desaparecimento do cangaceiro Vulcão é porque ele imagina outra maneira de viver no cangaço e de repente viu que não tão bom quanto ele imaginava. Estava enganado. Uma situação terrível de viver fugindo da polícia, matando, roubando, e isto não era para ele. Ia deixar aquela vida e voltar para a companhia dos seus pais, irmãos, parentes e amigos. Só tinha que enfrentar a suçuarana humana quando ele dissesse que não mais iria participar do cangaço.

E vendo que o Vulcão não está mais ali o certo é mandar cangaceiros à sua procura. Agora o Luiz Pedro, Zé Sereno e outros facínoras partem em busca do desconfiado com ordem do capitão. Luiz Pedro tem plena certeza para onde ele vai, e depois de andarem bastante, chegam à casa de um conhecido e perguntam se ele viu o cangaceiro Vulcão. Mas é negativa a resposta, que ninguém passou por ali antes deles. E logo adiante, ao encontrarem um viajante, esse afirma ter passado por um indivíduo assim, assim, assado muito diferente e que ia entrando em Canindé Velho de Cima. Sem se demorarem, os cangaceiros partem rumo ao local indicado pelo home desconhecido. A viagem tinha que ser rápida, porque caso eles se demorassem o Vulcão iria pegar transporte (balsa ou canoa), e não mais eles o alcançaria.

Vulcão continua fugindo ao destino que ele escolheu e depois de muito andar finalmente chega a Canindé Velho de China e vai para o porto e lá aguarda uma embarcação. Mas por sua infelicidade o barco não aparece e ele passa a sentir medo, coisa que fazia tempo que não tinha medo de nada. O Vulcão sabe muito bem do seu destino e se por acaso ele cair nas mãos dos perversos de Lampião que não são mais seus amigos, e sim inimigos, está lascado.

A noite chega e o Vulcão não está bem. Sente medo  e põe-se a pensar o que seria dele se os seus ex-comparsas o encontrassem por ali. Sabia muito bem que o seu final seria devastador. Está impaciente, com receio  de um possível encontro com os facínoras. Nenhum barco aparece para fugir o mais rápido possível dali. O seu destino negou-lhe a Presença da sorte ali por perto.

Uma voz conhecida diz com autoridade que ele está preso. O Vulcão tenta reagir de todas as maneiras, mas não consegue, porque são alguns cangaceiros que o seguram. Em seguida o Vulcão humano foi amarrado. A ponta de uma corda os cangaceiros amarraram o fugitivo, e a outra ponta foi amarrada em um dos seus cavalos. Vulcão não tem mais chance de se livrar daquela desgraça. A viagem até a presença do capitão Lampião é sofredora, porque os cangaceiros não têm um tico de dó do ex-companheiro.

Vulcão já está cansado e cai. Mesmo assim o cavalo é ordenado que siga. É a partir daí que o sofrimento do Vulcão começa. O corpo do miserável já está todo rasgado, sangue vivo sai pelas aberturas do corpo. Na caminhada vai ficando pedaço de pele do infeliz nos bicos das pedras, paus...

Lá mais adiante os malfeitores chegam a uma casa, a mesma que tinham passado antes e receberam respostas negativas. Lá está havendo um forró, e os facínoras bebem e dançam. O infeliz Vulcão já quase morto é amarrado com os braços para cima, temendo uma possível fugida, e voltam ao forró. Vez por outras alguns saem do forró e com a ponta do punhal furam o quase falecido. Vulcão não tem mais resistência nem para pedir que não o maltratem mais. Está com cheiro de velório. 

À noite para o Vulcão é terrível. Mas o Vulcão não vai ser morto ali. O capitão Lampião precisa do cabra em sua frente. Pela manhã, já todos cheios de pingas chegam com o miserável ainda vivo. Lampião está ali, aguardando a sua chegada. Mas ele ordena que o matem sem nem fazer uma revista no miserável. Os facínoras chicoteiam o cavalo que sai sem rumo arrastando aquele infeliz pelas terras do sertão sofrido. O estado que o Vulcão fica é triste se ver, porque o sangue sai por todas as partes do corpo. O cangaceiro Luiz Pedro quando percebe que o animal para, mande uma criança, "Hercílio Feitosa", que estava com eles ir buscar o animal.

Mesmo Vulcão tendo resistido todo este sofrimento, só morreu porque o Luiz Pedro o matou com um tiro de pistola. 

Hercílio Feitosa a criança que foi buscar o cavalo que arrastava "Vulcão", por ordem de Luiz Pedro, muitos anos depois, é quem narra esse triste e cruel fato ao pesquisador Alcino Alves Costa.

Fontes de pesquisa:

 “LAMPIÃO ALÉM DA VERSÃO – Mentiras e Mistérios de Angico” – COSTA, Alcino Alves. 3ª Edição. 2011

Sálvio Siqueira - http://blogdomendesemendes.blogspot.com/2017/01/a-morte-de-um-desertor.html

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sábado, 16 de maio de 2020

MANÉ MORENO, ÁUREA E CRAVO ROXO FORAM ASSASSINADOS NO COMBATE DO POÇO DA VOLTA.

Por José Mendes Pereira
A legenda acima está equivocada porque qos que  morreram neste combate foram  Áurea, Cravo Roxo e Mané Moreno.

O primeiro livro que eu li sobre cangaço foi "Lampião Além da Versão Mentiras e Mistérios de Angico" de autoria do escritor, ex-prefeito de Poço Redondo e pesquisador do cangaço o saudoso Alcino Alves Costa, e este, me foi indicado e emprestado pelo bancário, pesquisador e membro da SBEC – Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço Francisco das Chagas do Nascimento, natural de Porto do Mangue, no Rio Grande do Norte, mas radicado por muitos anos em Mossoró.

Os primeiro blogs sobre este tema que me dediquei por completo foram: Cariri Cangaço do pesquisador Manoel Severo e logo depois o Lampião Aceso do Kiko Monteiro, ambos também indicados pelo Chagas Nascimento. Mas depois vieram outros, como o Tok de História do historiógrafo Rostand Medeiros, seguido do blog do escritor João de Sousa Lima, Cangaço na Bahia do professor e pesquisador do cangaço Rubens Antonio, e o Portal do Cangaço do pesquisador e historiador Guilherme Machado, lá da cidade de Serrinha no Estado da Bahia. Em seguida, o aparecimento do escritor e pesquisador do cangaço e gonzaguiano Kydelmir Dantas que muito me ajudou nas pesquisas e me doou vários livros sobre o tema, além dos trabalhos e vídeos do cineasta e pesquisador do cangaço Aderbal Nogueira e outros. Dentre eles Dr. Paulo Gastão e José Romero Araújo Cardoso.

Ao lado do pesquisador Antonio José de Oliveira lá da cidade de Serrinha, no Estado da Bahia, e eu aqui no Rio Grande do Norte, findamos tomando gosto pelo tema, e ainda hoje ele e eu continuamos pesquisando este fenômeno que é muito importante para nós. Lógico que não temos ainda muito domínio, mas já temos boas informações sobre ele registradas nas nossas páginas sociais e gravadas nas nossas mentes.

Em 1937, após ter assassinado o vaqueiro Antonio Canela nos Camarões o cangaceiro Mané Moreno e seus marginais  rumaram a Porto da Folha. O bando faz parada em Jaramataia para descansar e naquela localidade, trabalha um senhor conhecido por Pedro Miguel, sendo este pai do cangaceiro Elétrico que morreu na Grota do Angico, no Estado de Sergipe, na madrugada de 28 de julho de 1938, no momento da chacina feita aos cangaceiros, além do rei Lampião e a sua Maria Bonita foram mortos mais 9 cangaceiros neste ataque.

A presença do grupo de cangaceiros em Jaramataia deixa Pedro Miguel chateado, e com urgência resolve procurar o proprietário da "Empresa de Cangaceiros Lampiônica Cia" o afamado e perverso capitão Lampião, e faz sua queixa contra aqueles malfeitores, e do rei o Pedro Miguel recebe apoio, prometendo-lhe que os cangaceiros não iriam mais atanazá-lo.

Mas mesmo assim, o cangaceiro aparece com os seus comandados, talvez, ainda não tivesse encontrado o capitão pelas caatingas e ser chamado a atenção para não pisar naquela localidade. E lá, o cangaceiro Mané Moreno permanece com os seus homens por alguns dias, e dias depois os facínoras arribaram para Porto da Volta, na intenção de passarem a fogueira e as festividades do São João por lá.

O comandante de volante o policial Odilon Flor se encontra na região à procura de cangaceiros, e ao encontrar o Pedro Miguel quer saber dele sobre paradeiro dos cangaceiros, e este já insatisfeito com a presença deles por ali, informa ao policial que Mané Moreno e sua pequena malta de cangaceiros estão acoitados na localidade de Poço da Volta. É na fazenda Palestina que está havendo um baile de arromba, e como o forró está muito animado, você e eu leitor, vamos dá uma chegadinha até ao forró, pelo menos para sentirmos o roncar da sanfona.

Os bandidos estão felizes bebendo e dançando. O cangaceiro Mané Moreno rodopia no salão com a sua amada Áurea só no bico da bota, e os outros se aconchegam às mulheres que não faltam no momento. A bebida tem em grande abundância, e quem vai pagar a conta eu não sei. Apesar leitor, que você e eu estamos no forró, mas não pagaremos nada.

Odilon Flor e seus comandados vêm chegando ao forró. Ao longe eles ouvem os gritos dos festeiros; o fole ronca e os demais instrumentos fazem a algazarra, divertindo os dançarinos. A festa está acontecendo na base do candeeiro e a luz avermelhada faz com que a volante descubra com facilidade o local do forró. Lá, dançando, bebendo e farreando muito estão Mané Moreno que se diverte bastante com sua companheira a cangaceira Áurea, e seus cangaceiros. 

A noite está mais para volantes do que para cangaceiros. Os malfeitores brincam despreocupadamente, e a morte está por ali, rondando e feliz com o bom jantar que não tardará, só observando e imagina qual será a melhor maneira de ataque.

E sem muita dificuldade a volante coloca-se em posição de extermínio ao grupo. Escolhido o primeiro alvo que é o casal de cangaceiros Mané Moreno e sua querida Áurea caem já sem vida. Os festeiros gritam em pânico e correm sem direção. Todos querem sair o mais rápido possível daquele inferno.

O cangaceiro Gorgulho mesmo tendo recebido um balaço na perna deixando-a quebrada consegue furar o cerco dos policiais, e se salva, e aos poucos vai se arrastando, desaparece na escuridão da noite, sem nenhuma perseguição policial contra ele. Afinal, ninguém da volante o viu fugindo.

Terminada a chacina ficaram mortos: Mané Moreno. Este era primo dos cangaceiros Zé Baiano e Zé Sereno. Áurea sua esposa que era filha do casal Zé Nicácio e dona Josefa, os quais não gostavam nem um tiquinho do Mané Moreno, por ter carregado a filha para uma vida infernal.

A volante do comandante Odilon Flor teve sucesso nesta empreitada. A vitória do policial Odilon Flor e seus comandados foi muito valiosa, agora era só tomar para si os pertences dos cangaceiros Mané Moreno, Cravo Roxo e Áurea.

Alguns escritores afirmam que Gorgulho foi morto neste combate, mas na verdade, quem foi assassinado naquela noite foi o cangaceiro “Cravo Roxo”, segundo nos presenteia com esta informação tão importante, o escritor Alcino Alves Costa em seu livro “Lampião Além da Versão Mentiras e Mistérios de Angico”. 

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quinta-feira, 14 de maio de 2020

O COITEIRO MANÉ FÉLIX TAMBÉM QUIS CONDENAR UM POUQUINHO A HONRA DA RAINHA DO CANGAÇO MARIA BONITA

Por José Mendes Pereira

Apesar da grande admiração que tenho pelo Mané Félix o último coiteiro que viu Lampião vivo, mas mesmo assim, acho esta Informação meio pruética, como dizia o humorista coronel Ludugero para duvidar de algo. Mas isso é a minha opinião que poderá nem ter nenhum sentido, e nem ficarei chateado se algum dos amigos discordar. Cada um tem a sua visão, e sou apenas um estudante do cangaço sem rumo, sem muito conhecimento e com possibilidades de erros graves sobre o assunto. Afinal, sou humano com mais possibilidade de erros do que acertos. Esta que segue, no 2º. parágrafo, é que é a minha dúvida que foi dita pelo Mané Félix ao saudoso jornalista Juarez Conrado.

Mané Félix: "- Nessa tarde, continuava Mané Féliz, por sinal, depois de "caçoar" com Luiz Pedro, deixando de fazê-lo somente no momento em que se dirigia para o riacho, o bandoleiro, que estava sentado sobre uma pedra deu-lhe uma palmada mais ou menos forte nas nádegas, fazendo-a correr na direção do pequeno córrego, enquanto Lampião que a tudo assistia, sorriu como se nada tivesse acontecido".

A minha pessoa acredita plenamente na honestidade de Maria Bonita. Ela jamais seria uma mulher vulgar que se entregava, excero ao seu companheiro capitão Lampião. Naquele episódio da Cristina que traiu o seu companheiro Português com o Jitirana era queria que a Cristina fosse assassinada para não deixar o Português desonrado.

Veja o que falou Adriana Negreiros no seu livro: 

"O código de conduta era totalmente machista. Uma mulher que cometesse um adultério era morta; o homem, não. As mulheres até incentivavam que as outras fossem punidas. Havia suspeita de que (a cangaceira) Cristina, por exemplo, tivesse um caso com outro cangaceiro. Maria foi uma das que mais apoiou que ela fosse morta, como ela de fato foi". 


Clique neste link para conferir a minha informação escrita pela escritora Adriana Negreiros cearence: 



Ainda Mané Félix: "- "Muito prosista e conversadeira.  Brincava bastante com alguns dos bandoleiros, pelos quais era respeitada, apesar de muitos deles levarem essa brincadeira mais além, como Luiz Pedro, por ela chamado de “Caititu”, e que gozava da maior confiança e intimidade da mesma e do próprio Lampião, seu compadre".

O coiteiro Mané Félix descreveu Maria Bonita como uma mulher baixinha, toda redondinha, uma carinha bonita e com dois olhos pretos e grandes, morena clara, cabelos negros e lisos, quadris relativamente largos, cintura fina, tendo os braços e pernas roliços e muito bem feitos. 

Não tenho como duvidar desta 2ª. informação no 4º. parágrafo e acho mais do que corretas as características de Maria Bonita  ditas por Mané Félix. 

Algumas informações que eu as coloquei no meu pequeno texto foram adquiridas no blog Lampião Aceso comprovadas no link abaixo, e este é administrado pelo pesquisador do cangaço Kiko Monteiro. 

O texto foi organizado pelo pesquisador e colecionador do cangaço Dr. Ivanildo Alves da Silvera. 

Se quiser apreciar o texto por completo clique neste link abaixo.

http://lampiaoaceso.blogspot.com/2009/11/perolas-delirios-literarios-ou-seu-doto.html 

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domingo, 10 de maio de 2020

O PRIMEIRO CANGACEIRO DO NORDESTE BRASILEIRO

Por José Mendes Pereira

No ano de 1751 nasceu em Glória do Goitá na época pertencente pertencente à Vitória de Santo Antão, cidade encravada na zona da mata pernambucana José Gomes que se tornou conhecido no mundo do crime por Cabeleira. O seu apelido possivelmente foi dado  devido seus enormes cabelos. Era filho de branco com índio de  olhos escuros, corpo debilitado, lábios delgados e nariz curto. Ele aterrorizou sua região. 

Aos 9 anos de idade José Gomes foi separado da mãe para viver na companhia do pai Joaquim Gomes que era um ser desgraçado, malvado e perverso. O menino tinha que escolher qual caminho seguiria: ou seguiria os bons modos e ensinamentos da mãe Joana  de coração amoroso, ou seguiria o mundo maldoso do pai que o treinara para matar passarinhos, e depois gente. Infelizmente o menino segue o pai para se tornar perverso no meio da caatinga, tornando-se “O Cabeleira”, criminoso, perigoso e procurado da justiça. Infelizmente o menino escolheu seguir o pai pelas matas matando e judiando quem encontrava pela frente.


A literatura do cangaço afirma que o primeiro homem a agir como cangaceiro no Nordeste do Brasil teria sido o Cabeleira como era chamado o José Gomes, apesar de o termo (cangaceiro estava adormecido no dicionário) nem ter existido na sua época em que viveu. Um homem que se tornou perverso e sanguinário ao estremo ensinado pelo próprio pai Joaquim Gomes que com certeza era desequilibrado. O Cabeleira utilizava métodos bastantes violentos que sem dúvida, resultavam em mortes.


No dia 1º de setembro de 1773 o Cabeleira em companhia do pai Joaquim Gomes de igual perversidade, e outro delinquente de nome Teodósio de grande confiança do Cabeleira e que esteve ao seu lado em diversos crimes o Estado de Pernambuco sofreu com assaltos e mortes praticados pelos três, mais o roubo de um armazém que findou na morte de um soldado e de um civil.  Em 1775 os três bagunçaram os sertões nordestinos.

Os principais relatos sobre o criminoso foram escritos em 1876 pelo historiador e folclorista Franklin Távora, que lançou o primeiro romance denominado de "O Cabeleira". Posteriormente a vida do Cabeleira se tornou poesia escrita  pelo escritor e diplomata brasileiro João Cabral de Melo Neto.

Sua trajetória de crimes teve fim em 1776, ao fugir da polícia se escondendo num canavial em Paudalho, na zona da mata e foi capturado.

Na justiça nada foi perdoado tendo sido condenado à forca pelos assassinatos e roubos que fizera durante a sua vida de bandido, sendo executado no dia 28 de março de 1776, no Largo das Cinco Pontas dentro da capital de Recife.



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SEU GALDINO EMPREGA-SE NO INPM – INSTITUTO NACIONAL DE PESOS E MEDIDAS

Por José Mendes Pereira No ano de 1961 o governo brasileiro fundou o Instituto Nacional de Pesos e Medidas (INPM), e implantou a Rede B...